O embaixador do Irã no Brasil, Mohamad Ali Ghahezadeh, garantiu que o pastor Youcef Nadharkani não foi condenado à execução por forca e não está sendo objeto de perseguição religiosa.

A declaração foi feita durante reunião com membros da Frente Parlamentar Evangélica na embaixada e foi considerada uma vitória da ação de parlamentares brasileiros para a libertação do líder religioso.

No encontro, o embaixador iraniano deu uma nova versão para o caso, que se afastou da questão das restrições à liberdade religiosa. Segundo o membro da diplomacia do país persa, Nadharkani não teria sido preso por apostasia – por ter se convertido e praticado evangelismo entre os muçulmanos locais -, mas sim por outros delitos, como roubo e prostituição.

Ghahezadeh revelou ainda que o preso esta em contato constante com a família e recebe o tratamento igualitário de outros presos no país.

“Avançamos muito nos direitos humanos no Irã, por isso mesmo ficamos surpresos ao ver as notícias divulgadas sobre este caso”, afirmou, acrescentando que o julgamento ainda não ocorreu e que a embaixada irá reiterar as informações em breve por meio de nota à imprensa.

O embaixador pediu que, em situações futuras, os parlamentares procurem a Embaixada antes de tirar conclusões sobre ocorrências no país persa.

As declarações foram consideradas “um alívio” para o senador Magno Malta, um dos que fizeram parte da mobilização empreendida por parlamentares evangélicos brasileiros, que aproveitaram o bom relacionamento do Brasil com o Irã para reivindicar a libertação do pastor Youcef.

“Saí de lá aliviado. Não vi mentira nos olhos do embaixador. Não está condenado à morte por forca. Ainda há processo em andamento e nós vamos ficar monitorando”, afirmou o senador à Agência Senado.

Participaram da reunião, além de Magno Malta, o senador Sérgio Petecão, os deputados federais Marcelo Aguiar (PSD/SP), Marco Feliciano (PSC/SP), e outros parlamentares cristãos.

“Recebemos informações importantes e percebemos abertura da embaixada para debater o tema”, afirmou Marcelo Aguiar.

Segundo ele, foi importante a garantia da não existência de condenação. “Estamos, antes de mais nada, lutando pela vida de um ser humano. Recebemos a garantia de que não há pena de morte na Lei Civil iraniana e que o suposto crime do pastor Youssef não seria religioso, logo, temos mais garantias quanto à manutenção de sua vida”, acredita o parlamentar.

O diplomata iraniano ainda sugeriu que o Itamaraty convide o vice-presidente do Sistema Judiciário do país, responsável pela área de Direitos Humanos no Irã, para que venha ao Brasil e forneça detalhes sobre a situação do pastor e sobre a atuação.

[b]Fonte: The Christian Post[/b]

Comentários