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Bispo perdoa casal que fez sexo em confessionário na Itália

O bispo de Cesena, na Itália, perdoou um casal que foi flagrado fazendo sexo oral no confessionário da catedral da cidade.

O casal, que não teve a identidade revelada, havia sido descoberto no ato durante a missa das 7h do dia primeiro de junho, domingo.

Algumas pessoas que estavam sentadas perto do confessionário ouviram gemidos e decidiram chamar a polícia.

Sem prejudicar o ato religioso, os policiais retiraram o homem e a mulher da igreja e os indiciaram por praticar atos obscenos em local público, perturbar uma cerimônia religiosa e praticar atos contrários à decência publica.

Segundo as declarações que fiéis fizeram aos jornais locais, a missa não foi interrompida porque o padre estava distante do confessionário e não percebeu o que estava acontecendo.

Arrependimento

Dizendo-se arrependidos do que fizeram, o rapaz e a moça, na faixa dos 30 anos, solicitaram uma audiência com o bispo, Antonio Lanfranchi. O encontro ocorreu na terça-feira.

O perdão dado pelo religioso não influencia o andamento do processo na Justiça contra o casal.

“Meus clientes pediram desculpas ao bispo e ele perdoou. Segundo o monsenhor Lanfranchi, a melhor maneira de se desculpar é olhar dentro de si, entender onde se errou e aprender para o futuro”, disse o advogado de defesa, Alessandro Sintuzzi, ao jornal Romagna Oggi.

Ainda de acordo com o advogado, o rapaz é católico e a moça não tem religião.

“Purificação”

Chocados com o que aconteceu, os religiosos da cúria consultaram um especialista em direito canônico para saber como “purificar” a igreja, cujo aspecto sagrado teria sido profanado pelo ato sexual.

Segundo as leis da Igreja Católica, uma ofensa grave pode ser reparada com uma missa especial, que o bispo de Cesena celebrou na semana passada.

“Essa igreja foi profanada e todos nós, feridos profundamente”, afirmou o bispo durante o sermão.

“O gesto foi fruto de uma mentalidade que pode se tornar cultura, que não aceita regras, onde o bem é fazer o que se quer onde se deseja, livres de imposição e respeito. Isso é progresso ou sintoma de uma cultura em decadência e declínio?”, questionou.

Fonte: BBC Brasil

Igreja dos EUA cria serviço de drive-in para fiéis

Uma igreja no Estado americano da Geórgia desenvolveu uma maneira de facilitar o acesso dos seus fiéis aos cultos: criou um drive-in. Segundo informações do jornal Atlanta Journal-Constitution, para rezar na igreja metodista Nova Esperança, na cidade de Marietta, não é necessário sair do carro.

O reverendo Norman Markle afirmou que há anos vem planejando uma igreja nesses moldes. Ele diz ver um drive-in espiritual pela mesma lógica dos serviços drive-in convencionais. Com o lema “reze no seu carro assim como você está”, Markle pendurou um alto-falante em um poste de um estacionamento da cidade.

“Eu pensei que nós podemos fazer com que algumas pessoas novas venham até aqui para ouvir a palavra de Deus”, disse Markle ao jornal. Pouco mais de uma dúzia carros compareceu ao primeiro domingo de culto, mas o reverendo diz estar otimista de que esse número vai aumentar nas próximas semanas.

Fonte: Terra

Pesquisa revela que imagem dos EUA piorou na América Latina

A imagem dos Estados Unidos piorou na maioria dos países do mundo, entre eles os latino-americanos, segundo um estudo publicado ontem, que revela que a chegada de um novo governante poderia mudar essa percepção.

O presidente do Centro de pesquisa Pew, Andrew Kohut, apresentou hoje um relatório elaborado a partir 24 mil pesquisas realizadas em 24 nações para analisar a visão do resto do mundo sobre os EUA, sua política externa e outros assuntos como a economia global.

