Início Site Página 3037

Juristas vêem “deturpação” do Estado democrático de Direito

Juristas e teóricos do direito consultados pela Folha dizem ver uma “deturpação” do Estado democrático de Direito na medida em que decisões judiciais são fundamentadas ou contaminadas por valores ou critérios religiosos.

Para Dalmo de Abreu Dallari, professor aposentado da Faculdade de Direito da USP, e autor dos livros “O Poder dos Juízes” e “O Futuro do Estado”, “o uso de psicografia é claramente ilegal”.

“Não há o reconhecimento disso no sistema jurídico brasileiro. Se isso for a prova o julgamento é nulo. Não pode”, diz.

Um dos maiores teóricos do direito brasileiro, Marcelo Neves, professor de teoria do Estado da USP e de teoria do direito do doutorado da PUC, diz haver uma “descaracterização dos princípios do Estado constitucional moderno” na aplicação de valores espíritas no dia-a-dia do Poder Judiciário.

“Não podem se definir posições sobre casos jurídicos a partir de uma percepção religiosa do mundo. A partir do momento que esses magistrados não conseguem se desvincular é um problema gravíssimo para o Estado de Direito, que parte do princípio de ser um Estado laico e que posições religiosas diversas não podem ser determinantes no processo de decisão jurisdicional”, afirma Marcelo Neves.

Cidadania

Para Dallari, a associação de juízes espíritas é “exercício de cidadania”. “Os juízes têm plena liberdade religiosa como todos os demais cidadãos, como têm o direito de associação.”

Mas, segundo o jurista, “se isso interferir no desempenho da função jurisdicional, aí sim se torna ilegal e ofende a laicidade”. “Nunca tive notícia de juízes espíritas.”

Segundo Neves, o uso de psicografia nos tribunais “é um perigo” e só tem significado nos campos religioso e pessoal.

“Isso não pode passar para o plano jurídico porque realmente é uma interferência destrutiva da consistência do Estado democrático de Direito.”

“Não existe amparo legal na utilização do sobrenatural”, completa Dallari.

“Escorar uma decisão com base numa prova psicografada não tem ressonância no mundo jurídico. É indevida uma decisão que se embasa na psicografia, que cientificamente não é comprovada”, diz Walter Nunes da Silva Júnior, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil).

Livros como “A Filosofia Penal dos Espíritas” e “A Psicografia ante os Tribuanais” já foram lançados no meio jurídico-espírita.

Fonte: Folha de São Paulo

Associação quer espiritualizar o Poder Judiciário

A recém-criada Associação Jurídico-Espírita de SP defende, entre outros pontos, o uso de cartas psicografadas nos tribunais. Além de juízes, entidade reúne promotores, delegados e advogados. Para alguns juristas a influência religiosa deturpa o Estado de Direito.

Eles defendem um Judiciário mais sensível às questões humanitárias, dizem que a maior lei é a de Deus, vêem na condenação penal e na própria função uma missão de vida, defendem o uso de cartas psicografadas nos tribunais e estimulam, nas audiências, a fraternidade entre vítimas e criminosos.

Discutir temas polêmicos, como o aborto, a eutanásia, o casamento gay, a pena de morte e as pesquisas de células-tronco, condenados pelas religiões cristãs, são alguns dos objetivos da recém-criada AJE (Associação Jurídico-Espírita) de São Paulo, que teve anteontem a primeira reunião deliberativa, e já existe no RS e no ES.

“O Estado é laico, mas as pessoas não. Não tem como dissociar e dizer: vou usar a minha fé só dentro do centro espírita”, afirma o promotor Tiago Essado, um dos fundadores da AJE.

Embalada na esteira do crescimento da Abrame (Associação Brasileira de Magistrados Espíritas), que hoje reúne 700 juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores, e que aceita apenas togados como membros, a AJE surge com uma proposta de abranger todos os operadores do direito e já conta com 200 associados ou interessados, entre promotores, delegados de polícia e advogados, além de juízes.

Embora juristas não vejam ilegalidade no fato de juízes se reunirem em associações religiosas, a questão levanta discussões como:

1) o laicismo, princípio que prega o distanciamento do Estado da religião;

2) a contaminação de decisões por valores ou crenças de caráter religioso ou pessoal;
3) e o caráter científico do direito positivo, que deve se basear em verdades comprovadas, e não, como a religião, em verdades reveladas.

