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Site entregará dados de perfis à CPI da Pedofilia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia receberá hoje as informações sigilosas de 3.261 usuários do site de relacionamento Orkut, um dos serviços do Google, incluindo dados e álbuns de fotos que tenham pornografia infantil.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a entrega ao presidente e ao relator da comissão, os senadores Magno Malta (PR-ES) e Demóstenes Torres (DEM-GO), será feita pelos dirigentes do Google. A empresa é acusada pelo Ministério Público de dificultar a investigação contra pedófilos na Internet.

A CPI, instalada no Senado, aprovou no dia 9 de abril a quebra de sigilo desses perfis e deu prazo para receber esses dados do Google até hoje. O Google, por meio da assessoria de imprensa, confirmou que vai entregar nesta quarta-feira as informações.

Por causa da CPI, o Google também concordou em assinar termo de ajustamento de conduta, proposto pelo Ministério Público e Polícia Federal. O procurador da República no Estado de São Paulo, Sérgio Suiama, disse, em depoimento à CPI, que o Google estaria criando dificuldade para a apuração de crimes no Orkut. Uma delas seria a prática de “deletar” páginas com conteúdo de pornografia infantil ao tomar conhecimento do problema, impossibilitando, assim, o conhecimento dos fatos pelas autoridades e a manutenção de provas contra os usuários que praticam esse tipo de crime.

Segundo a Central Nacional de Crimes Cibernéticos, o Orkut concentra 90% das 56 mil denúncias recebidas nos últimos dois anos sobre o uso da Internet na divulgação de material pornográfico infantil.

Fonte: Terra

Padre denuncia que milícia cobra taxa em festa santa no Rio

A festa de São Jorge, realizada há 63 anos em Quintino, na zona norte do Rio de Janeiro, estaria sendo controlada pela milícia. A denúncia, feita por barraqueiros instalados no entorno da Matriz de São Jorge, na rua Clarimundo de Melo, foi confirmada na terça-feira pelo pároco Marcelino Modelski, 41 anos.

Segundo ele, no último dia 7, um homem se dizendo “representante da milícia” do bairro o procurou, querendo “estabelecer algumas regras para o bom andamento das festividades”, iniciadas na sexta-feira.

“Ele (o desconhecido) disse que era da milícia e queria controlar até as cinco barracas da paróquia dentro da área da igreja. Disse que isso eu não permitiria jamais. Ele argumentou, então, que, para o bem da comunidade, a milícia não permitiria barracas no meio da rua Clarimundo de Melo, em frente à igreja, como acontecia em outros anos, para ordenar melhor o trânsito. Deixei claro que eu considerava isso uma afronta, mas, infelizmente, só temos controle sobre a área interna da matriz”, afirmou Modelski.

Segundo o pároco, o assunto foi denunciado pessoalmente por ele, no mesmo dia, ao comando do 3º BPM (Méier) e à 28ª DP (Campinho). “Estamos nos sentindo reféns de um bando que age livremente, enquanto todos pagam seus impostos para ter segurança pública”, afirmou o padre.

De acordo com os funcionários e responsáveis pelas cerca de 100 barracas – que vendem lembranças do santo, além de comidas e bebidas típicas -, os milicianos estão cobrando, diariamente, entre R$ 20 e R$ 50, dependendo do tamanho de cada uma.

O delegado de plantão da 28ª DP, Leonardo Salgado, disse desconhecer o assunto e que somente o delegado titular, José Otílio, que estava de folga, poderia ter informações sobre a denúncia do pároco. “Hoje (ontem), não recebemos nenhuma denúncia”, afirmou Salgado.

A assessoria da Guarda Municipal informou que a instituição atua só no controle do trânsito e que desconhece qualquer tipo de influência sobre o trabalho dos guardas.

Fonte: O Dia

Bispo italiano denuncia silêncio da igreja diante da máfia

Demasiado silêncio contra a máfia por parte da Igreja, especialmente da hierarquia. Essa é a dura acusação feita por um dos bispos tradicionalmente mais engajados na luta contra a máfia, Dom Raffaele Nogaro, bispo da diocese de Caserta.

Dom Nogaro divulgou ontem um documento em vista de uma manifestação antimáfia promovida pelas associações católicas locais em 25 de abril. O objetivo do evento é manifestar solidariedade a três intelectuais que estão sofrendo ameaças por parte dos chefes da Camorra, a máfia local.

