Início Site Página 2917

Preso sacerdote por mais de 90 delitos de abuso sexual

Um sacerdote católico reformado que se encontrava indiciado pela prática de 33 delitos de abuso sexual no colégio onde lecionou foi detido na Austrália pela acusação de 60 novos casos de pedofilia, anunciou a polícia local.

Brian Spillane, ex-capelão e professor da escola católica de San Estanislao, em Bathurst, no estado australiano da Nova Gales do Sul, estava até terça-feira em liberdade condicional, estando previsto que comparecesse em tribunal dentro de duas semanas, mas acabou detido esta noite no seu domicílio.

A detenção enquadra-se na investigação iniciada em agosto pela polícia australiana em relação a uma rede de religiosos e professores que supostamente abusaram de cerca de 40 menores durante sete anos na década de 1980, quando os meninos eram alunos naquele colégio.

Outro sacerdote de 81 anos foi acusado de haver abusado sexualmente de um acólito há 40 anos na Nova Gales do Sul, onde as forças de segurança também detiveram o pastor John Sidney Denham, de 65 anos, professor de uma escola secundária, por suposta atividade imprópria com 18 meninos entre os anos de 197 e 80.

Mais de uma centena de membros da Igreja Católica australiana foram condenados por abusar sexualmente de um milhar de vítimas, segundo cálculos da organização «Broken Rites».

Na sua visita à Austrália em Julho passado, o papa Bento XVI reuniu-se com algumas das vítimas, a quem pediu perdão em nome da Santa Sé.

Fonte: TSF – Portugal

The New York Times: Paquistão inicia inquérito sobre as mortes de cinco mulheres

O inquérito do governo paquistanês sobre a morte de cinco mulheres enterradas vivas nos chamados crimes de honra na província de Baluquistão, no sudoeste, está ocorrendo em meio a amplos protestos e uma revolta com a defesa da prática por parte de um político.

O inquérito do governo paquistanês sobre a morte de cinco mulheres enterradas vivas nos chamados crimes de honra na província de Baluquistão, no sudoeste, está ocorrendo em meio a amplos protestos e uma revolta com a defesa da prática por parte de um político.

A notícia das mortes, que ocorreram há seis semanas, escapou com poucos detalhes e lentamente da área remota tribal. Segundo uma declaração de um grupo de direitos humanos francês, no dia 21 de agosto, as vítimas foram três jovens que planejavam se casar com homens de sua escolha – uma mancha na honra da família – e duas parentes mais velhas.

Todas foram seqüestradas por um grupo de homens no dia 13 de julho de sua aldeia, Baba Kot, no município de Jafferabad, e levadas para uma área deserta em um veículo com placa do governo do Estado, de acordo com o grupo, Federação Internacional para Direitos Humanos. As jovens levaram golpes e tiros. Ainda respirando, foram cobertas com terra e pedras. As duas mais velhas tentaram intervir e também foram enterradas vivas.

A organização de direitos humanos disse que baseou seu relato nas informações coletadas por um grupo afiliado, a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão. O grupo paquistanês é uma organização sem fins lucrativos independente, com base em Lahore. Um dos homens envolvidos, de acordo com o relato do grupo de direitos humanos, era irmão do ministro de moradia de Baluquistão, um membro do Partido do Povo Paquistanês.

O caso gerou amplos protestos na semana passada, depois que a senadora da oposição Yasmeen Shah acusou o governo de fazer vista grossa para os homicídios e tentar encobrir o episódio. Ela foi interrompida por um senador do Baluquistão, Israr Ullah Zehri, que defendeu os crimes de honra como “nossas normas” e disse que não deveriam ser “ressaltados negativamente”.

Depois de ampla revolta pública, o governo apoiou uma resolução do senado condenando os crimes. Vários críticos disseram que o Partido do Povo Paquistanês estava tentando ignorar o episódio enquanto tentava garantir o apoio do Baluquistão para o líder do partido, Asif Ali Zardari, na eleição do colégio eleitoral para presidente no sábado.

