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Sarah Palin diz que eleições nos EUA “estão nas mãos de Deus”

Sarah Palin, candidata à vice na chapa do republicano John McCain, afirmou nesta quarta-feira que o resultado da eleição presidencial americana “está nas mãos de Deus”.

“Não estou desanimada”, disse a governadora do Alasca, ao ser consultada sobre as pesquisas que mostram o candidato democrata, Barack Obama, com boa vantagem sobre McCain.

“Isto só nos motiva e nos faz trabalhar mais duro”, disse Palin, antes de acrescentar que “também reafirma minha fé, já que no final das contas está nas mãos de Deus. O melhor para o país sairá da eleição de 4 de novembro”.

O líder evangélico James Dobson disse à Palin que 430 pessoas rezaram por ela no final de semana e a governadora respondeu: “Sinto a força das orações”. “Precisamos disto e a apreciamos de verdade”.

Fonte: AFP

Pastor compara Gabeira com o profeta Moisés

Em encontro para selar o apoio de pastores evangélicos, Fernando Gabeira (PV) teve sua trajetória comparada à história do profeta Moisés. Político sem religião declarada, o verde pediu uma oração por ele e seu projeto para a cidade.

Gabeira recebeu o apoio do líder da Igreja Reina, o bispo Hermes Fernandes, e de pastores da Assembléia de Deus e das igrejas Batista e Presbiteriana, em cerimônia em Campo Grande (zona oeste).

Na oração solicitada pelo candidato, o reverendo inglês Martin Scott, em visita ao Brasil pela Pioneer Church (igreja pioneira, em inglês), afirmou que “há comparação entre o senhor [Gabeira] e aquilo que Moisés atravessou”.

“Ele [Moisés] se inquietou muito com a pobreza e a escravidão em que o povo se encontrava na época. Atravessou uma época sendo mal compreendido, uma temporada de exílio, mas voltou para o seu povo. Ele ficou relutante e teve dificuldade para aceitar aquele chamado. Não estou dizendo que você é como ele, mas há uma comparação”, afirmou Scott.

O profeta Moisés (século 13 a.C.) foi educado como um príncipe egípcio, embora fosse hebreu -povo escravizado no Egito. Ele se exilou por 40 anos após matar um feitor e retornou para conduzir os hebreus à Terra Prometida.

Para uma platéia de cerca de 120 pessoas -entre pastores e fiéis- Scott afirmou que “a Bíblia é clara quando diz que os apontados para cargos públicos são apontados de Deus”.

“Esse é o momento mais importante da sua vida, quando todos os motivos para você [Gabeira] ter nascido estão para se cumprir”, afirmou Scott. Gabeira ouviu a oração com a mão do bispo Hermes em seu peito.

O candidato do PV disse que sua proposta é formar “uma grande frente em que as divergências ideológicas e religiosas, as ambições pessoais vão para um segundo plano”.

O bispo Hermes fez discurso semelhante ao abrir a cerimônia, dizendo que o mundo “está em crise”. “Não me refiro à crise das bolsas, mas a uma crise ética.” Enquanto Gabeira procurou mostrar “pontos em comum” entre ele e a comunidade evangélica. Disse ser “vítima de preconceito”, “lutador pela liberdade de religião”, dotado de “compaixão” e “desapego aos bens materiais”.

Segundo Hermes, já havia um apoio informal a Gabeira no primeiro turno, pois ele foi o único candidato a ir a um debate feito pela igreja em julho.

Para o bispo, as posições do candidato em relação às drogas e homossexuais “não estão em jogo agora”. “Se como deputado ele não conseguiu alterar leis, como prefeito não há o que temer”, disse. Hermes admitiu que a igreja fará campanha em favor do candidato nos cultos.

Fonte: Folha Online

“Apóio liberdade de religião”, afirma Gabeira

Em um debate da campanha de 1985 para prefeito de São Paulo, o jornalista Boris Casoy perguntou a FHC se ele acreditava em Deus. A resposta evasiva foi considerada decisiva para sua derrota para Jânio Quadros. Anteontem, o caso foi relembrado pela Folha a Fernando Gabeira.

Acredita em Deus?

FERNANDO GABEIRA – Defendo liberdade de religião. Tenho em relação aos verdadeiros religiosos duas afinidades. A primeira é a compaixão como sentimento mais importante. A segunda é o relativo desapego a bens materiais.
Tem imóveis?