Além dos tribunais superiores (entre outros, o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Cesar Asfor Rocha, é um dos integrantes da diretoria da Abrame), a convicção espírita permeou também o Conselho Nacional de Justiça, o órgão de controle externo do Judiciário.

“Não enxergaria nenhuma diferença entre uma declaração feita por mim ou por você e uma declaração mediúnica, que foi psicografada por alguém”, diz Alexandre Azevedo, juiz-auxiliar da presidência do CNJ, designado pelo conselho para falar a respeito das associações.

A Folha de São Paulo levantou quatro decisões em que cartas psicografadas, supostamente atribuídas às vítimas do crime, foram usadas como provas para inocentar réus acusados de homicídio.

Segundo Zalmino Zimmermann, juiz federal aposentado e presidente da Abrame, o propósito da associação “é questionar os poderes constituídos para que o direito e a Justiça sofram mais de perto a influência de espiritualizar”.

“O objetivo geral é a espiritualização e a humanização do direito e da Justiça”, diz.

Para o juiz de direito Jaime Martins Filho, a escolha de sua profissão não foi uma casualidade e, por isso, a exerce como uma missão de vida.

“Não acredito em acaso, mas numa ordem que rege o universo, acredito em leis universais.”

E ele explica “a finalidade religiosa da associação”.

“Dentro da liberdade de religião, são os juízes aplicando princípios religiosos no seu dia-a-dia. Temos um foco que é a magistratura, procurar trabalhar esses valores espirituais que estão relacionados com a própria religião dentro da magistratura”, diz Martins Filho.

Fonte: Folha de São Paulo

Crente alternativo: o Evangelho sem convenções

Dois mil anos se passaram e os crentes do século 21 têm um visual totalmente diferente dos patriarcas da fé. Com piercings e roupas heterodoxas, criatividade e amor pelas almas, crentes de perfil alternativo organizam trabalhos que falam de Jesus de maneira despojada.

Muros grafitados, uma grande sala escura com pouca iluminação, mesas e cadeiras de bar. Em um pequeno palco, uma banda de rock se apresenta, enquanto telões com imagens e designers modernos ilustram a projeção das letras das músicas cantadas. Há muitos jovens, animação e, claro, som barulhento. Em outros tempos, um ambiente com esta descrição poderia ser tudo, menos uma igreja – mas hoje, espaços assim, chamados de alternativos, são cada vez mais comuns no segmento evangélico.

No caso, é o Projeto 242, uma comunidade cristã que há dez anos recebe um público que pode ser caracterizado como underground. Ela é, na verdade, uma congregação da Igreja do Evangelho Quadrangular, uma das maiores denominações evangélicas do país, plantada na Vila Mariana, um dos bairros mais conhecidos da cidade de São Paulo. Projeto 242, o nome “fantasia”, é inspirado na passagem de Atos 2.42 (“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”), uma referência ao modo de vida da Igreja primitiva.

Dois mil anos se passaram e os crentes do século 21 têm um visual totalmente diferente dos patriarcas da fé. No Projeto 242, os freqüentadores e membros ostentam tatuagens, exibem piercings afixados em diversas parte do corpo e usam roupas bem heterodoxas, sem qualquer receio de serem julgados ou reprimidos por isso. Segundo Sandro Baggio, pastor da comunidade, o objetivo da igreja era exatamente esse. “Decidimos quebrar alguns paradigmas do que é ser igreja – essas coisas de formato de reunião e liturgia. Resolvemos alcançar pessoas que têm dificuldade de se enquadrar nos tipos mais convencionais de congregação”, explica o líder.

A idéia de ser uma alternativa às tradicionais comunidades cristãs parece ter dado certo. Hoje o Projeto 242 recebe, aproximadamente, 150 pessoas nos fins de semana e conta com 120 membros fiéis, gente que se identifica com o modelo alternativo adotado ali. O pastor acompanha a moçada no estilo moderno, e não apenas no visual. Ao invés de proferir sermões detrás de um púlpito, ele prefere sentar-se em um banquinho e fazer da pregação da Palavra uma forma de conversa entre amigos. O louvor também é diferente e faz lembrar um show pop, em que o público pula e dança – a diferença é que as mensagens passadas pelas músicas exaltam o nome de Cristo e enfatizam a necessidade de mudança de vida pela fé. Outra curiosidade é a reunião semanal que acontece às terças-feiras. Numa metáfora da Santa Ceia, o grupo parte uma pizza, em vez de pão, e estudam a Bíblia com o mesmo entusiasmo com que discute um filme ou algum tema atual.