Um alto membro do Ministério do Interior, Rehman Malik, disse na segunda-feira (1º) que tinha ordenado um inquérito de uma semana e que três pessoas já tinham sido presas.

Em uma entrevista, ele negou o elo com o ministro da província e questionou as descrições do caso. “Tenho minhas dúvidas que seja caso de honra”, disse ele.

“Há uma discussão se foram crimes de honra ou uma disputa de terras. Vamos aguardar o relatório final.”

A cada ano, centenas de mulheres no Paquistão são mortas em nome da honra, de acordo com grupos de direitos humanos, mas a maior parte dos casos não é divulgada ou investigada adequadamente. Os crimes de honra foram proibidos em 2004 com pena de morte, mas a nova lei foi fraca e se provou ineficaz, como tinham advertido os críticos na época. A prática continua comum em zonas rurais afligidas pela pobreza e analfabetismo e ainda dominadas por senhores feudais e líderes tribais.

“A lei contra o crime de honra não está sendo implementada efetivamente, apesar da pena capital”, disse Nilofar Bakhtiar, senador que promoveu a lei contra homicídios de honra quando era ministro de assuntos da mulher no governo de Pervez Musharraf, que renunciou no dia 18 de agosto, abrindo caminho para as eleições de sábado.

Muito ainda não está claro sobre o caso, inclusive o que aconteceu aos três homens com os quais as jovens queriam se casar.

“Foi muito difícil averiguar os fatos e nomes, pois é uma área muito conservadora, profundamente enraizada em costumes e tradições tribais”, disse Farid Ahmde, coordenador da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, em uma entrevista por telefone de Quetta. As vítimas foram identificadas como membros da tribo Umrani.

“As pessoas não se dispõem a falar abertamente, não apenas por medo, mas também por causa de suas crenças tribais”, disse ele. “Muitos acusam as mulheres de terem moral fraca porque queriam escolher seus maridos”.

Diante do parlamento na segunda-feira, cerca de 40 ativistas de direitos humanos gritavam slogans condenando as mortes e a defesa da “tradição” por Zehri.

“Fiquei muito chocada. Tenho 50 anos e não me lembro de nada desse tipo. Ouvimos falar de mortes de honra, mas o fato de enterrar pessoas vivas é sem precedentes”, disse Duskha Syed, professor na Universidade Quaid-i-Azam. “E o que é ainda mais escandaloso é que esse Zehri racionaliza e defende a prática.”

Outro manifestante, Nasim Zehra, analista político, disse: “Há um descaso absoluto em relação à lei e o Estado de direito. Neste momento, o governo está buscando votos para as eleições presidenciais. Também há uma conspiração de silêncio entre as tribos. O fato mais repulsivo é que os que estão lá para legislar demonstraram o pior tipo de indiferença”.

Salman Masood
Em Islamabad, Paquistão

Tradução: Deborah Weinberg

Fonte: The New York Times

STJ abre caminho para validar união de homossexuais

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu caminho para o reconhecimento de união de pessoas do mesmo sexo ao determinar à Justiça do Rio de Janeiro que decida se um casal homossexual vive ou não uma união estável, formando uma família.

O juiz da Vara da Família de São Gonçalo e, posteriormente, o Tribunal de Justiça (TJ) do Rio tinham se recusado a analisar a ação proposta por um agrônomo brasileiro e um professor canadense que se relacionam há 20 anos e são casados oficialmente no Canadá.

Para arquivar o processo, a Justiça tinha argumentado que o pedido era impossível porque no Brasil somente é reconhecida a união estável de casais formados por homem e mulher, e não por pessoas do mesmo sexo. A ala majoritária do STJ não chegou a concluir expressamente que o casal vive uma união estável. Mas, ao mandar a Justiça do Rio analisar o processo, os ministros sinalizaram que no futuro pode ser reconhecida a validade de uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo. A decisão foi tomada na 4ª Turma do STJ por três votos a dois.