Em 18 desses 24 países a percepção sobre os EUA piorou nos últimos anos, incluindo em Brasil, Argentina e México, que foram selecionados como “os mais representativos da América Latina”.

Segundo o documento, menos da metade dos entrevistados nestas três nações tem uma visão positiva sobre os EUA e sua popularidade caiu em quase dez pontos em relação ao ano passado.

Assim, no Brasil e na Argentina, embora o dado revele uma melhora em relação ao ano anterior, sua avaliação é de 22%. No México, caiu de 56% em 2007 para 47% em 2008.

Fonte: EFE

Papa recebe Bush e imprensa italiana especula sobre conversão do presidente

O presidente George W. Bush, que é protestante, foi recebido hoje pelo Papa Bento XVI nos jardins do Vaticano, em um dia no qual a imprensa italiana especula sobre uma possível conversão de Bush ao catolicismo no próximo ano.

Este é o terceiro encontro entre o Sumo Pontífice e Bush.

Bento XVI dispensou um tratamento particular ao chefe de Estado americano, já que o recebeu ao ar livre, diante da torre, um gesto especial e único.

O Papa recebeu de pé e sorridente o presidente americano, que estava acompanhado pela esposa Laura, rigorosamente vestida de negro, como exige o protocolo da Santa Sé.

“Que honra, que honra!”, foram as palavras que Bush dirigiu ao chefe da Igreja Católica antes de saudar o pontífice com um aperto de mãos.

As boas relações entre Bush e Bento XVI contrastam com o relacionamento difícil ccom o Papa João Paulo II, que se opôs à guerra no Iraque.

O Papa, que geralmente recebe os hóspedes na biblioteca privada do palácio apostólico, quebrou o habitual protocolo, o que obrigou os agentes de segurança do Vaticano a adotar medidas excepcionais.

A recepção especial é um agradecimento do Papa à atenção recebida durante sua viagem aos Estados Unidos em abril.

Nesta sexta-feira, a imprensa italiana faz especulações sobre a possibilidade de conversão ao catolicismo de George W. Bush ao fim do mandato presidencial em janeiro de 2009, devido à admiração incondicional que tem pelo Papa Bento XVI.

Segundo Carlo Rossella, diretor da revista Panorama, que afirma ter fontes “confiáveis”, Bussh “pensa em se converter ao catolicismo”.

Bush seguiria assim o exemplo do ex-premier britânico inglés Tony Blair, que se converteu ao catolicismo depois de deixar o cargo.

O jornal La Repubblica afirma que assessores próximos ao presidente dos Estados Unidos fizeram referências indiretas ao assunto.

A chefe de protocolo da Casa Branca, Nancy Goodman Brinker, declarou que o presidente Bush é “um gran admirador do Papa e sente por ele um respeito total”.

O mesmo jornal destaca que Bush e o Papa alemão compartilham a mesma visão sobre os “demônios” que ameaçam o planeta no século XXI.

Fonte: EFE

Igreja é invadida por extremistas em Raipur Naka

Um grupo de extremistas hindus invadiu o culto de adoração matutino dominical na Igreja Masihi Mandir, localizada em Raipur Naka, na cidade de Durg, Estado de Chhatisgarh, na Índia, no último dia 1º de junho.

Os extremistas acusaram os cristãos de realizarem conversões religiosas forçadas. Dois membros da igreja ficaram feridos na ação. Uma queixa contra os extremistas foi registrada. A Portas Abertas manteve contato com o pastor, e assegurou a ele ajuda e orações de irmãos ao redor do mundo.

Aproximadamente 100 homens, mulheres e crianças estavam na igreja na hora do ataque. Os extremistas gritaram slogans de militantes hindus para intimidar os cristãos e ordenaram o fim do culto, enquanto gesticulavam para o pastor sair do corredor da igreja. Eles acusaram o pastor Nelson Daniel de conversão religiosa forçada e arrancaram o microfone das mãos dele.