“Queremos ser mais uma alternativa, sem desprezar ninguém nem ter a pretensão de sermos melhores do que qualquer outra igreja. A igreja é essa multiforme sabedoria de Deus; então, ela tem várias formas e é feita para várias pessoas”, recita Baggio. Mas, querendo ou não, há muitas diferenças entre o grupo e as igrejas convencionais. Uma delas é a discrição em relação ao dinheiro. Segundo o pastor, é possível que uma pessoa freqüente as reuniões durante meses sem que ouça qualquer menção a ofertas e dízimos. “As pessoas com as quais estamos tentando nos relacionar muitas vezes dizem que não vão à igreja porque acham que elas só estão interessadas em dinheiro”, explica. Por ser uma iniciativa que recebe um público que não se encaixa nas tradições evangélicas, o Projeto 242 também é bastante versátil. Seu templo, se é que podemos chamar assim, está sempre aberto à apresentação de outras bandas, inclusive de fora do segmento evangélico. Outra ação evangelística é o projeto missionário O Toque, realizado junto a crianças de rua, travestis e prostitutas da Cracolânda, uma região barra-pesada de São Paulo.

Roda de amigos

Já na Celva, o que vale é a espontaneidade e uma maneira para lá de despojada de viver a fé. A Celva (assim mesmo, com “C”) é um grupo de jovens, ligados a diversas igrejas, que reúnem-se toda semana em busca de comunhão e edificação, fora das paredes do templo. Daí vem o nome da comunidade, que significa Comunhão, Edificação e Louvor entre Verdadeiros Amigos. As reuniões acontecem toda sexta-feira em locais diferentes – geralmente, nas casas dos integrantes – e têm música, orações e mensagens. Nada ali faz lembrar os cultos evangélicos mais formais. Em toda reunião, há também uma espécie de sorteio de “amigo secreto”: cada participante retira um nome de uma urna e compromete-se a conhecer melhor e orar por aquela pessoa ao longo da semana.

O grupo nasceu de maneira despretensiosa há aproximadamente quatro anos, e mais tarde tornou-se um ministério de edificação interdenominacional. Renata Veiga, uma das líderes do ministério, conta que amigos crentes, que se encontravam todo fim de semana, resolveram fazer algo mais do que sair para ir ao cinema ou lanchar. “No início, eram poucos. Estudávamos juntos a Bíblia, fazíamos devocionais… Acontece que o grupo de amigos foi crescendo e, quando se viu, as reuniões já atraíam um número que ultrapassava o de muitos grupos de jovens de igrejas tradicionais”.

“A gente começou com um foco mais evangelístico, mas com o tempo percebemos que quem aparecia na Celva não eram pessoas não-crentes, e sim crentes em busca de edificação e de alguma coisa diferente”, diz Renata. “Havia também quem estava começando a se despertar para Jesus, embora estivesse na igreja há bastante tempo.” Depois de mais de uma centena de reuniões, a Celva começou a tomar forma parecida com o que é hoje – um ministério com liderança, missão, visão e objetivos. Desde então, além das tradicionais reuniões, o grupo já realizou alguns eventos evangelísticos, chegando a reunir cerca de 120 jovens. No entanto, o que parece mesmo atrair a galera é o aprendizado e crescimento espiritual possibilitados pela convivência em grupos menores que o de uma igreja estabelecida.

Uma das estratégias para tentar manter o pessoal antenado e unido espiritualmente é o site da comunidade, onde são marcados os encontros e também é publicado um estudo devocional que orienta o debate das sextas-feiras. Além disso, a Celva também faz uso da modernidade: está presente em comunidade do orkut, fotolog e chats. E apesar de, a cada dia, receber novos jovens, até mesmo de outras cidades, a liderança do grupo deixa bem claro que a idéia não é se tornar uma igreja, alegando que assim perderiam a informalidade e liberdade que hoje existe. “O foco da Celva é ser um lugar onde as pessoas possam conversar livremente e se abençoar, se ajudar. É um local bacana para construir um relacionamento cristão. Isso é uma coisa que foi boa pra gente e queremos que isso seja legal pra outras pessoas também”, explica Débora Pinheiro.