Não, nem carro. Só moto. Do ponto de vista de religião, eu trabalho muito com os budistas.
Considera-se budista?

Eu não, mas eles me consideram, eu creio.

E divindade, Deus?

Essa noção é ocidental. Se você tem compaixão, desapego a bens e está junto das pessoas, acreditar em Deus não fará diferença na relação de fraternidade.

Fonte: Folha de São Paulo

Suiça: igrejas lembram 60 anos da declaração dos direitos humanos

Sessenta anos depois da assinatura da Declaração Universal dos Direitos do Homem, e em um mundo sempre mais ameaçado por divisões raciais, econômicas e religiosas, hoje é mais necessário do que nunca proclamar e defender seus princípios, que constituem o fundamento da liberdade, da justiça e da paz.

É o que afirma a declaração conjunta difundida pela Conferência Episcopal Suíça (CES), pela Federação das Igrejas cristãs suíças (FEPS) e pela Igreja vetero-católica, em previsão do aniversário do próximo dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos do Homem.

“Infelizmente, também na Suíça se verificam contradições que colocam em discussão o respeito dos direitos humanos” – constatam as Igrejas cristãs helvéticas. “Aceitar sem reagir à violação de um direito humano fundamental – advertem – significa colocar os outros em risco. Ao invés, reconhecer a importância dos direitos humanos implica a disposição em discutir questões difíceis para todos nós e para a sociedade inteira”.

“O 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos – conclui o documento – nos recorda que, como cidadãos e cristãos, devemos estar atentos e agir com coragem e rapidez, para garantir dignidade e justiça para todos”.

As Igrejas helvéticas estão organizando para o dia 10 de dezembro, várias iniciativas de sensibilização em colaboração com a “Ação dos cristãos para a abolição da tortura” (ACAT). Entre elas, estão a proposta de dedicar a este tema as homilias e pregações do domingo precedente; a promoção de conferências, debates e encontros de informação sobre direitos humanos, e a participação no abaixo-assinado para duas campanhas da ACAT sobre a situação dos direitos humanos em Cuba e a decisão do governo suíço de extraditar pessoas suspeitas a países que praticam tortura.

Fonte: Rádio Vaticano

Justiça afegã comuta pena de morte a jornalista crítico ao Islã

Uma corte de apelações do Afeganistão comutou ontem a pena de morte do repórter Syed Pervez Kambakhsh, acusado de questionar o papel da mulher no mundo islâmico, por 20 anos de prisão, informou à Agência Efe uma fonte judicial.

Kambakhsh, estudante de 23 anos que também trabalha para o jornal “Jahan-e-Naw”, tinha sido condenado à morte em janeiro por um tribunal da cidade de Mazar-e-Sharif, no norte do país.

O repórter foi detido por distribuir um artigo que acusava a lei islâmica de ignorar o direito das mulheres de usar a internet.

“Kambakhsh foi condenado a 20 anos de prisão pelo crime que cometeu. Mas este não é o último tribunal, ele ainda tem o direito de ir ao último”, disse à Efe o juiz Abdul Salam Qazizada.

O jornalista afegão terá agora a possibilidade de recorrer da sentença perante a Corte Suprema.

A condenação à morte de Kambakhsh gerou protestos de centenas de jornalistas afegãos e da organização Repórteres sem Fronteiras (RSF).

Os juízes afegãos consideraram em primeira instância o texto “insolente e blasfemo”, e declararam o jovem culpado por propiciar com seus companheiros de classe debates “antiislâmicos”.

Fonte: EFE

Igreja faz campanha para combater violência contra mulher em Pernambuco

Uma nova campanha foi lançada nesta semana pela Igreja Católica para diminuir os casos de violência, especialmente contra a mulher, em Pernambuco. O estado tem o maior número desses casos registrados no país.

De janeiro até segunda-feira (20), foram registrados em Pernambuco 6.954 casos de violência contra mulheres. No mesmo período, foram 222 mortes, contra 228 em 2007.

Para a delegada Denise Valentim, é preciso que a mulher reaja a qualquer sinal de violência. “Um pequeno tapa deve ser denunciado, e o agressor deve ser punido. Isso para que não se instale um ciclo de violência que venha a culminar numa situação grave, em casos muito tristes que envolvem toda a família”, diz.

