A Netflix vem perdendo assinantes nos Estados Unidos por conta da polêmica que envolve o filme “Lindinhas”, acusado de apoiar a sexualização de crianças.
O filme tem sido alvo de protestos nas redes sociais por mostrar meninas de 11 anos que reproduzem coreografias sexualizadas.
A revista Variety informa que a queda teve início a partir de 10 de setembro, um dia após a estreia do projeto dirigido por Maïmouna Doucouré e quando a #CancelNetflix (“Cancela Netflix) chegou aos assuntos mais discutidos no Twitter.
Já no dia 12 do mesmo mês, a taxa de cancelamento da Netflix nos EUA foi quase 8 vezes maior do que os níveis diários médios registrados em agosto de 2020 — a maior taxa registrada nos últimos anos, segundo informações da empresa YipitData.
Não está claro, porém, qual será o impacto disso na base geral de assinantes da Netflix e se a queda seguirá nos próximos dias, aponta a Variety.
A YipitData se recusou a fornecer estimativas sobre o número de clientes que cancelaram o streaming. No final de junho, a Netflix registrava 193 milhões de clientes em todo o mundo.
Isso depois que a Netflix conquistou cerca de 25,9 milhões de novos assinantes em todo o mundo nos primeiros seis meses de 2020, com a pandemia de coronavírus estimulando inscrições recordes.
Uma petição que defende o cancelamento da conta na Netflix já conseguiu mais de 600 mil assinaturas, no site Change.org.
No Brasil
Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, afirmou no Twitter que está estudando medidas contra “Lindinhas”. Em resposta a um seguidor, ela afirmou: “Não vamos ficar de braços cruzados. Deixa comigo”.
A ministra definiu a produção como abominável. Em uma rede social, ela apontou que o filme incentiva a pedofilia por exibir meninas de 11 anos em posições eróticas.
“Estou brava, Brasil! Estou muito brava! É abominável uma produção como a deste filme. Meninas em posições eróticas e com roupas de dançarinas adultas. Não neste país, Netflix! No Brasil não! Quero deixar claro que não faremos concessões a nada que erotize ou normalize a pedofilia”, declarou.
Cuties, cujo nome original é Mignonnes, foi dirigido por Maïmouna Doucouré. Segundo a diretora, a obra é uma crítica a sexualização de crianças.
Fonte: UOL