Os invasores também empurraram alguns crentes e machucaram um homem chamado Chotelal e uma mulher de nome Pratibha. Os extremistas acusaram os membros da igreja de conversões forçadas e os ameaçaram de conseqüências medonhas caso eles continuassem adorando a Deus.

Cristãos pressionam a polícia

Depois do incidente, 150 pessoas da comunidade cristã organizaram um protesto por volta das 13h30, do lado de fora da delegacia de polícia de Durg, exigindo uma ação contra os culpados. A polícia também enviou o pastor e os dois feridos para um exame de corpo de delito depois de ser pressionada pelos cristãos locais.

O pastor Daniel refutou a alegação de conversões forçadas. Ele explicou que a igreja é um lugar onde as pessoas se juntam para adoração e não para serem convertidas à força.

A polícia registrou uma queixa com base nas seções 147, 448, 295, 323 do Código Penal Indiano, por sujar um lugar de adoração, causando revolta e lesão voluntária. Os funcionários policiais locais asseguraram a segurança da comunidade cristã.

A comunidade cristã prometeu organizar mais protestos contra esses incidentes que têm como objetivo restringir a liberdade religiosa deles.

A Portas Abertas está em contato constante com o pastor Daniel. Um membro da Portas Abertas Índia também esteve na cidade de Durg e se encontrou com o pastor e a família dele um dia depois desse incidente. Ore por eles.

Fonte: Portas Abertas

Pastor fica um mês na cadeia depois de ser falsamente acusado

Um pastor iraquiano foi preso sob acusação de seqüestro e mantido preso por 30 dias na região do Curdistão, em abril. Escrevendo diretamente de Dohuk, que fica 400 quilômetros ao norte de Bagdá, o pastor Abdul Kareem Yacob, de 49 anos, contou como a polícia secreta curda o prendeu, o libertou e o deteve novamente, antes que ele fosse solto sob fiança no dia 28 de abril.

O advogado de Abdul Yacob, Akram al-Najar, disse ao Compass que as tentativas de seqüestro na região são comuns, mas não têm nada a ver com o pastor. Ele não acredita que o tribunal tenha motivos para condenar o cliente dele. “Não foi mencionado no tribunal, mas Yacob está sendo processado porque ele tem atividades na igreja”, disse al-Najar.

Abdul Yacob contou que 48 horas depois de ser detido, a polícia secreta insistiu durante o interrogatório: “Diga-nos por que nós o trouxemos aqui? “.

A abordagem incomum

No retorno para casa, depois de pegar a esposa no trabalho, Yacob contou que encontrou dois homens esperando na porta da casa dele. Eles educadamente informaram que eram da polícia secreta e que ele precisava acompanhá-los, sem oferecer nenhuma explicação.

O pastor disse que ele não pensou que este pedido fosse incomum. Ele já havia sido chamado em outras ocasiões pelo serviço de segurança por ser pastor evangélico de uma minúscula comunidade num país de ampla maioria-muçulmana.

Dentre os cristãos, os evangélicos são ainda mais escassos, uma vez que há mais católicos caldeus e os ortodoxos assírios.

Depois de passar 48 horas na cela de uma prisão, sem saber por que estava preso, Yacob começou a pensar sobre os motivos escondidos por trás de sua detenção.

“Eu pensei que pudesse estar lá por orar e pregar o evangelho aos muçulmanos e aos yezidiz (uma minoria religiosa do norte do Iraque)”, disse o pastor.

“Poucos dias antes eu havia sido preso, nós distribuímos milhares de folhetos cristãos durante o Newroz” (que é a celebração do ano novo curdo, quando as famílias fazem um piquenique típico nas montanhas).

Acusação de seqüestro

Durante ao interrogatório inicial de Yacob, no dia 1 de abril, ficou claro que polícia suspeitava que ele estivesse envolvido no seqüestro de uma criança. O pai da vítima, um ex-cristão assírio, trabalhou como guarda em um ministério cristão e Yacob havia visitado a casa dele dois anos atrás, como parte de um programa para entregar comida a famílias necessitadas.