Segundo Dom Novaro, as hierarquias eclesiásticas não fazem o suficiente contra a Camorra: ”Estão muito preocupados em defender-se de inimigos ‘ideológicos’, como os comunistas e os laicistas, e subestimam a poluição moral e civil causada por poderes ilegais”.

”Os mafiosos, mesmo desarraigando o Evangelho do coração de nossa gente, negando qualquer forma de amor ao próximo, se tornam facilmente os promotores de iniciativas de religiosidade popular. Protegem a ordem estabelecida e, portanto, são cortejados pelas instituições. E por um falso amor pela paz, a Igreja cala”, denuncia o bispo.

A história da região, acrescenta o prelado, não se explica sem levar em consideração a influência da Igreja: ”Observa-se que as expressões religiosas, sobretudo aquelas enfáticas, e a Camorra não são dois fenômenos independentes”.

”Felizmente, nunca se chega à cumplicidade. Mas não se pode ficar de lado, deixando a responsabilidade somente ao Estado”, defende.

Fonte: Rádio Vaticano

Padre abençoa clube de strip ao achar que era balé

Um padre ortodoxo abençoou um clube de striptease na Rússia após lhe contarem que o local era usado como escola de bailarinas, segundo o diário online Metro.

Os representantes do local dizem que a clientela aumentou depois da intervenção do representante da Igreja.

Padre Nickolai, que abençoou o Studio 74 em Chelyabinsk, oeste do país, afirma que ele não tinha idéia que estava em um clube de strip.

Um representante do lugar afirma que a bênção deu “uma atmosfera inteiramente nova” e atraiu mais clientes ao clube.

Fonte: Terra

Três bispos que atuam no Pará integram a ‘lista da morte’

Três bispos católicos da Amazônia estão marcados para morrer. Um deles, dom Erwin Kräutler, de Altamira (PA), vive sob escolta policial durante as 24 horas do dia há mais de um ano. Os outros dois ameaçados são dom Luiz Ascona, de Marajó (PA), dom Flávio Giovenale, de Abaetetuba (PA).

Eles entraram na ‘lista da morte’ de fazendeiros, fazendeiros e traficantes devido à atuação contra a grilagem de terras, derrubada e tráfico de madeira e de drogas, tráfico de mulheres (crianças e adolescentes) para a prostituição da Guiana e na Europa.

A situação enfrentada pelos religiosos causa preocupação aos integrantes da Comissão da Amazônia da Câmara. Para discutir a questão, a Comissão promove audiência pública no dia 6 de maio. O debate foi sugerido pela presidente da comissão, deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), e teve o apoio de mais de outros dois deputados: Marcelo Serafim (PSB-AM) e Maria Helena (PSB-RR).

Até dia 26 de fevereiro último, Dom Kräutler acordava todos os dias às 4h15 da manhã e fazia uma caminhada de 5 quilômetros pela orla do rio Xingu. Em menos de uma hora, o austríaco Erwin Kräutler, “brasileiro nascido fora do Brasil”, voltava à sua residência de bispo. Devido às ameaças, Dom Kräutler teve de mudar a rotina. “Estou preso dentro de casa”, disse ele à repórter Phydia de Athayde, de Carta Capital. Confira abaixo, trechos da reportagem da Carta Capital desta semana sobre os bispos ameaçados de morte na Amazônia:

Policiais militares revezam-se em três turnos de oito horas para garantir a integridade do bispo, sob escolta há cerca de um ano, por conta de ameaças de morte. A descoberta de que havia um prêmio de 1 milhão de reais pela cabeça de Kräutler levou a polícia a aconselhá-lo a não mais sair de casa pela manhã, para não facilitar a vida dos pistoleiros.

Quanto tempo se leva para rezar três vezes o terço? Exatos 45 minutos. Kräutler obteve a resposta ao substituir a exuberante beira do Xingu pela monotonia do corredor da casa paroquial. “São 65 passos para a frente, 65 passos para trás, vou e volto sem parar, rápido.” O bispo tem 68 anos, 42 de Brasil, zero de sotaque. É torcedor do Paysandu, o time mais popular do Pará, gosta dos tambores quentes do carimbó (a dança sagrada paraense), e escuta muita música clássica. “Adoro Mozart e Villa-Lobos, mas Bach é minha vida.”