Em busca dos doidões

O evangelismo underground no Brasil ganhou força nos anos 1980, quando diversos grupos surgiram na esteira deixada por trabalhos pioneiros como o da Igreja Cristo Salva, em São Paulo, e Comunidade S8, na Região Metropolitana do Rio. Reunida num casarão do bairro Higienópolis, na capital paulista, a Cristo Salva era uma igreja sem cara de igreja: ali, jovens de diversas tribos paulistanas ouviam a Palavra de Deus em uma linguagem que podiam entender, sem as amarras litúrgicas e a ênfase em usos e costumes então em voga no segmento evangélico.

À frente do ministério, o pastor Cássio Colombo, falecido em 1999, fazia de seus cultos uma pescaria de almas pouco convencionais: atraía hippies, roqueiros e doidões de todo tipo, assim como gente considerada normal, simplesmente em busca de algo novo. Por ali passaram, entre outros, o evangelista Alex Dias Ribeiro, ex-piloto de Fórmula 1 e fundador do Ministério Atletas de Cristo, e o pastor Luciano Manga, que juntamente com outros músicos da comunidade, fundou a banda Oficina G3, até hoje na estrada.

Outro trabalho que marcou época foi o da Comunidade S8. Liderado pelo pastor presbiteriano Geremias de Matos Fontes, a obra nasceu dentro da casa da família quando um de seus filhos, embora criado no Evangelho, viciou-se em drogas. Liberto à custa de muita oração dos pais, ele começou a trazer seus amigos para ouvirem os conselhos de Geremias e sua mulher, Noeli, carinhosamente chamado de tios pela moçada. O ministério cresceu e virou um atuante centro de recuperação de dependentes químicos, que funcionava lado a lado com uma igreja bastante original e que marcou época. O trabalho continua até hoje, liderado por aqueles que, há coisa de 30 anos, estavam perdidos no submundo do tóxico e ainda contando com a emblemática presença de tio Gere.

Outro ícone do evangelismo alternativo foi o pastor Fábio Ramos de Carvalho, fundador da curiosíssima igreja Caverna de Adulão, sediada em Belo Horizonte (MG). Com base no texto bíblico de I Sm 22, que narra como o jovem Davi, perseguido pelo rei Saul, refugiou-se em uma caverna, reunindo pessoas que, como ele, “achavam-se em aperto, endividados e amargurados de espírito”, Fábio saiu às ruas em busca de almas perdidas. Encontrou punks, metaleiros, skin-heads e outros bichos, a quem mostrou o caminho da salvação. Na Caverna de Adulão, a busca pelo Senhor passa por caminhos diferentes. No site, o grupo se descreve como “uma comunidade formada por pessoas de padrões sócio-culturais diferentes, onde as diferenças são respeitadas e servem para mostrar a riqueza da diversidade criativa de Deus”. Fábio morreu no ano passado, durante uma viagem evangelística a Cuba – sofreu um infarto fulminante aos 42 anos –, mas o trabalho segue firme, trazendo para a rede de Jesus alguns peixes que, de outra maneira, dificilmente abraçariam a fé.

Fonte: Revista Eclésia

Homem abre fogo em festa de igreja na Califórnia e fere três pessoas

Um homem com um fuzil semi-automático abriu fogo nesta sábado em uma festa organizada nos arredores de uma igreja da Califórnia e feriu três pessoas, entre elas sua ex-mulher, informou a Polícia de Los Angeles.

O homem armado atirou contra os fiéis e voluntários momentos antes do início da festa anual da Igreja Católica de St. John Baptist de La Salle.

Um homem de 45 anos, que está em estado grave, foi baleado no peito, enquanto outro, de 47 anos, foi atingido na perna.

O autor dos disparos foi rendido pelos presentes e deve ser acusado de tentativa de homicídio, segundo a Polícia local.

Sua ex-mulher, de 30 anos, foi ferida em um ombro e está internada em um hospital da localidade. Ela se encontra em estado estável.

Fonte: EFE

Papa pede que católicos lutem contra relativismo e laicismo

O papa Bento XVI incentivou os católicos a “enfrentar os desafios do mundo”, como “o materialismo, o relativismo e o laicismo”, durante a missa que oficiou na cidade de Savona, primeira etapa de uma viagem de dois dias à província de Ligúria, no norte da Itália.