Segundo informações do STJ, foi a primeira vez que o tribunal analisou uma ação movida por um casal homossexual sob o ângulo do direito de família. O ministro Luís Felipe Salomão disse que não existiam impedimentos jurídicos para que o juiz da Vara de Família decidisse o caso. De acordo com ele, o juiz só poderia se recusar a julgar a ação se houvesse proibição legal expressa ao prosseguimento de ações em que é pedido o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo.

O advogado do casal, Eduardo Coluccini Cordeiro, afirmou que a decisão do STJ é importante porque determina ao juiz da Vara de Família de São Gonçalo que julgue a ação movida pelo casal homossexual. “Os votos dos três ministros (favoráveis ao julgamento da ação) abrem caminho para que a discussão seja aprofundada”, disse o advogado. Ele observou que os juízes de primeira instância não poderão mais se esquivar de decidir casos semelhantes aos de seus clientes sob a alegação de que a legislação brasileira não prevê a união estável de homossexuais.

Cordeiro contou que seus clientes se casaram oficialmente no Canadá, onde é permitido o casamento entre homossexuais. Se conseguirem o reconhecimento da união estável no Brasil, eles poderão requerer uma série de benefícios, como um visto permanente para o canadense, além de direitos de herança, previdenciários e eventualmente de adoção de crianças

Fonte: Agência Estado

Cristãos são penalizados por se reunir em horário proibido

Em 25 de agosto, a prefeitura da cidade de Donphai, província de Attapue, intimou o líder de uma igreja doméstica por ter desobedecido a ordem municipal de que “todas as atividades na cidade, incluindo os cultos da igreja, deveriam parar durante o período no qual eram conduzidos rituais de adoração aos espíritos”.

Alguns cristãos da cidade haviam realizado um culto na casa de um cristão no domingo, dia 24 de agosto de 2008.

Os cristãos, entretanto, estavam exercendo o direito de liberdade de culto, e o fizeram dominicalmente, no mesmo horário e no mesmo lugar que estavam acostumados a se reunir. Como resultado, a igreja foi penalizada em 700 mil kips laosianos (81 dólares), um porco, e uma garrafa de saquê. Além disso, se qualquer pessoa da cidade ficar doente por causa de algum espírito maligno, a igreja ficará responsável por ela. Se a igreja decidir não pagar a multa, a prefeitura disse que tomaria medidas mais duras contra a ela.

Até o presente momento, os cristãos da cidade de Donphai não pagaram a multa exigida pela autoridade na cidade. E além do mais, decidiram continuar a reunião aos domingos como uma maneira de demonstrar sua liberdade de religião, que é expressamente garantida pela Constituição de Laos.

Fonte: Folha Online

Em desvantagem, Jô Moraes tenta atrair voto evangélico em Belo Horizonte

No instante em que a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte dá sinais de que pode ser decidida em apenas um turno, a segunda colocada nas pesquisas, Jô Moraes (PC do B), tenta reagir buscando os votos da população evangélica da cidade.

O programa eleitoral desta segunda-feira da candidata foi todo voltado para despertar a atenção dos evangélicos. Foi feita a promessa de dar preferência às parcerias da prefeitura com instituições que trabalham com as igrejas e até a “liberdade de culto” foi defendida.

Jô destacou a coligação dos comunistas com o PRB –uma “união coerente, que resistiu às pressões vindas de opositores” da sua candidatura– e apresentou o seu vice, Cláudio Sampaio (PRB), como “administrador e pastor batista”.

Coube a ele dar as mensagens. “É importante registrar que a liberdade de culto faz parte da nossa luta”, disse ele, dando a entender que a lembrança das ditaduras comunistas do século 20 que proibiam os cultos religiosos ainda resiste entre os evangélicos.

“Vamos priorizar a parceria da prefeitura com instituições que desenvolvem trabalhos sociais em conjunto com as igrejas e criar uma grande rede de solidariedade em Belo Horizonte”, afirmou Sampaio.

O programa ainda mostrou imagens de um ato da Força Jovem Evangélica em apoio à candidata comunista.