O religioso nunca solicitou proteção policial. Aceitou a escolta por imposição, depois de anos de ameaças diversas. No fim de 2006, após uma série de telefonemas com detalhes de como seria assassinado, rezou as missas festivas das paróquias de Gurupá e Porto de Moz, para cerca de 2 mil fiéis, usando colete à prova de balas. “Foi horrível, imagine aquilo pesado, embaixo da túnica, no calor amazonense”, diz, num relato sem rancor, quase irônico. “Pior eram os policiais armados, no altar. Eu disse para mim mesmo: ‘Não estou aqui para isso’”. Deixou de lado os coletes, mas os soldados não o abandonaram.

Além de Kräutler, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) alerta para outros dois ameaçados de morte, dom José Luís Azcona (de Marajó) e de dom Flavio Giovenale (de Abaetetuba), todos atuantes no Pará. A Comissão Pastoral da Terra acaba de lançar o relatório anual sobre conflitos de terra no País. Entre 260 ameaçados de morte há dez religiosos.

Giovenale não anda escoltado, mas admite a “problemática” local. No ano passado, foi ameaçado em duas ocasiões, por denunciar esquemas de tráfico de drogas na cidade, que fica na foz do rio Tocantins. “Te cuida ou fazemos o serviço”, ouviu ao telefone. O clima tenso o levou a evitar a mídia no episódio da garota de 15 anos, presa em uma cela com homens na delegacia local, que chocou o País. Participou ativamente, porém, das reuniões com o Ministério Público e com o Conselho Tutelar, exigindo a punição e transferência dos envolvidos. “Depois que baixar a poeira, acertamos com você”, ouviu de um transeunte, na rua. Mas o bispo não pretende deixar a cidade. “A presença da Igreja é uma proteção para as pessoas. Me sinto bem lá, me sinto amado”, conclui.

Em comum, os ameaçados, especialmente na Região Norte do Brasil, têm o fato de lutar contra a devastação da mata e a favor dos direitos de povos indígenas e ribeirinhos. Mas Kräutler “incomoda” também por ter denunciado uma rede de exploração sexual e prostituição infantil no estado, por cobrar incessantemente a punição dos mandantes do assassinato da ex-colega e missionária Dorothy Stang (morta a tiros, em 2005, por lutar contra madeireiros em Anapu) e por ser uma voz fervorosa contra a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte no rio Xingu. Em uma tacada, contraria interesses locais, regionais e federais.

A sinceridade escancarada e destemida não colabora com a segurança. “O governo brasileiro está muito preocupado com a imagem do Brasil lá fora, e não com o que vivemos aqui. Eu mesmo, minha proteção é para inglês ver, pois não se preocupam em buscar os que me ameaçam e que matam outros que lutam como eu”, afirma. E prossegue a falar sobre a política local.

“O Pará é o estado mais rico do Brasil, tem recursos naturais incríveis, mas o povo vive na miséria. Quem é beneficiado por esse tal progresso? O problema é que existem pessoas que são de primeira categoria, os donos do mundo, enquanto outras são descartáveis. O nosso desenvolvimento favorece apenas a primeira categoria. Por isso, o índio não tem valor. São chamados de entraves do progresso porque não produzem.”

Kräutler disseca, de forma igualmente crítica, a estrutura social da região, que conhece como a palma da própria mão. A saber: o povo (“índios, ribeirinhos e imigrantes dos anos 1970”), os aventureiros (“querem enricar no curto prazo”), os madeireiros (“querem serrar e não pensam no futuro”), os mineradores (“a mesma coisa”) e aqueles, no governo, que “enxergam a região apenas como província energética”.

“Todos, menos o povo, me colocam como inimigo do progresso”, declara, e explica suas motivações: “Entendo a ecologia a partir da visão cristã de que não devemos destruir o que recebemos como uma bênção. Defendo uma idéia de desenvolvimento em que a pessoa humana seja o centro, e não o dinheiro. Me revolto, fico indignado com essa mania do Brasil se deixar explorar e ainda agradecer. Isso tem de acabar”.

Em quatro décadas de Xingu, o inconformismo de Kräutler rendeu alguns frutos. Antônia Pereira Martins, a Toínha, é coordenadora do movimento de mulheres de Altamira Defensoras do Xingu e diz que a “visão libertadora” do bispo foi crucial na organização social da região. Ele presidiu o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) por oito anos, na década de 80, e recentemente voltou a liderar a organização.

“Dom Erwin é muito carismático e muito firme nas suas posições. Não é bispo apenas dos católicos, se posiciona ao lado de quem está ameaçado. Ele nos ensinou a ter uma visão crítica da sociedade, é claro que isso incomoda alguns”, diz Toínha. O movimento social local prepara, para fim de maio, um Encontro dos Povos do Xingu para protestar contra a Hidrelétrica de Belo Monte. Toínha diz ter esperança de que o projeto seja barrado e contará com o apoio do religioso, “um exemplo para nós”, nas manifestações.