Lembrando as vítimas de violência nas missas, a Igreja Católica está denunciando os assassinatos no estado. Os padres são orientados a ler os nomes das mulheres durante a celebração. “À igreja cabe o sentimento de mãe, de acolhida e de conforto às pessoas, mas especialmente de engajar todo cristão na luta contra a violência”, afirma o padre João Carlos.

Fonte: G1

Comunidades evangélicas têm reconhecimento na Câmara Municipal

A evolução do trabalho evangélico conquistado em obras sociais e através de instituições educacionais como o Colégio Martinus (fundado em 1866), a Casa do Estudante Luterano Universitário, a Faculdade de Teologia Evangélica, o Lar Ebenezer e ainda as creches Bom Samaritano I e II obteve reconhecimento também na Câmara de Curitiba.

Na tarde desta terça-feira (21), foi aprovado em segundo turno projeto de lei do vereador Jorge Bernardi (PDT), que vai permitir a instituição do Dia do Luterano, para ser comemorado anualmente, em 31 de outubro, concedendo ao esforço missionário das comunidades luteranas valorização pública e merecida.

Para Bernardi, será também “uma excelente oportunidade de reflexão missionária extensiva a toda a sociedade curitibana.” Um dos segmentos luteranos, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, é a mantenedora do Hospital Evangélico.

Presbiterianismo

Também foi confirmada, em segundo turno, aprovação para outro projeto do parlamentar, instituindo a Semana do Presbiterianismo, a partir de 12 de agosto. Movimento cristão originado com a Reforma Protestante de Martinho Lutero, desde esta data, em 1859, “vem abençoando a sociedade brasileira com escolas, universidades e formação de cidadãos transformados pela graça de Deus”, conforme Bernardi.

Elogios

As duas propostas receberam cumprimentos dos demais vereadores, que comentaram a história do trabalho realizado no Brasil e em Curitiba. Uma das figuras lembradas pelo vereador Paulo Salamuni (PV), o pastor Elias Abraão, que foi secretário estadual de Educação, “serve como referencial das conquistas evangélicas através da fé cristã.”

O vereador e pastor Valdemir Soares (PRB) viu com bons olhos os projetos e observou o “quanto estas comunidades evangélicas, tanto quanto outras, têm se ocupado na recuperação de famílias em desequilíbrio. “Atuam, inclusive, em situações nas quais nem os poderes públicos podem agir, levando a palavra de Deus como um sustentáculo espiritual”, acrescentou.

Angelo Batista (PP) e Pedro Paulo (PT) também fizeram questão de demonstrar o agradecimento público, referindo-se às datas como “momentos para reflexão da fraternidade e do espírito cristão, tão necessários na sociedade de hoje.”

Pastores de diversas igrejas presbiterianas e luteranas acompanharam as votações: Oslei do Nascimento e Elizeu Eduardo, de entidades presbiterianas; pela Igreja Menonita, pastor Alfredo Pauls, e pelas igrejas luteranas, pastores Jorge Decher, Sinodal, Heihz Ehlert, Curt Albrecht, Júlio Ribak e José Eduardo.

Fonte: Bem Paraná

‘Vamos nos juntar no que concordamos’, diz Rick Warren

Entrevista com Rick Warren, sobre ministério, projetos, política e ação social. Para Warren, reorganizar o trabalho internacional da Saddleback e intermediar um fórum entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos servem a um propósito comum.

Entrevista com Rick Warren, por Timothy C. Morgan

O Fórum Civil da Igreja de Saddleback, que reuniu 2 mil pessoas ao vivo e parou o país na frente da TV na noite do dia 16 de agosto. O evento, o primeiro ato da atual campanha presidencial a reunir os dois candidatos, demonstrou o prestígio de seu promotor, o pastor Rick Warren, apontado como um dos homens mais influentes da América. Sua igreja, com 25 mil membros, é referência obrigatória no atual cenário

evangélico americano e seus livros, como Uma igreja com propósitos e Uma vida com propósitos, viraram best-sellers mundiais.