“Você realmente diz que o pastor Abdul Kareem Yacob ofereceu dinheiro para comprar seu filho?” , disseram os oficiais aos pais da criança desaparecida durante um interrogatório realizado frente a frente com o pastor Yacob.

De acordo com o pastor, os pais disseram que sim. Mas quando Yacob desafiou os pais da criança a provarem as acusações, o pai disse que desistia e afirmou ao oficial que ele era inocente.

Apesar da mudança da história, Yacob disse que ele passou outros 15 dias na prisão antes de ser libertado finalmente sob fiança no dia 17 de abril. Mas no dia seguinte, Yacob teve de ir novamente à delegacia para assinar uns papéis.

Pais retiram testemunho, mas surge outra acusação

Quando ele chegou, foi imediatamente levado para uma audiência no tribunal, onde o tio da criança desaparecida testemunhou contra ele, dizendo que a mãe da criança havia lhe contado que o pastor tinha pedido para comprar o filho dela.

Ainda sob custódia, Yacob disse que o diretor geral da polícia secreta o chamou ao escritório dele e o advertiu contando que havia reclamações contra ele. “Os pais e outros homens religiosos estão reclamando porque você prega o evangelho aos muçulmanos, assírios e yezidis.”

O pastor disse que o diretor se chateou com ele e ameaçou destruir a vida dele antes de ordenar que ele fosse devolvido à cela.

Durante a terceira audiência no tribunal, no dia 23 de abril, Yacob disse que o pai da criança desaparecida na verdade suplicou ao juiz pela liberdade do pastor, dizendo que ele era inocente. Yacob foi libertado novamente sob fiança no dia 28 de abril e contou ao Compass que desde então não teve mais nenhum problema.

Além do caso

O membro da igreja doméstica de Yacob disse que a detenção do pastor foi mais do que a alegação de que seqüestro. “Eles há pouco usaram o caso para impedir o evangelismo de pessoas”, disse o membro da igreja. “Durante a investigação eles mencionaram coisas que não faziam parte do caso.”

Outro pastor iraquiano de Dohuk contou ao Compass que a detenção de Yacob pode ter sido causada pela preocupação com a segurança dele. O pastor Bahzad Ibrahim Mizory disse que antes do Newroz, forças de segurança lhe pediram especificamente para não distribuir caixas de presentes para a sua própria segurança, por causa do risco iminente de ataques terroristas.

“Nós estamos perto de Mosul, por isso durante o Newroz os terroristas podiam tentar ataques à bomba “, disse o pastor. Mizori disse que funcionários do governo se chatearam com ele quando ouviram relatos de que Yacob tinha distribuído presentes durante o feriado.

Fonte: Portas Abertas

Musical sobre Maria será encenado no Vaticano

A vida de Maria de Nazaré, mãe de Jesus Cristo e uma das figuras mais importantes do Cristianismo, será tema de um musical a ser apresentado na próxima semana no Vaticano.

Intitulado Maria de Nazaré, uma historia que continua, o espetáculo narra a vida de Maria – segundo a Bíblia -, da infância até sua morte e ascensão ao céu.

Dividido em dois atos e com duas horas de duração, o musical também conta, com músicas e danças, a chamada “anunciação do anjo”, o casamento de Maria com José e o nascimento de Jesus.

A peça será apresentada na sala Paulo 6° do Vaticano, onde normalmente são feitas as audiências públicas do papa.

Incentivo

O papel de Maria é interpretado pela atriz e soprano italiana Alma Manera, que disse ter uma forte devoção mariana.

“É um papel importante para mim”, disse a atriz à BBC Brasil. “Essa será a primeira vez que a sala Paulo 6° se torna palco para um musical, com 40 pessoas entre atores, cantores e bailarinos, além de 60 músicos da orquestra”, disse a soprano.