O bispo da prelazia do Xingu não é o primeiro Kräutler a exercer influência na região. Seu tio, Eurico, chegou ao Pará em 1934, como missionário. Seria bispo da mesma prelazia até 1981, quando foi substituído pelo sobrinho. Na gélida Áustria, graças às cartas do tio, o garoto Erwin ouvia falar do Xingu, dos índios, dos seringueiros, da imensidão da natureza, e alimentava o início de uma paixão.

Fonte: Agência Amazônia

Religiosos pedem intervenção para evitar um genocídio no Zimbábue

Várias autoridades religiosas do Zimbábue pediram nesta terça-feira a intervenção da comunidade internacional para que a violência pós-eleitoral não provoque um “genocídio”.

“Advertimos ao mundo que se nada for feito para ajudar o povo do Zimbábue na difícil situação em que está, em breve seremos testemunhas de um genocídio similar ao ocorrido no Quênia, em Ruanda, em Burundi e em outros países africanos e do mundo”, alertaram em um comunicado conjunto os líderes religiosos das diferentes confissões presentes no Zimbábue.

O texto pede à Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), à União Africana (UA) e à ONU a adoção de todas as ações necessárias “para acabar com a deterioração da situação política e de segurança no Zimbábue”.

Fonte: AFP

PMs de Cristo: Em uma mão arma, na outra a Bíblia

A Associação dos Policiais Militares Evangélicos do Estado de São Paulo, também conhecida como “PMs de Cristo”utiliza valores cristãos como instrumento para evitar que policiais se envolvam em casos de violência.

Calada da noite, algum canto escuro da cidade. Armas em punho, frente à frente com o crime, haja sangue frio numa hora dessas! No dia-a-dia dos policiais militares (PMs) que trabalham nos grandes centros urbanos brasileiros, situações extremas são para lá de comuns. Não raro, esses profissionais se vêem obrigados a recorrer à força para fugir do perigo.

A grande questão que a maioria das pessoas costuma colocar é a seguinte: até que ponto um ato de violência praticado por um policial pode ser considerado legítimo? Esta é uma pergunta que atormenta até mesmo os membros mais convictos da corporação militar.

Foi para ter um momento diário de reflexão que um grupo de PMs evangélicos da Capital resolveu se unir no início da década de 90. “Percebíamos que havia um grande número de policiais cristãos espalhados pelas diversas unidades da Corporação”, explica o major Alexandre Marcondes Terra, 45 anos, que atualmente ocupa o cargo de assistente policial militar da Coordenadoria Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs).

No princípio eles eram em 40, apenas, e assumiram a árdua tarefa de reforçar os laços entre os cerca de 9 mil evangélicos que integravam a corporação na época. Surgia, assim, a Associação dos Policiais Militares Evangélicos do Estado de São Paulo, também conhecida como “PMs de Cristo”.

O trabalho era (e ainda é) bastante simples. Consiste, basicamente, em visitas diárias a quartéis, bases e batalhões, com duração de aproximadamente 15 minutos. Nesses encontros, integrantes da entidade fazem orações e realizam pequenas preleções sobre textos bíblicos e a doutrina cristã.

“No começo era meio difícil, pois algumas pessoas achavam que estávamos tentando fundar uma nova igreja dentro da corporação. Só com o passar do tempo é que elas foram perceber que o nosso trabalho não estava ligado à religião alguma e visava apenas promover os valores dos Evangelhos entre os colegas de trabalho”, explica Terra, que participou da fundação dos “PMs de Cristo”. Atualmente ele é vice-presidente da entidade.

Nas reuniões da associação é possível se deparar com adeptos de diferentes denominações religiosas. Há duas semanas, por exemplo, a reportagem do Jornal da Cidade teve a oportunidade de acompanhar um encontro ocorrido na sede do 4.º Batalhão da PM do Interior (4.º BPMI).

Católicos, evangélicos e espíritas (cerca de dez pessoas, no total) acompanhavam atentamente a policial aposentada Maria Aparecida Zani Scarpelli discorrer sobre o Salmo 23 (ou 22, dependendo da Bíblia).

“Ainda que eu ande pelo vale da sombras da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo”, diz o texto. Mas será que qualquer trecho das Escrituras pode ter aplicação prática na vida dos PMs? Na opinião de Zani, sim.