Enquanto Bento XVI pedia aos católicos para combater o laicismo, em Gênova ocorria uma manifestação em favor de um Estado laico na Itália.

O pontífice começou sua viagem a Ligúria, que terminará hoje em Gênova, com uma visita em Savona aos apartamentos onde Pio VII foi confinado durante três anos por Napoleão.

Depois, o papa oficiou uma missa, na qual elogiou o exemplo de “serena firmeza” dado por Pio VII, que conseguiu fazer chegar as mensagens necessárias para evitar a nomeação de bispos por Napoleão, escondendo-as em cestos de verdura.

“Essa página obscura da história da Europa” ensina “a coragem para enfrentar os desafios do mundo: materialismo, relativismo e laicismo; sem ceder jamais aos compromissos e dispostos a sofrer na própria carne as conseqüências para permanecer fiéis ao Senhor e à sua Igreja”, disse.

O pontífice também lembrou aos católicos as “raízes cristãs do domingo” e encorajou os jovens a “seguir Cristo”, o que “comporta sempre a coragem de ir contra a corrente”.

Fonte: EFE

Bush pede a Israel “duros sacrifícios” em prol de um Estado palestino

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pedirá hoje a Israel que “suavize as restrições aos palestinos” e que faça “duros sacrifícios” em prol de uma solução para o conflito.

Ainda neste domingo, Bush discursará na abertura do Fórum Econômico Mundial, em Sharm el-Sheikh.

Em seu pronunciamento, que já teve trechos repassados à imprensa pela Casa Branca, o governante americano defenderá o processo de paz com os palestinos, “que sofreram durante décadas e ganharam o direito à sua pátria”.

“Apóio energicamente uma solução de dois Estados: uma Palestina democrática, baseada na lei e na justiça, que viva em paz e segurança junto a um Israel democrático”, diz o discurso de Bush.

O presidente dos Estados Unidos também reforçará sua intenção de apoiar um acordo de paz entre palestinos e israelenses até dezembro, ou seja, antes do fim de seu mandato.

“Israel deve fazer duros sacrifícios para a paz e suavizar as restrições aos palestinos”, destaca o discurso, que acrescenta que “os países árabes, especialmente os ricos em petróleo, devem aproveitar esta oportunidade para investir no povo palestino e superar velhos rancores em relação a Israel”.

Fonte: EFE

Tudo pronto para o Canta Flórida e Expo-Brasil

O sul da Flórida está a menos de uma semana de dois importantes acontecimentos para os brasileiros na região: o maior encontro de música gospel brasileira, o Canta Flórida, e a feira de negócios Brasil-Expo acontecerão nos dias 23 e 24 de maio, nas dependências da Florida Atlantic University (FAU), em Boca Raton, diante de um público estimado de sete mil pessoas.

“Vamos injetar ânimo na comunidade e comprovar que unidos ainda somos muito fortes”, afirmou o pastor Osiel Dias, responsável pela organização dos dois eventos.

O Canta Flórida, já conhecido do público, chega à sua segunda edição e, este ano, traz como atrações os cantores gospel Kleber Lucas, Cristina Mel, Soraya Moraes e Alda Célia, todos já confirmados. Eles vão se apresentar nos dois dias, no auditório da FAU, a partir de 5 pm. A feira de negócios é uma novidade e, a julgar pelo apoio recebido dos patrocinadores e mais de 60 expositores, a Expo-Brasil tem tudo para ser um sucesso. “Trata-se de um programa para toda a família, evangélicos ou não”, garantiu Osiel, lembrando que as crianças terão programa especial (o Canta Flórida Kids), que inclui shows com o palhaço Bozo (Arlindo Barreto) e Flávia Guimarães, entre outros.

Questionado sobre a influência da crise na economia norte-americana na estruturação do evento, em especial na Expo-Brasil, o organizador foi direto: “Desde o início acreditamos no projeto e confiamos que Deus pode fazer florescer no deserto. Com isso, só podemos esperar o sucesso da iniciativa, destacando que a satisfação pelo trabalho bem feito é ainda maior em meio às dificuldades”.