O espetáculo é patrocinado pela Secretaria de Estado do Vaticano, mas não tem financiamento da Santa Sé. Apesar de não se tratar do primeiro musical de caráter religioso, não é comum que o Vaticano dê seu apoio com tanta convicção a espetáculos do gênero.

No caso do musical sobre Maria, a apresentação oficial foi feita pela sala de imprensa da Santa Sé, na última terça-feira.

“É Maria quem apresenta Cristo ao mundo de hoje, por isso gostei do título ”uma história que continua” e demos nosso patrocínio com prazer”, disse Monsenhor Cláudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para a Comunicação, durante a apresentação do espetáculo aos jornalistas.

Criatividade

Apesar do incentivo, a produtora teatral Maria Pia Liotta, autora do texto e diretora do espetáculo, disse à BBC Brasil que o musical não foi encomenda do Vaticano.

“Eu queria falar da importância que a mulher tem na sociedade e na família e então chegou a inspiração de Maria, que é a mulher mais importante e célebre da história da humanidade. Depois, tudo aconteceu”, disse Liotta à BBC Brasil .

“Contamos a história conhecida, através dos olhos da mãe de Jesus. Mostramos o lado terreno e o lado espiritual de Maria, começando com ela menina, até sua morte”, explicou.

A autora esclareceu ainda que o texto se baseia nos livros sagrados da Igreja, mas que teve espaço para a criatividade, como no caso de uma fictícia competição pelo amor de Maria entre Barrabás, o homem que foi salvo no lugar de Jesus Cristo, e o carpinteiro José.

A revisão do texto foi feita por Monsenhor Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho da Cultura e pelo professor da Universidade Gregoriana Padre Stefano De Fiores, considerado um dos maiores especialistas em Mariologia, estudo da devoção em Nossa Senhora.

“Eles verificaram a fidelidade às Sagradas Escrituras, mas respeitaram a narrativa do musical e a forma do espetáculo, que usa palavras, melodia e dança.”, disse Maria Pia Liotta.

”Marias”

Depois de assistir aos ensaios, Padre Fioris afirmou que a intenção da peça é aproximar Maria das pessoas, ao colocá-la na vida cotidiana, ressaltando seu lado hebraico.

“Os dois atos começam com ela fazendo o pão, que tem de ser feito logo, porque senão chega o Sabbath, sábado”, afirmou o padre à BBC Brasil.

Segundo o prelado, o amor pelo namorado (José), a doação de sua vida a Jesus, assim como o sofrimento, as dificuldades e a violência, representados na peça, mostram Maria como uma mulher verdadeira e mais próxima às mulheres de todo o mundo.

“Nela se canalizam as dores, sofrimentos e esperanças de muitas mulheres, especialmente do mundo católico, mas também do mundo muçulmano”, disse o monsenhor.

De acordo com ele, ao mesmo tempo em que representa o lado hebreu de Maria, o espetáculo mostra os conteúdos da fé católica.

Depois da apresentação no Vaticano, o espetáculo vai ser levado para outras cidades italianas e também será apresentado em outros países europeus e no Oriente Médio e América Latina.

Fonte: BBC Brasil

Estudo mostra que população não se deixa influenciar pelas pesquisas eleitorais

Dentro do que é o considerado a “pergunta carona” de uma pesquisa eleitoral de intenção de votos, o IBPS, na última consulta realizada para a Prefeitura do Rio de Janeiro, mediu o grau de influência das pesquisas e da propagada política sobre a percepção dos eleitores do município.

Os números surpreendem, pois mostram que esse tipo de intervenção é praticamente inexistente. A consulta indica que há um mito que opera dessa forma: “Eu não me deixo influenciar, mas os outros, sim”.

Dos entrevistados, apenas 9,2% dos eleitores têm conhecimento das pesquisas e 6,8% declararam saber do percentual de intenção de votos do seu candidato. O conhecimento varia positivamente com o sexo (masculino), a idade (os mais idosos), a escolaridade (nível superior) e a renda. Não há qualquer fator de influência religiosa nesse caso.