“O ‘vale da sombra da morte’ é uma situação em que estamos passando por uma dificuldade extrema (um câncer em estágio terminal, por exemplo) e o Senhor envia alguém para nos auxiliar”, explica ela. Evangélica, natural de São Paulo, ela conta que, no início dos anos 90, fez um voto a Deus. “Prometi que, assim que me aposentasse, iria me dedicar exclusivamente a Ele.”

O trabalho com os “PMs de Cristo” teve início em 1999 e precisou ser interrompido há cerca de dois anos. “Eu estava com problema de doença na família e tive de dar uma parada, mas agora estou retomando as atividades”, diz ela. A partir de agora, Zani pretende voltar a realizar as visitas regulares (uma por semana, pelo menos) a bases e quartéis da corporação em Bauru. No passado, os “PMs de Cristo” conseguiram reunir cerca de 80 pessoas, entre policiais e familiares, em cultos realizados em templos evangélicos da cidade.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru

Luteranos analisam propostas para declaração sobre sexualidade

O Grupo de Trabalho de Estudo sobre Sexualidade da Igreja Evangélica Luterana dos Estados Unidos publicou, em março, documento rascunho da Declaração Social sobre a Sexualidade Humana, com o intuito de debatê-lo e recolher propostas dos 4,8 milhões de luteranos, até o dia 1° de novembro.

As declarações sociais são documentos de ensino que luteranos preparam para formar um critério sobre temas sociais. Elas oferecem um enquadramento teológico e ético para a discussão, o discernimento e a tomada de decisões, também para o estabelecimento de políticas na igreja. As declarações são adotadas oficialmente com a aprovação de dois terços dos votos dos delegados às assembléias gerais da igreja.

Realizadas a cada dois anos, as assembléias gerais representam a maior autoridade legislativa na ELCA. A próxima assembléia será realizada de 7 a 23 de agosto de 2009, em Minneapolis.

“Somos criaturas sexuadas desde o momento de nosso nascimento até a morte. O rascunho da declaração social assume esta realidade seriamente e encara a sexualidade em relação às variadas situações de nossas vidas. A pergunta comum de todos os tempos é sobre aquilo que serve ao bem-estar de nosso próximo, aquilo que cria e sustenta a confiança, e aquilo que protege do dano”, afirmou a diretora executiva da Divisão da Igreja na Sociedade da ELCA, pastora Rebecca S. Larson.

O grupo de trabalho espera que a declaração social seja um convite à igreja para continuar o diálogo. O rascunho representa o melhor do pensamento do grupo de trabalho até o momento, embora “nem todos os membros do grupo concordaram com todas as partes do documento. O grupo de trabalho espera que aprendamos aquilo que no rascunho é de ajuda, aquilo que pode mudar, e aquilo que ainda está defeituoso”, disse Larson.

A maioria dos 65 sínodos da ELCA pretende realizar audiências públicas até novembro como uma oportunidade para que os luteranos possam discutir o rascunho da declaração social. Espera-se que pelo menos um representante do grupo de trabalho participe em cada uma das audiências públicas. A ELCA conta com 10.549 congregações, organizadas em 65 sínodos.

O rascunho da declaração social não encara a política atual da ELCA, que “exclui as pessoas homossexuais praticantes da listagem oficial de pastores e pastoras nesta igreja”. Ao grupo de trabalho foi solicitado realizar recomendações sobre as exigências dessa listagem para serem considerados na Assembléia Geral de 2009.

O documento enfatiza que a ELCA “não favorece nem aprova os acordos de coabitação fora do casamento”, mas admite que existe uma ampla gama de forças sociais e que “certas leis e realidades econômicas nesta sociedade criam dificuldades para muitas pessoas, incluindo adultos maiores, quem desejariam estar casados legalmente”.

Também afirma que depois de “muitos anos de estudo e debate, esta igreja não tem um consenso em relação às relações de amor e compromisso entre pessoas do mesmo sexo. Esta igreja se comprometeu a continuar acompanhando a uns e outros no estudo, na oração, no discernimento e no cuidado pastoral”.

Os luteranos acreditam, segundo o documento, que não há nada que possam fazer para ganhar o amor de Deus. “O amor de Deus vem a nós apesar daquilo que somos. Respondemos a esse amor cuidando e promovendo o bem-estar de nosso próximo”, pontuou Larson.