O PRB, que tem o vice-presidente José Alencar (MG) como o mais ilustre filiado, tem muitos evangélicos na sua base, igrejas tradicionais e pentecostais. As lideranças dizem se tratar de um partido laico.

Hoje o governador tucano Aécio Neves e o prefeito petista Fernando Pimentel voltaram às ruas para mais um ato de campanha em favor de Marcio Lacerda (PSB), que tem, segundo o Ibope, 40% das intenções de voto –Jô tem 15%.

Aécio afirmou que “a grande vitória nessas eleições não será apenas a de outubro”, mas a construção de uma aliança para quatro anos, algo que “o Brasil hoje admira”.

Ele comentou as tentativas do PC do B, via Justiça Eleitoral, de retirá-lo do programa eleitoral de Lacerda, sob a alegação que o PSDB está fora da aliança oficial. “Há um certo exagero, uma superestimação da minha presença e da minha importância nessa campanha.”

Só que as imagens dele e de Pimentel estão em quase todas as inserções e programas de Lacerda no rádio e TV.

Fonte: Folha Online

Campanha tentará colher 500 mil assinaturas para criar “lei anti-ficha suja”

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) começou ontem uma campanha nacional de coleta de assinaturas em favor de uma lei que pode vetar candidatos com “ficha suja”. A meta do movimento é fechar a “Semana da Pátria”, em 7 de setembro, com ao menos 500 mil assinaturas.

Desde abril, a campanha obteve 200 mil nomes. A idéia é espalhar postos de coleta por todo o país. A igreja Católica em São Paulo vai intensificar a campanha de coleta de assinaturas. Ontem à noite, o bispo dom Odilo Scherer reuniu promotores, juízes e integrantes de movimentos em favor da ética na política em um ato na arquidiocese de São Paulo, para dar impulso à campanha de conscientização dos eleitores.

A campanha tem apoio da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Comissão Justiça e Paz. Lideranças de outras religiões também participam. “Queremos apresentar um projeto para criar a lei anti-ficha suja e barrar candidatos que respondam a processos”, argumenta dom Odilo.

Para ser admitido na Câmara dos Deputados, um projeto de iniciativa popular precisa ter pelo menos 1,6 milhão de assinaturas.

Fonte: O Tempo

Atividade religiosa e relações trabalhistas são temas de debate

Juristas, especialistas e representantes de entidades avaliam a aplicabilidade do Direito do Trabalho em instituições religiosas que, segundo estudos, chegam perto de 84 mil no Brasil. Só entre 2002 e 2005, foram criadas 13,3 mil entidades que se dedicam a atividades confessionais.

O exercício do trabalho religioso e os direitos trabalhistas de quem os executa é o tema do próximo Crise em DebAAT. A Associação de Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP) promove no dia 4 de setembro (quinta-feira), mais uma edição do tradicional ciclo de debates sob o tema “Trabalho Religioso – Empregado ou Servo de Deus?”.

Representantes de todos os setores da sociedade; em especial, da Advocacia Trabalhista, de Entidades Religiosas, Sindicais, da Magistratura e da imprensa nacional; estarão reunidos para avaliar a situação em que se encontram pessoas que atuam na área. “A diferença entre exercício de fé e atividade profissional, a subordinação e eventuais conflitos de interesse entre prestador e tomador dos serviços são questões que, não raro, geram considerável polêmica”, lembra Dra. Fabíola Marques, presidente da AATSP. “Além disso, o contraste entre o número de novas entidades dessa natureza e o baixo índice de profissionais que emprega, deve ser avaliado”, considera.

Segundo estudo do IBGE, realizado em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (ABONG) e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), a partir do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE); em 2005, existiam 338 mil Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (Fasfil) em todo o País. Cerca de um quarto delas (24,8%) são entidades religiosas, das quais a maior parte (57,9%) concentra-se na região Sudeste. Só no período entre 2002 e 2005, foram criadas 13,3 mil entidades que se dedicam a atividades confessionais. A média de profissionais formalizados no segmento se restringe a 1,4 trabalhador por entidade. Já o salário médio mensal fica em torno de R$ 718,00.