Rick Warren está envolvido em um grandioso projeto. Desde 2005, o líder da Igreja Saddleback tem empreendido uma estratégia global para missões – o chamado Plano da Paz, recentemente rebatizado de Paz 2.0. Ele propõe uma ampla coalizão global, unindo governos, empresas e igrejas numa parceria com foco na reconciliação e no progresso humano. Utopia? Pode ser. Mas Warren diz que a Igreja tem todas as ferramentas necessárias para a boa obra. Nesta entrevista, ele fala sobre Paz 2.0 e também sobre os resultados do debate com os presidenciáveis:

A imprensa em geral usa os padrões Billy Graham para medir seu ministério. Isso não se torna irritante após algum tempo?

Estou cansado disso. Já disse muitas vezes que não existe sucessor para Billy Graham. Quem foi o sucessor de Lutero? E de Wesley? Deus usa pessoas individualmente, de maneira única. Se alguém tem que ser sucessor de Billy Graham, tem que ser seu filho Franklin que continuou o evangelismo. A imprensa age de duas maneiras: ou constrói sua trajetória ou a derruba. Está sempre a procura do próximo “prodígio” para construí-lo.

O Fórum Civil de Saddleback supriu suas expectativas?

Sim, foi além das expectativas. Os elogios da elite da imprensa foram impressionantes. O maior objetivo foi pensar e amar além do que tem feito os não-cristãos. Eu também queria falar sobre questões que têm efeito de longo prazo. Daqui a 100 anos, o custo do combustível não será uma questão relevante. Mas a forma de liderar de um presidente continuará sendo uma questão.

Antes do debate, dois grupos me criticaram muito. De um lado, os seculares de Esquerda que temiam que eu estabelecesse uma avaliação religiosa para o presidente, algo que sou absolutamente contra. Por outro lado, os membros da Direita religiosa que temiam que eu cedesse aos temas como aborto, casamento homossexual e pesquisas com células-tronco.

O Fórum Civil se encaixa no “Plano de Paz”?

Encaixa-se à medida que se constrói pontes com o governo. Tenho três objetivos na vida. Um deles é restaurar a responsabilidade dos indivíduos. Tudo é um presente de Deus, assim como o que fazemos com isso. Somos responsáveis por aquilo que Deus nos deu –, chama-se administração. O segundo objetivo é restaurar a credibilidade da Igreja. Uma coisa que quis dizer no fórum foi: a Igreja está em foco, a Igreja é inteligente e acredita no bem comum, não apenas nas Boas-Novas. Isso me leva ao terceiro objetivo, que é restaurar a civilidade para a civilização. Fui influenciado por William Wilberforce na restauração das maneiras. Você pode aprender mais com os candidatos por meio de uma discussão civil do que por meio de um debate antagônico. Tenho uma carta a ser enviada para pastores de nossa rede dizendo: “Vejam, fiz este fórum em nível nacional, mas vocês poderiam fazê-lo em nível comunitário.”

De onde surgiu a ênfase do “Plano de Paz” para a parceria com governo, empresas e Igreja?

Quando estive pela primeira vez no Fórum Econômico Mundial, em Davos, ouvi pessoas falando a respeito da parceria público-privada. O que queriam dizer era que o governo e as empresas precisavam se unir para lutar contra a pobreza, as doenças e o analfabetismo. Eu dizia: “Tudo bem, mas espere um minuto. Vocês estão próximos, mas falta algo. Vocês estão esquecendo a terceira parte da base: a Igreja. Vocês esqueceram o componente que tem maior distribuição, o maior número de voluntários, quem já tem os pés no chão e que já possui a motivação de fazer isso de graça.

Em “Paz 2.0”, a frase “plantar igrejas” foi substituída por “promover a reconciliação”. Qual a razão dessa mudança?

Há dois anos, fizemos uma viagem de 74 mil quilômetros em 45 dias. Literalmente viajamos ao redor do mundo. O que vi em cada país fooram conflito e relacionamentos quebrados. Nas Filipinas, vi conflitos entre as duas maiores redes evangélicas. Em Seul, entre carismáticos e presbiterianos. No Oriente Médio, entre árabes e judeus. Em Ruanda, entre hútus e tútsis. Em todos os lugares que visitei, encontrei relacionamentos quebrados. Todos os lugares que visitei sofriam com relações quebradas. Em todos os lugares encontrei mediadores de conflito, moderadores, pessoas encarregadas de promover a paz. A paz com Deus e uns com os outros.