Fonte: ALC

Católicos e evangélicos vão prevenir consumo de drogas

Os principais líderes da Igreja Católica e Evangélica firmaram compromisso, ontem, no Palácio La Moneda, na capital, com a presidenta Michelle Bachelet, assumindo papel ativo na prevenção do consumo de drogas.

O acordo implica trabalho nas 13 regiões do país e representa um sinal da capacidade das igrejas de reunir esforços diante de temas relevantes para a cidadania.

Fruto de um processo prévio de aproximação, diálogo e trabalho tanto com a Igreja Católica como a Evangélica durante os últimos anos, este compromisso estabelece a difusão e a aplicação de programas de prevenção às drogas do Conselho Nacional para o Controle de Entorpecentes (CONACE) para a família, os jovens e a comunidade em diocese, paróquias e templos do país.

As entidades que aderiram ao compromisso de prevenção às drogas são a Conferência Episcopal do Chile, a Pastoral Nacional de Álcool e Drogas (PANAD), os Vicariados Episcopais da Esperança Jovem, para a Família, da Educação e para a Pastoral Universitária.

Também assinaram este compromisso a Mesa Ampliada da União Nacional Evangélica (UNE – Chile), a União Nacional de Igrejas Evangélicas do Chile (UNIECH), o Serviço Evangélico para o Desenvolvimento (SEPADE), a Fundação EFAD da Área Pastoral Social da Conferência Episcopal do Chile e a Sociedade Bíblica do Chile.

A presidenta Bachelet dirigiu a cerimônia de assinatura do acordo acompanhada do arcebispo de Santiago, cardeal Francisco Javier Errázuriz, do presidente do Comitê Executivo da Mesa Ampliada da UNE – Chile, bispo Emiliano Soto, do presidente da UNIECH, bispo Bernardo Cartes Venegas, e da secretária executiva do CONACE, María Teresa Chadwick.

O acordo prevê a implantação do programa “Prevenir em Família”, do programa “Enfoca-te”, para os jovens. As duas propostas prevêem uma dimensão espiritual para fortalecer as famílias como fator central da prevenção, e possibilita aos jovens a oportunidade de atuarem como construtores do futuro, gerando instâncias para recuperar criativamente os espaços públicos locais, em 140 municípios do país.

Fonte: ALC

Adventistas do 7º Dia negam que “curandeiros” pertençam à igreja

O pastor presidente da União Norte Brasileira da Igreja Adventista do 7º Dia (Missão Maranhense), Ezequias Melo de Freitas Guimarães, esteve no Jornal Pequeno, onde deixou correspondência em que nega que dois homens, de nomes Carlos e Valdeci – que se apresentaram a uma família do Coroadinho como adventistas do 7º Dia –, sejam membros da igreja.

Carlos e Valdeci praticaram atos de curandeirismo que levaram Edmilson Lindoso, de 48 anos, à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Socorrão I, com queimaduras graves provocadas por um “escalda-pés” de água fervendo, que deveria, segundo os falsos religiosos, ajudar a melhorar sua circulação sangüínea. Veja os trechos essenciais da correspondência do pastor Ezequias Guimarães:

“Em nenhuma Igreja adventista do 7º Dia é praticado curandeirismo, e nem os termos narrados no Boletim de Ocorrência apresentam informação de que qualquer dos fatos ocorreram em dependências da Igreja Adventista.

“Ademais, imediatamente ao tomarmos conhecimento da notícia pela publicação do jornal, a direção da Igreja Adventista no Maranhão investigou os supostos fatos e constatou que nenhum membro de nossa igreja está envolvido no episódio que, conforme divulgado, teria ocasionado a internação do senhor Edmilson Lindoso, com o lamentável agravamento de sua saúde, conforme narrado na reportagem.

“A Igreja Adventista do 7º Dia não pratica nenhum tipo de curandeirismo nem curas com ervas ou outros produtos de fins medicinais. Nossa igreja tem por objetivo a divulgação da Palavra de Deus, contida na Bíblia Sagrada, e divulga, por meio de palestras, pregações, cultos – para cumprir seu objetivo, que é a pregação do Evangelho –, as Boas Novas da Salvação em Jesus Cristo.

“A direção da igreja compareceu à delegacia em que foi registrado o Boletim de Ocorrência e confirmou que tais indivíduos [Carlos e Valdeci] não fazem parte do rol de membros da Igreja Adventista, colocando-se à disposição da autoridade policial para todo e qualquer esclarecimento que se fizer necessário.

Fonte: Jornal Pequeno

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