Para avaliar a questão, foram convidados: a Dra. Ana Amélia M. Camargos, conselheira da AATSP e autora do livro “Direito do Trabalho no Terceiro Setor” (Ed. Saraiva); o desembargador e Postgrado em Derecho Del Trabajo por La Universidad de Castilla-La Mancha, Valdir Florindo; o advogado, teólogo e Professor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, Pastor Valdo Romão e a advogada da Igreja Universal do Reino de Deus, Dra. Simone Galhardo. A presidência da mesa fica a cargo da presidente da AATSP e Profª. Doutora da PUC-SP, Fabíola Marques.

Trabalho Religioso – Empregado ou Servo de Deus? Dia 4 de setembro, às 19 horas Sede da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP), Av. Ipiranga, nº 1267 – 3º andar – Centro – São Paulo (SP).

Debatedores: Ana Amélia Mascarenhas Camargos – advogada, doutora em Direito do Trabalho pela PUC/SP, professora universitária, conselheira da AATSP e autora do livro “Direito do Trabalho no Terceiro Setor” (Ed. Saraiva).

Desembargador Valdir Florindo é Juiz Togado do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo – 2ª Região; Bacharel pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo; Postgrado em Derecho Del Trabajo por La Universidad de Castilla-La Mancha, Campus Del Toledo-España; Autor do livro “Dano Moral e o Direito do Trabalho” (Editora LTr/SP).

Pastor Valdo Romão – Diretor Executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo, Advogado, Contabilista, Teólogo e Professor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.

Dra. Simone Galhardo – Advogada da Igreja Universal do Reino de Deus, pós-graduada pela PUC-SP (Direito do Trabalho) e pela FGV-SP (Direito Empresarial do Trabalho)

Presidentes de mesa: Fabíola Marques – Presidente da AATSP e Profª. Doutora da PUC-SP. Inscrições: Gratuitas | Informações: Tel. (11) 3229-8389 | Site: www.aatsp.com.br |. Realização: Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP).

Fonte: Fator Online

Pastores presos podem enfrentar acusação de traição

O regime ditatorial da Eritréia tem planos de prestar formalmente acusação contra vários pastores protestantes presos nos últimos quatro anos. Na pequena nação africana dominada por aquilo que é considerado, por muitos, um dos mais brutais e paranóicos governos do mundo em relação à liberdade religiosa e de expressão, a pena por traição é a morte.

Os parentes e os membros das igrejas dos pastores presos estão “muito ansiosos” por causa dessas notícias não confirmadas, disse uma fonte à agência de notícias Compass.

Três dos mais importantes pastores protestantes – os líderes da Igreja do Evangelho Pleno, Haile Naizghi e o Dr. Kifle Gebremeskel; e Tesfatsion Hagos, da Igreja Evangélica Rema, estão presos há quatro anos, e incomunicáveis.

De acordo com uma reportagem investigativa publicada pela ONG Repórteres Sem Fronteiras, os três pastores “desapareceram no sistema carcerário de Eritréia desde sua prisão em maio de 2004”.

A reportagem , publicada em maio, apontou o conselheiro especial da Presidência e ministro governamental Naizghi Kiflu como “o homem, dentro do governo, encarregado de aniquilar com as igrejas”.

Em maio de 2002, Kiflu negou reconhecimento a 36 igrejas e grupos religiosos sob o pretexto de que “eles supostamente encorajam a insurreição e sustentam reder de desertores”, dizia o relatório.

As leis erítreas proíbem que um cidadão permaneça mais do que 30 dias preso sem que uma queixa seja oferecida. Apesar disso, o governo se recusa a oferecer queixa contra os pastores ou mesmo dar um motivo por prendê-los e a outra centena de membros de igrejas.

Sabe-se que, pelo menos outros 15 pastores, padres e diáconos estão entre os mais de 2.000 cristãos presos em penitenciárias, delegacias de policia e quartéis em toda Eritréia devido a suas crenças e práticas religiosas. Eles têm sido repetidamente espancados e torturados, e por vezes trancados em contêineres de metal ou em celas subterrâneas para que neguem a fé.

