Malihe Nazari, Joseph Shahbazian e Mina Khajavi (foto: Article 18)
Malihe Nazari, Joseph Shahbazian e Mina Khajavi (foto: Article 18)

Uma cristã iraniana, de sessenta anos, Mina Khajavi, encontra-se à beira de uma pena de seis anos de prisão, acusada de “agir contra a segurança nacional ao promover o cristianismo ‘sionista'”.

A provação de Khajavi começou em 2020, quando ela foi detida, e seu processo de condenação se desenrolou em 2022. Esses processos legais também envolveram dois outros indivíduos: Malihe Nazari, um colega cristão convertido que recebeu uma sentença paralela de seis anos, e o pastor iraniano-armênio Joseph Shahbazian, com uma sentença mais severa de dez anos.

Enquanto Shahbazian e Nazari começaram a cumprir suas penas alguns meses depois, Khajavi enfrentou um adiamento temporário. Um acidente de carro a deixou com um tornozelo gravemente quebrado, sendo necessária a inserção de placas de metal. Apesar de enfrentar desafios físicos persistentes, incluindo andar mancando e desenvolver artrite, a trégua de Khajavi chegou a um fim abrupto em 3 de janeiro, quando ela foi instruída a se apresentar na prisão de Evin dentro de cinco dias.

Numa reviravolta um tanto contrastante, Shahbazian e Nazari, ambos condenados por acusações semelhantes, conseguiram garantir a libertação antecipada.

A pena inicial de dois anos de Shahbazian foi ainda mais reduzida por um juiz do tribunal de recurso, que citou provas insuficientes ao abrigo do artigo 498º do Código Penal Islâmico, relacionadas com a organização de grupos considerados ameaças à segurança nacional.

Em setembro de 2023, Shahbazian recebeu perdão total e foi libertado. Nazari, que recebeu liberdade no início de 2023, teria obtido sua libertação devido ao declínio da saúde de seu filho enquanto ele lutava contra a leucemia.

No meio desta saga legal, os ativistas defendem veementemente a libertação imediata e incondicional de Khajavi. Eles destacam a injustiça da sua prisão apenas com base na sua fé cristã e imploram veementemente ao Irã que cesse o assédio à comunidade cristã.

Os ativistas chamaram a atenção para um marco jurídico anterior – a decisão do Supremo Tribunal de Novembro de 2021 que afirma explicitamente que “a promoção do cristianismo e a formação de uma igreja doméstica não é criminalizada por lei” e não deve ser considerada uma ameaça à segurança nacional.

À medida que esta narrativa preocupante se desenrola, a situação de Mina Khajavi serve como um duro lembrete dos desafios enfrentados por certas minorias religiosas em regiões específicas, suscitando preocupações globais sobre a liberdade religiosa e os direitos humanos.

Folha Gospel com informações de The Christian Today

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