Então pensei no “Plano de Paz”, e “plantação de igrejas” era o único ponto que continha um método prescrito. Ainda fazemos plantação de igrejas, mas colocamos esta questão no item “parcerias com igrejas locais”.

Não esperamos que o governo e as empresas, as outras partes desta tríade, façam plantação de igrejas. Mas existem princípios bíblicos sobre reconciliação que se aplicam a todos. Se você ouvir antes de falar, seus relacionamentos serão melhores, acredite ou não.

Qual o novo papel dos profissionais em “Paz 2.0”?

O papel dos profissionais é treinar os amadores. Quando um dentista diz: “Eu quero ir para a América Latina extrair dentes”, isso é ótimo. é um complemento. Eu gostaria que ele fosse à América Latina e treinasse pessoas em “como extrair dentes”. Não apenas o complemento, e sim a multiplicação. Na Grande Comissão Jesus diz: “ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei” (Mateus 28.20). Ele não diz: “Faça por eles.” Ele diz: “Ensinando-os.” Existem três palavras-chave em “Paz 2.0”: escalável, sustentável e reproduzível. Nunca podemos sacrificar estas três coisas por velocidade e rapidez. A maneira mais rápida de fazer tudo isso é fazer você mesmo.

A carreira de “missionário” está obsoleta?

Precisamos de muito mais missionários do que temos agora. E precisamos de muito mais. Precisamos de um movimento amador baseado no amor. Precisamos lembrar que nos primeiros 300 anos da igreja, a maioria era formada de amadores. Paulo e Barnabé foram enviados por uma igreja. Havia uma igreja local enviando pessoas ao redor do mundo. Minha oração é que possamos trabalhar unindo nossas mãos. A experiência dos missionários pode ser utilizada e multiplicada.

Existe mais de um bilhão de católicos e ortodoxos. Onde eles se encaixam?

Precisamos mobilizar um bilhão de cristãos católicos e ortodoxos. Não estou interessado em diálogos ecumênicos. Estou interessado em projetos entre as igrejas. Vamos fazer algo juntos. Você provavelmente não irá mudar as suas doutrinas e eu provavelmente não mudarei as minhas doutrinas. Temos crenças diferentes. Mas o fato é que servimos ao mesmo Deus. Vamos trabalhar então baseados nas coisas com as quais concordamos.

Em maio, na Conferência de PAZ, em Saddleback, você falou sobre o que você chama de modelo “novos odres” para líderes cristãos. O que quis dizer com isso?

A essência do conceito de “novos odres” é que a hierarquia será substituída por uma rede. A organização do futuro para o cristianismo é a formação de redes. PAZ é uma estrutura e uma rede para missões globais. Não é minha estrutura. O que estou dizendo é: vamos fazer do jeito que Jesus fez. A lição de Jesus foi: eu faço e você assiste. Segunda fase: você faz e eu assisto. Terceira fase: eu não estou aqui e você está fazendo sozinho. Todas as vezes em que a Palavra de Deus foi inserida em uma nova tecnologia, existe o renascimento, a reformulação, a renovação. Agora temos a internet. Posso falar com alguém no Sri Lanka tão facilmente quanto falo com você. PAZ é também uma rede na qual as igrejas podem trabalhar juntas em vez de ficarem ilhadas em suas denominações. Permite colaboração em missões globais de uma forma que não era possível antes.

Teólogos, professores e críticos do “Plano da Paz” dizem que o plano tem as mesmas limitações de projetos missionários de curto prazo, ou seja, não trazem melhorias significativas para a vida das pessoas com necessidades ou não geram as transformações necessárias na vida dos voluntários envolvidos no ministério.

Esperamos críticas. Sempre que começamos uma nova maneira de caminhar, a organização existente se opõe. Falamos a respeito de seis renovações: pessoal, relacional, cultural, estrutural, missionária e institucional. Instituições nunca são fonte de inovação. O propósito da instituição é preservar a inovação da geração anterior. Não há nada de errado com isso. O propósito da instituição é preservar a continuidade e não criar novas propostas. Veja uma árvore: todo o crescimento acontece nos novos galhos. Os seminários e instituições seriam os troncos. Mas os novos frutos só aparecerão nos novos galhos.