Várias comitivas virão de outros estados. O pastor disse que já recebeu a confirmação da presença de brasileiros que vivem nos estados de New Jersey, Nova York, Connecticut, Geórgia e Massachusetts. “Estamos esperando um público expressivo e, por isso, decidimos franquear a entrada e estacionamento na universidade aos participantes, para que todos possam aproveitar melhor essa festa da comunidade”, finalizou Osiel. Mais detalhes no site www.cantaflorida.com

Fonte: AcheiUSA

Assembléia de Deus no Rio Grande do Norte faz 90 anos

Na manhã de ontem, 2.100 fiéis da Igreja Evangélica Assembléia de Deus no Estado no Rio Grande do Norte (IEADERN) se batizaram na Praia do Forte, durante cerimônia que faz parte do ciclo de comemorações dos 90 anos da igreja no estado.

O pastor-presidente da IEADERN, o reverendo Raimundo João de Santana, deu início à cerimônia de batismo, que contou com a presença de 300 ministros da Assembléia de Deus de Natal e do interior do estado. A governadora Wilma de Faria e o prefeito Carlos Eduardo Alves também prestigiaram o evento.

De acordo com o coordenador geral da comemoração pelos 90 anos, o pastor Edson Moreira Neto, este foi o maior batismo em águas da história da Assembléia de Deus. ‘‘O primeiro batismo aqui no RN aconteceu em 1918 e somente seis pessoas se converteram. Em virtude das perseguições religiosas da época, a cerimônia foi realizada à noite no Rio Potengi, pelo pastor Adriano Nobre. Passados 90 anos, a igreja se firmou em todo o Brasil e para celebrar esse momento, repetimos o gesto, mas dessa vez numa cerimônia aberta. Nós atribuímos essa vitória ao Espírito Santo e a Jesus’’, declarou.

De acordo com o assessor de imprensa da Assembléia de Deus, o diácono Terceiro Dantas, existem 188 templos da igreja em Natal e 600 espalhados por todo o estado. O diácono afirmou que esse é o primeiro evento das comemorações dos 90 anos da Assembléia. Segundo ele, está programada uma homenagem amanhã na Câmara dos Vereadores, às 10h. Na quarta-feira, os Correios lançará um selo comemorativo aos 90 anos da igreja. No mesmo dia, será realizado um culto no templo central, no bairro do Alecrim.

Terceiro ainda informou que no sábado, das 8h às 12h, os fiéis vão realizar uma evangelização em massa e, às 19h, serão celebrados 600 cultos simultâneos em todo o estado.

Fiéis

A Igreja Assembléia de Deus possui atualmente, cerca de 10 milhões de membros em todo o mundo. No Rio Grande do Norte, o número já passa de 100 mil. De acordo com Terceiro Dantas, IEADERN mantém 11 famílias de missionários no exterior. ‘‘Temos missionários no Equador, Espanha, Venezuela, Guiana Francesa, Senegal, Guiné, Timor Leste e outros países’’, afirmou.

Segundo o diácono, no início da história dos evangélicos pentecostais aqui no estado, houve muita perseguição, mas hoje existe uma relação de respeito entre as igrejas cristãs. ‘‘Nós vivemos em unidade. Mas nesse respeito, não deixamos de seguir as escrituras sagradas’’, declarou.

História

A Igreja Evangélica Assembléia de Deus no Rio Grande do Norte originou-se do movimento pentecostal iniciado no Brasil a partir de 1910. Nesse ano, os suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg desembarcaram em Belém (PA), vindos dos EUA, para realizar o que viria a ser uma grande obra evangelística naquele Estado. A atuação desses missionários deu origem à ‘‘Missão de Fé Apostólica’’, primeiro nome dado à igreja, em 1911.

O movimento de evangelização pentecostal se espalhou pelo Norte e rumou em direção ao Nordeste do país. Em 1916, alguns norte-riograndenses que haviam ido ao Pará buscar uma melhor sorte retornaram a Natal. Entre eles, Antônio Felipe Bezerra e sua esposa Luizinha, ambos recém convertidos à fé pentecostal; e o ex-presbiteriano Francisco Cézar. Todos tinham um desejo comum: evangelizar seus familiares.

