Ninguém pensaria que uma muçulmana que estava simplesmente tentando se manter viva em um casamento abusivo no Irã um dia lideraria duas igrejas na Suécia, levaria 1.500 muçulmanos a Cristo e seria convidada a falar diante da rainha da Suécia.
Quando jovem em uma cultura muçulmana, Annahita Parsan sentia-se impotente e insignificante. Sua única esperança era que um dia pudesse encontrar um bom marido e parecia tê-lo conseguido. Mas ele morreu repentinamente em um acidente, e então ela se viu presa em um segundo casamento tão violento que só desejava morrer.
Ela contou ao site americano ‘CBN News’ que, durante a época que sofria abusos, “não sabia de nada. Era tudo escuridão. Era uma vida muito ruim”.
E embora ela escreva sobre o abuso em seu livro, “Stranger No More” (“Não Mais Uma Estranha”), Parsan ainda não gosta de falar sobre isso.
“Não é tão fácil falar sobre isso”, reconheceu.
Parsan relatou que foi espancada com uma pá e ameaçada de morte por seu então marido. Maltratada, com hematomas e cortes por todo o corpo após os episódios de violência doméstica, Parsan finalmente tentou se matar com pílulas, mas ela sobreviveu.
Sua filha Roksana se lembra que era apenas uma criança pequena, quando seu pai ameaçou cortar sua garganta.
“Queríamos mais biscoitos. Corremos e dissemos para ele: ‘Mais cookies! Mais cookies!’. E ele pegou uma faca, colocou na minha garganta e disse: ‘Peça biscoitos de novo'”, ela contou.
Sobre sua mãe, Roksana disse: “Ela estava se esforçando para sobreviver por nós, apenas sobreviver para dar uma vida melhor para nós. E talvez isso fosse algo que Deus havia implantado nela para que ela tivesse algo em que se apoiar”.
A jornada de Annahita Parsan para Cristo passou por dois continentes e seria material de filmes de Hollywood, que incluiria vários livramentos da morte.
Parsan, seu marido e seus filhos fugiram do Irã através das montanhas para a Turquia em 1984, onde ela e Roksana enfrentaram mais perigos, antes de desembarcarem em uma prisão turca. Eles finalmente chegaram à Dinamarca, onde ela se divorciou do marido ainda abusivo, e também ouviu o Evangelho pela primeira vez. Então, ela se mudou para a Suécia, onde ela e seus dois filhos entraram em uma igreja, oraram, se entregaram a Jesus e decidiram: “Nós somos cristãos, a partir de agora”.
Annahita abraçou o ministério evangelístico e levou mais de 1.500 muçulmanos a Cristo. Ela lidera duas igrejas e treina outras comunidades para alcançar e discipular os fiéis muçulmanos. Ex-muçulmanos famintos pelo ‘Deus que ama’ enchem sua igreja todos os domingos. Parsan acredita que isso foi predito em Jeremias, capítulo 49, versículo 39: “Mas nos últimos dias restaurarei a sorte de Elam, declara o Senhor”.
“Isso fala sobre Elam e Elam é persa”, disse Parsan, “e quando li, entendi que isso é sobre nós. É sobre toda a vida deles e é incrível. Deus disse a Jeremias naquele momento e está acontecendo agora”.
Mas a imigração muçulmana também fez da Suécia um lar de radicais perigosos, e Parsan contou que recebeu ameaças de morte e vive consciente de que pode ser assassinada.
Parsan disse que a Suécia “… é um país livre, mas também é perigoso”. Ela diz que às vezes se pergunta se será assassinada por islâmicos na Suécia.
Quando jovem, vivendo o que parecia uma existência sem esperança no Irã, Annahita Parsan não viu nenhum plano e nenhum propósito em seu casamento abusivo, apenas violência aleatória. Mas Deus tinha um plano.
“Deus me amou e Ele estava na minha vida desde o começo”, disse Parsan. “Às vezes [ao refletir sobre a vida dela], acho que tudo isso é lindo”.
Fonte: Guia-me com informações de CBN News