Você está falando sobre mais sinergia e tensão criativa entre os inovadores e as instituições?

Exatamente! é sobre isso que estou falando. O papel das instituições é promover a estabilidade, continuidade e memória histórica. O cristianismo tem raízes. O “Plano da Paz” não é algo realmente novo. é voltar ao primeiro século. Em vez de passar tempo atacando o PAZ ou dizer, “Isso não vai funcionar”, que tal contribuir com seus conhecimentos? Ou dizer: “Aqui está uma lição histórica que você deve recordar, inclusive alguns erros cometidos em iniciativas anteriores.”

O papel das Organizações Não-Governamentais (ONGs) tem sido vital. é uma gota no oceano, comparado ao que poderíamos estar fazendo se mobilizássemos toda a Igreja. As missões para-eclesiásticas precisam apoiar a Igreja. Infelizmente, por anos e anos, o contrário tem sido verdadeiro. A Igreja apóia as ONGs, levanta os recursos, envia os membros, providencia potencial criativo. E a ONG recebe o crédito.
Moral da história: quem recebe o crédito? Quem sai fortalecido? Quem é o herói? Não é a Igreja Saddleback, não é o “Plano da Paz”. Queremos que as igrejas locais nas pequenas vilas se tornem as heroínas. Quanto mais honro a Igreja, mais Deus me abençoa.

Tradução de Karen Bomilcar

Fonte: Cristianismo Hoje

Bispo barra manifesto pró-Marta em São Paulo

O manifesto divulgado por padres vinculados a pastorais sociais em favor da candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, provocou desconforto na Igreja Católica.

Para conter o mal-estar, o bispo auxiliar de São Paulo, d. Pedro Luiz Stringhini, divulgou nota de esclarecimento, na qual pede “perdão aos fiéis que se sentiram ofendidos”. Mais: diz que a distribuição da mensagem nas missas já estava proibida antes mesmo de seu lançamento, na sexta-feira.

“A Igreja não aprova a participação de padres em apoio a um manifesto de caráter político, partidário, eleitoral”, reagiu o bispo. Coordenador da comissão que idealizou o manifesto, o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, afirmou que o texto foi mal interpretado.

“Não estamos dando um cheque em branco para Marta”, disse Carvalho. Um dos principais auxiliares de Lula no Planalto, ele lembrou que a carta, assinada pelo Fórum de Católicos pela Justiça em Favor dos Mais Pobres, também não expressa a posição oficial da Igreja Católica, mas, sim, de alguns setores. “Eu compreendo a preocupação de d. Pedro de não permitir que a Igreja se posicione eleitoralmente. Mas o Fórum não é de padres, é de católicos”, insistiu Carvalho. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

Fonte: G1

Bebê é abandonado dentro de igreja no Leblon

Um recém-nascido foi abandonado dentro de uma igreja da Zona Sul do Rio, na noite da terça-feira. Matheus de França Santos de Oliveira, de dois dias, foi encontrado dentro de um cesto, embaixo de um dos bancos da Igreja Santa Mônica, na Rua José Linhares, no Leblon.

A mãe do bebê deixou junto ao cesto um saco de fraldas, um terço e uma carteira de vacinação com o nome do menino (Matheus de França Santos de Oliveira) e da mãe, ainda não informado. No bilhete, ela diz que não tinha condições de criar o filho. A mãe também deixou um bilhete no qual dizia “Cuidem dele, pois não posso. Ele é saudável”.

O Conselho Tutelar da Zona Sul, para onde a criança foi levada, não confirma que o nome do bebê. O documento que estava junto ao recém-nascido diz que ele nasceu no dia 19 deste mês. O menino foi encaminhado às 22h desta terça-feria ao Hospital Miguel Couto, na Gávea, e seu estado de saúde é bom. Ele passará por exames e só deve ser liberado por volta das 10h desta quinta-feira.

O conselheiro Heber Bôscoli ficará responsável por apresentá-lo na 1ª Vara de Infância e Juventude quando ele deixar o hospital:

– É um bebê lindo e saudável. Ainda não sabemos o motivo que levou a mãe a abandoná-lo. Antes de pensar em adoção, temos que esperar para saber se a mãe vai se apresentar. Policiais da Delegacia do Leblon estão à procura da mãe da criança.

Fonte: O Globo

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