Prisões no Dia da Independência

Em maio, a policia invadiu uma casa e prendeu 25 cristãos que estavam reunidos no Dia da Independência para orarem pela nação.

Fontes confirmaram que 20 homens e cinco mulheres foram presos enquanto se reuniam em uma casa em Adi-Kuala, no sábado, dia 24 de maio. As 25 pessoas fazem parte do grupo Medhane, movimento de renovação espiritual da Igreja Ortodoxa Eritréia.

Os prisioneiros estão na delegacia de policia de Adi-Kuala, cidade próxima a fronteira com a Etiópia. Mas as fontes locais continuam temerosas de que as autoridades estejam planejando transferi-los ao o Wi, um centro de treinamento militar conhecido pelo tratamento brutal que dispensa aos seus prisioneiros religiosos.

Prisioneiros livres

Ao mesmo tempo, a agência Compass confirmou a libertação de dois grupos de cristãos que estavam presos há três meses. Dez membros da Igreja do Deus Vivo, denominação dissidente da Igreja Ortodoxa Eritréia, foram libertados depois de ficarem três meses presos na delegacia de policia de Mendefera.

Segundo relatos, outras 15 pessoas, membros da Igreja Kale Hiwot, que estavam presas na delegacia de policia de Keren, também foram libertadas.

Todos os cristãos libertados foram obrigados a pagar uma fiança de aproximadamente de R$ 8 mil por pessoa. Ao libertá-los as autoridades os preveniu de que não se envolvessem mais em nenhuma atividade de cunho cristão no futuro. Alguns deles foram forçados a deixar propriedades como garantia pela fiança.

Em maio de 2002, o governo do presidente Isaias Afwerki, de inclinação marxista, tornou ilegal qualquer igreja protestante independente, ordenou que os templos fossem fechados e criminalizou os cultos domésticos.

Em maio de 2005, o embaixador da Eritréia nos Estados Unidos argumentou no programa de rádio Voz da América argumentou que os protestantes independentes eram cristãos “equivalentes à al-Qaeda” e ofereciam uma ameaça terrorista para a nação.

Em princípio, a ação do governo visava apenas as congregações pentecostais e carismáticas, que crescem rapidamente no país. Entretanto, o governo também tem interferido nos assuntos internos da Igreja Ortodoxa e levado líderes eclesiásticos e leigos para a prisão, forçando a igreja a substituir seu corpo de patriarcas anciãos por um apontado pelo governo.

Desde maio de 2002, apenas as igrejas Ortodoxa, Católica e Luterana são classificadas pelo governo da Eritréia como denominações cristãs “históricas” e têm permissão para funcionar legalmente. Aproximadamente metade da população do país é muçulmana.

Fonte: Portas Abertas

Audiência da Rede Record cai 21% em dois meses

Pelo segundo mês consecutivo, a rede de Edir Macedo perdeu audiência na Grande São Paulo. A emissora, que atingiu o auge em junho, quando registrou média diária (das 7h às 24h) de 9,6 pontos, caiu para 8,4 em julho e para 7,6 em agosto. Em dois meses, acumula queda de 21%. Está apenas 0,2 ponto acima do patamar de um ano atrás.

Executivos da Record afirmam que os desempenhos de julho e de agosto foram prejudicados pelas férias escolares e pela Olimpíada. De fato, a emissora registrou ligeira recuperação na semana passada, mas seus carros-chefes, as novelas “Os Mutantes” e “Chamas da Vida”, agora na casa dos 14 pontos, estão bem distantes dos 18 que atingiam em junho.

Como o SBT também caiu em agosto (de 7,2 em julho para 6,9), a Record ainda mantém a vice-liderança isolada na Grande SP. No Ibope nacional, estão praticamente empatadas.

A Globo, graças a Pequim e à recuperação de “A Favorita”, elevou a média diária para 18,2 pontos, alta de 9%. A Band marcou 3,2 pontos (alta de 33%).