Em 1917, em uma reunião de oração, na residência do citado casal, deram-se as conversões de José Domingos da Costa, Pedro Jacinto e a esposa deste último. Surgiram, assim, os primeiros frutos da obra pentecostal no Rio Grande do Norte. Enquanto isto, na Cidade de Belém (PA), em 11 de janeiro de 1918, a nova igreja era oficialmente registrada com o nome ‘‘Assembléia de Deus’’.

Fonte: Diário de Natal

Igreja Ortodoxa descarta possibilidade de vida fora da Terra

O teólogo russo Alexéi Ósipov, catedrático da Academia Espiritual de Moscou, declarou nesta quinta-feira, 14, que a região cristã ortodoxa descarta a existência de civilizações extraterrestres inteligentes.

“Sob o ponto de vista da teologia ortodoxa, não há fundamentos para falar da possível existência de civilizações extraterrestres que tenham intelecto e sejam capazes de criar”, disse Ósipov à agência russa Interfax.

O teólogo ortodoxo comentou assim as declarações do diretor do Observatório Astronômico do Vaticano, o jesuíta argentino José Gabriel Funes, que assegurou que se pode crer em Deus e nos extraterrestres.

Segundo Ósipov, essa postura do clero ortodoxo se deve a que nem o Novo Testamento nem nenhum dos numerosos santos das igrejas cristãs falam de possíveis formas de vida extraterrestre.

Além disso, “a astronomia moderna, que vai cada vez mais longe no universo, ainda não encontrou nenhum planeta em que se possa dizer que haja uma forma de vida similar à da Terra”, disse.

Ósipov admitiu, entretanto, que a Igreja Ortodoxa russa nunca estudou esse assunto para formular sua atitude oficial a respeito.

Ele enfatizou que os fenômenos desconhecidos, cuja existência no universo tem sido reconhecida por uma série de teólogos que estudam extraterrestres, “são fenômenos de caráter astronômico e não espiritual.”

Fonte: Estadão

Governo espanhol retira subvenções à Igreja Católica

Depois que a Igreja católica se opôs ao casamento homossexual e chegou a pedir votos para a oposição nas últimas eleições, o governo da Espanha decidiu retirar a ajuda financeira oficial à Igreja Católica no país. Conseqüentemente, a Igreja está promovendo uma campanha publicitária em que pede dinheiro aos fiéis.

A Igreja espanhola era a única da Europa financiada com verba do governo, segundo dados do Parlamento Europeu. O governo concedia por mês 11,7 milhões de euros, pouco mais de 141 milhões de euros anuais. Mas o governo do primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero decidiu cortar o orçamento, considerando-o ‘excessivo’.

O novo sistema de financiamento depende só dos fiéis. Na declaração de renda, os católicos têm a opção de marcar uma lacuna em que pedem que 0,7% dos seus impostos sejam doados à Igreja Católica. Assim sendo, a Conferência Episcopal da Espanha lançou a campanha pedindo fundos.

A cúpula da Igreja espanhola é uma das maiores críticas das políticas liberais do governo Zapatero. Em um recado lançado no fim do ano passado, os bispos e cardeais católicos lideraram uma manifestação em Madri, na qual afirmaram que a democracia espanhola corre o risco de se dissolver por causa da “cultura do laicismo radical”.

A campanha é intitulada “Por tantos, programa para a sustentação econômica da Igreja”, e nela, o clero explica as necessidades e os compromissos sociais e humanitários da instituição, principalmente fora das missas.

Outra novidade é que partir de agora, o Estado também passará a cobrar impostos que o clero jamais pagou, como o Imposto de Transmissões Patrimoniais e de Sucessões e Doações, que incide sobre cada bem móvel ou imóvel negociado em nome da Igreja.

A Conferência Episcopal deverá sustentar também a manutenção de catedrais, mosteiros e imóveis de patrimônio artístico e cultural próprios – um custo estimado em 125 milhões de euros por ano.

De acordo com o vice-secretário para assuntos econômicos da Conferência Episcopal Espanhola, Fernando Giménez Barriocanal, “a contribuição da Igreja à sociedade é evidente. A demanda de serviços religiosos é altíssima: mais de 7 milhões de católicos vão às missas cada domingo na Espanha e atendemos a mais de 2,4 milhões de pessoas em centros sociais como asilos, ambulatórios, orfanatos, centros de reabilitação ou albergues para pessoas sem-teto”.

Fonte: Rádio Vaticano

Ads
- Publicidade -
-Publicidade-