Igreja no Iraque vazia (Foto: reprodução
Igreja no Iraque vazia (Foto: reprodução

A COVID-19 não escolhe as vítimas nem os países de propagação; ela está presente em território cheio de tecnologia e desenvolvimento e também em meio aos escombros de um local afetado por constante conflitos, como o Iraque.

Apesar das pessoas terem que se isolar em casa desde 4 de março, a comunhão entre os irmãos não cessou no território. De acordo com Daniel, líder cristão em Erbil e Kirkuk, a medida foi necessária para prevenir o contágio entre a população. “Não temos um bom sistema de saúde, então a prevenção é a única maneira de nos protegermos”, comenta.

Apesar de várias pessoas manifestarem o desejo de frequentar novamente as igrejas, o líder Poulos lembra que a ação é necessária no momento. “Por enquanto, temos que dizer a elas para ficar em casa e seguir as orações pela transmissão ao vivo na internet”, explica.

Em Qaraqosh, algumas igrejas uniram as forças e transmitem diariamente os momentos de oração. Até os antigos cristãos que frequentavam o local e migraram para outros lugares estão acompanhando a programação ao vivo.

Em Karamles, Thabet é um líder cristão que distribui produtos desinfetantes para os cristãos que frequentam a igreja. Além disso, ele coordena a limpeza das ruas e do edifício religioso. A COVID-19 não foi capaz de pegar os iraquianos de surpresa, pois eles já passaram por muitos outros problemas.

“Nesta crise, somos novamente lembrados de quão fracos somos como seres humanos e quanto precisamos da salvação do Senhor”, diz o líder Ammar. Ele aponta que a igreja é o local onde os discípulos de Jesus estão. “Podemos não ter nossa igreja grande, mas devemos fazer da nossa casa uma igreja pequena”, explica.

Os líderes cristãos sabem que os tempos são difíceis, mas estão de acordo quando o assunto é o efeito positivo da adversidade. “O Senhor nos ensinou a entrar em nossos aposentos e orar. Com a crise atual, nosso povo está se aproximando de Deus e está mais comprometido em ler a Bíblia e orar em casa”, diz Poulos.

Fonte: Portas Abertas

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