De cada cem domicílios com televisores ligados, 40 estavam sintonizados na Globo. A Record, que tinha em junho 21,4% de participação, caiu para 16,7%. Ou seja, perdeu quase cinco de cada 100 domicílios.

A Record, contudo, comemora um crescimento de 21% no acumulado de janeiro a agosto deste ano, em relação ao mesmo período de 2007.

Fonte: Folha de São Paulo

Oito anos de ministério e 700 dalits convertidos

Há oito anos, Sabal Chintan e sua esposa, missionários da organização Gospel for Asia, sentiram o chamado de Deus para certa região de Uttar Pradesh, na Índia, onde milhares de dalits (conhecidos como casta dos intocáveis) habitam.

Esperando nada além do que mostrar a este precioso povo o quanto Cristo os ama, Sabal e Medini imediatamente passaram a estender as mãos aos habitantes.

Entretanto, para a surpresa do casal, ninguém sequer falava com nenhum dos dois.

Virtualmente escravizados na extremidade inferior do sistema de castas indiano, “os intocáveis” têm sido odiados e desprezados por milhares de anos.

Muitos deles trabalham de maneira opressiva por horas em busca de um salário irrisório. Como eles são tratados pelas castas superiores como pessoas sem qualquer valor, aquele grupo de dalits não se considerava digno o suficiente para interagir com Sabal e Medini.

Jejum e oração

Determinados a encorajarem essas almas desesperadas, o missionário e sua esposa jejuaram e oraram por três dias. Então, Sabal e Medini foram a todas as casas do vilarejo para que conhecessem os dalits que ali moravam.

À medida que os dois continuavam a visitá-los, Medini passou a desenvolver uma amizade com as mulheres locais.

“Nunca uma pessoa demonstrou amor a nós como você o faz”, disseram as mulheres a Medini.

Logo, Sabal e Medini estavam compartilhando acerca de Jesus de modo simples para que os habitantes pudessem compreender. Eles explicavam que Jesus veio para libertar o oprimido e que somente Ele pode dar paz e libertação.

Sabal e Medini também alcançaram os filhos dos “intocáveis” ensinando-os o alfabeto e as boas-maneiras através de versículos bíblicos, músicas e histórias. Muitas crianças jamais tinham freqüentado a escola e se sentiam muito contentes com a oportunidade do aprendizado.

Lentamente, Sabal e Medini ganharam a confiança da população local, e o povo passou a compartilhar com eles seus problemas para que pudessem orar. Logo, havia tantas pessoas trazendo pedidos que eles necessitavam de um local para que tivessem reuniões de oração.

Foi neste momento que o líder da comunidade naquela área convidou Sabal e Medini para uma reunião em sua casa. Todas as semanas seguintes, diferentes famílias recebiam o estudo em suas casas. Em cada reunião, Sabal ensinava sobre a Palavra de Deus, e as pessoas, desejosas, “bebiam” suas mensagens.

Transformação gradativa

Ao perceberem que eram tratados como semelhantes nas reuniões de oração, a baixa auto-estima dos dalits começou a desaparecer. E o Senhor honrava a singela fé que possuíam curando muitas de suas doenças quando Sabal orava por eles.

Após verem o amor de Deus para com eles, muitos dos dalits passaram a seguir Jesus, e então começaram a compartilhar seus testemunhos com as outras pessoas da região.

Logo, habitantes de outros 16 vilarejos passaram a convidar Sabal para que fosse e realizasse reuniões de oração também em suas cidades.

De bicicleta, Sabal viajava todos os dias para diferentes vilarejos para ministrar aos “intocáveis”. Hoje, como resultado de seu testemunho do amor e aceitação de Cristo, mais de 700 dalits são cristãos nesses vilarejos.

Sabal pede oração para que mais dalits reconheçam o valor que têm em Jesus. Ele ainda pede oração para que Deus envie mais trabalhadores para ajudarem nesta colheita em Uttar Pradesh.

Fonte: Portas Abertas

Ads
- Publicidade -
-Publicidade-