Outros 6,3% disseram que “com certeza” deixariam de votar em seu candidato se as pesquisas indicassem que ele não tem chances de vitória. Esses são, em sua maioria, de baixa escolaridade e de menor renda. Mais uma vez, não há qualquer influência do fator religião.

Já 4,3% dos eleitores admitiram que “com certeza” votariam em um candidato que estivesse em primeiro lugar nas pesquisas (teoria do voto no “cavalo que está ganhando”). De novo, os que assim procedem são os mais jovens, menos escolarizados e de menor renda.

Dentro dos interessados, 23% dos entrevistados disseram lembrar de terem visto propaganda política no rádio ou na TV, além de saberem dos nomes dos partidos. Há 27,8% que viram, mas não lembram do partido. Os que não se lembram são os de menor escolaridade, de menor renda e moradores da zona oeste. Outra vez, não há qualquer influência do fator religião. Comparados com os resultados das pesquisas de acompanhamento do horário eleitoral gratuito, realizadas pelo IBPS entre agosto e setembro de 2006, que mostraram que 15% dos eleitores prestam atenção ao conteúdo dos programas, o grau de exposição dos spots publicitários é um bem maior (50,8% contra 15%).

Os entrevistados acreditam, no entanto, que as pesquisas e a propaganda influenciam o voto das pessoas. Para 74,2%, as pesquisas influenciam o voto das pessoas. Outros 70% acham que a propaganda política também influencia o voto. Aqui se manifesta claramente o “mito das pesquisas e da propaganda eleitoral no rádio e na TV”. Se somente 9,2% tomaram conhecimento de pesquisas; 6,8% sabem dizer os percentuais de seu candidato; 6,3% deixariam de votar em seu candidato se ele não tivesse chances; 4,3% votariam num candidato que estivesse em primeiro lugar nas pesquisas; 23% prestaram atenção aos comerciais de propaganda política; e 11,5% disseram levar “muito” em conta a propaganda política na hora de votar, como se explica que 70% das pessoas sejam influenciadas pela pesquisa e pela propaganda? A análise dessa incongruência mostra que o mito funciona da seguinte maneira: eu não me deixo influenciar, mas os outros, sim!

Fonte: O Globo Online

Padre que se candidata não tem aprovação da Igreja

“O padre que se candidatar a cargos executivos ou legislativos não contará com a aprovação da Igreja”, afirmam bispos brasileiros.

Os bispos do regional da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que compreende os estados de Minas Gerais e Espírito Santo reuniram-se em assembléia de 2 a 5 de junho, em Belo Horizonte, e se manifestaram em nota sobre o ano eleitoral no país.

No texto, os bispos recordam que o Magistério Eclesial refere-se ao tema em vários documentos.

““A Igreja não tem nenhuma intenção de prevalecer-se da força de sua palavra para a promoção política de seus líderes, nem a defesa de direitos e privilégios. Por isso mesmo, ela não concorda com a militância político-partidária de membros do clero ou de instituto religioso” (Puebla nº 524 e Doc. CNBB nº 22 – Reflexão cristã sobre a Conjuntura Política)”, citam.

De acordo com os bispos, o Papa Paulo VI também foi claro, “ao afirmar que o mundo vasto e complexo da política, da realidade social e da economia é campo próprio dos leigos (Ev.Nunt., n.70)”.

“A militância político-partidária dos padres conflita com a sua missão própria de configurado ao Cristo-Pastor”, destacam, ao fazer referência à Carta aos Presbíteros (n.41 – Doc. CNBB n.75).

“Por isso, para que a liberdade necessária aos ministros ordenados de anunciar o Evangelho com autêntico profetismo não seja comprometida, a Igreja afirma que “os pastores devem preocupar-se com a unidade, despojando-se de toda ideologia político-partidária, que possa condicionar seus critérios e atitudes” (Puebla 526).”

Segundo os bispos, “os padres participam de um corpo eclesial que exige comunhão e pertença a um presbitério, ao qual devem ouvir, evitando as decisões de cunho estritamente pessoais”.

“O Código de Direito Canônico não apresenta dúvidas: “os clérigos são proibidos de assumir cargos públicos que implicam participação no exercício do poder civil” (c. 285 § 3º).”

“E ainda: “Não tenham parte ativa nos partidos políticos e na direção de associações sindicais, a não ser que, a juízo da competente autoridade eclesiástica, o exijam a defesa dos direitos da Igreja ou a promoção do bem comum” (c. 287 § 2º).”

Diante disso, os bispos advertem que o padre que se candidata não tem a aprovação da Igreja.

Ele “deverá deixar o seu ofício eclesiástico e ficará, durante a campanha eleitoral e o exercício de eventual mandato, com restrições, ou até mesmo suspensão, do seu uso de ordem”, afirmam.

Fonte: Zenit

Pastores têm aval da igreja evangélica para se candidatar

Na contramão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – que veda a candidatura de padres a cargos eletivos e ameaça suspender aqueles que optarem pela vida política –, as evangélicas apóiam a filiação de pastores e fiéis a partidos e a participação deles na disputa eleitoral.

Em algumas delas os responsáveis atuam efetivamente na campanha para garantir a vitória nas urnas. Atualmente, evangélicos ocupam cinco cadeiras na Assembléia Legislativa, seis na Câmara dos Deputados e quatro na Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Maior representante do segmento religioso no estado, a Quadrangular, que tem cerca de 520 mil adeptos em Minas Gerais, já contabiliza pelo menos 70 candidatos a vereador e três a vice-prefeito nas eleições de outubro. “A igreja passa a orientação que, a exemplo dos outros profissionais, os pastores também devem concorrer a cargos públicos se entenderem que têm a vocação política. Não é por ser um pastor que alguém não poderá disputar as eleições”, alegou o secretário de Cidadania e Missões da Igreja Quadrangular, pastor Antônio Carlos de Morais.

Segundo ele, a igreja elegeu 28 parlamentares nas eleições de 2004, sendo dois deles em Belo Horizonte. Para garantir que sejam mantidas as atuais e conquistadas novas vagas, os representantes da Quadrangular farão campanha pelos candidatos junto aos seus fiéis. Uma posição diferente será adotada pela Igreja Universal do Reino de Deus. Ao contrário das eleições anteriores, este ano a igreja não vai entrar nas campanhas eleitorais, embora incentive seus pastores e fiéis a disputar cargos eletivos.

“A igreja estimula seus membros a fazer uma escolha com consciência, que vote naqueles que tenham comprometimento com a cidade, com as pessoas, a família e a vida. Mas a nova política interna é dar mais liberdade aos fiéis”, contou o pastor Carlos Henrique, que é vereador na capital. A Universal tem hoje cerca de 200 mil fiéis em Minas Gerais, dos quais 50 mil somente em Belo Horizonte. Em todo o estado, são cerca de 20 vereadores.

Espiritual

Embora não proíba os pastores de disputar as eleições, a Convenção Batista Mineira, que agrega 665 igrejas em todo o estado, prefere não estimular seus líderes a concorrerem a cargos políticos. “A função deles (dos pastores) é mais espiritual. E sendo político, ele ainda pode ter conflitos na igreja por causa de divergências partidárias. Mas não proibimos aqueles pastores que querem ser candidatos”, explica o diretor-executivo da convenção, pastor José René Toledo.

A Convenção Batista agrega cerca de 72 mil fiéis em todo o estado, e atualmente tem entre sues fiéis 10 prefeitos, 6 vices-prefeitos e 40 vereadores. Institucionalmente, o grupo não vai fazer campanha explícita para nenhum candidato nestas eleições. Mas cada igreja, que funciona como um órgão autônomo, poderá definir como vai ser o tratamento a seu candidato, e inclusive permitir que as eleições sejam tema dos cultos evangélicos.

Fonte: UAI

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