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Brasileiros compram mais a Bíblia em 2007

O livro mais vendido do mundo também é no Brasil. E este ano alguns fatores contribuíram para aumentar a distribuição de Bíblia no País – além do constante crescimento da população evangélica, ainda teve a vinda do papa, que levou muitos católicos às livrarias em busca do livro sagrado.

O quanto, de fato, o Brasil vende em bíblias fica somente nas estimativas. Isso porque, desde 2003, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) não fornece mais dados deste mercado isoladamente, mas de todo o segmento de livros religiosos. Estas estimativas apontam uma venda anual de 8 milhões de exemplares, com um crescimento médio de 10% neste ano, segundo as editoras consultadas pela Gazeta Mercantil.

A Editora Canção Nova, por exemplo, até o ano passado não editava bíblias. Numa parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que tem a Edições CNBB, lançou sua primeira Bíblia ao preço de R$ 18. Resultado: já está na sexta edição, com 200 mil exemplares comercializados. “A meta era conseguir vender uma Bíblia mais barata para que mais gente pudesse tê-la”, diz a gerente editorial, Iara Rosa. A Canção Nova é uma comunidade católica.

Iara conta que ainda foi lançada uma versão infantil, a preço de R$ 35. Esta já teve 40 mil exemplares vendidos, também no período de um ano. Os livros da Editora Canção Nova estão também em livrarias convencionais.

O diretor-presidente da Editora Ave-Maria, o Irmão Hely Vaz Diniz, concorda que a maior variedade de materiais de impressão e edição final da Bíblia também atraem. “Hoje temos 25 modelos diferentes de encadernação”, explica. A editora, que como o próprio nome faz referência, trabalha com produtos católicos, informa que a expectativa é encerrar com vendas 15% maiores neste ano. “Vamos ficar acima da média. A vinda do papa ajudou a vender mais bíblias.”

Entre livros religiosos e Bíblias, Diniz diz que a Ave-Maria deverá vender 1,2 mil unidades em 2007, sendo cerca de 600 bíblias. “Em geral, as vendas de bíblias crescem 10% ao ano para a Ave-Maria”, conta.

Enquanto a sazonalidade de venda de bíblias para os católicos ocorre em setembro, para os evangélicos este mês é dezembro. Ainda segundo Diniz, na Ave-Maria as vendas em setembro chegam a dobrar. Lembrando que a Bíblia católica é diferente da evangélica. Enquanto a católica tem 73 livros, a evangélica conta com sete a menos – estes foram descobertos à época da Reforma Protestante, mas não foram aceitos pelos evangélicos.

No próximo ano, outro fator deverá ajudar na distribuição de bíblias. Isso porque a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) anuncia este mês, em evento no Rio, que 2008 será o “Ano da Bíblia”. “Vamos realizar uma série de eventos em todo o País para estimular a leitura”, conta o secretário de ação e comunicação social da SBB, Erní Seibert. Organizações cristãs em geral foram convidadas a apoiar o movimento, que pela primeira vez será realizado no Brasil.

A Associação dos Editores Cristãos (ASEC) reúne 65 editoras voltadas para o segmento religioso. Diz Whaner Endo, diretor- executivo, que juntas elas comercializam quase 7 milhões de bíblias ao ano, o que representa um faturamento de R$ 110 milhões. “A variedade tem ajudado”, pontua Endo.

Fonte: Gazeta Mercantil

Padre faz ato em defesa da transposição do São Francisco

Com uma cruz feita de madeira e de latões de tinta, o padre paraibano Djacy Pereira Brasileiro fez ontem (17) ato em defesa da transposição do Rio São Francisco, em frente ao Palácio do Planalto.

O padre vive na cidade de Santa Cruz (PB), que fica a 490 quilômetros da capital João Pessoa. Ele disse que o objetivo da manifestação é pressionar o governo a executar o Projeto de Integração do Rio São Francisco às Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional.

“Queremos chamar a atenção do governo para a sede de milhões de nordestinos”.

O padre, que deveria retornar à Paraíba ainda ontem, disse que iria protocolar no Palácio do Planalto uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo ao governo que realize a obras de transposição das águas do São Francisco.

Fonte: Agência Brasil

Francês bêbado escala Basílica de São Pedro no Vaticano

Um francês bêbado invadiu nesta quarta-feira um edifício da Basílica de São Pedro no Vaticano para tocar um sino, antes de ser detido, segundo uma fonte da Santá Sé.

Em plena madrugada, o homem descalço e seminu escalou os andaimes instalados para a restauração da fachada do “Arco dos sinos”, que se encontra à esquerda da basílica, e tocou um dos sinos.

O francês, cuja identidade e idade não foram divulgados, mas que seria um sem-teto, estava bêbado e “num estado de confusão”, segundo a agência Ansa. Ele foi detido pelos policiais do Vaticano e entregue às autoridades italianas.

O “Arco dos Sinos” é uma das três entradas da Basílica de São Pedro, e é vigiada pela Guarda Suíça pontificial.

Fonte: AFP

PF vai investigar a compra da Record pelo bispo Edir Macedo

A Polícia Federal abriu inquérito, em São Paulo, para investigar o bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. O objetivo do inquérito, segundo informação do sistema de consulta da Justiça Federal, é apurar supostos indícios de crimes contra a fé pública e de falsidade ideológica.

A investigação teve início no dia 4 e tem prazo de 90 dias, prorrogável, para conclusão.

O departamento jurídico da Igreja Universal do Reino de Deus disse que soube do inquérito pelo site da Justiça Federal na internet, mas que a entidade não foi notificada, não teve ainda acesso aos autos e desconhece o motivo da investigação.

O inquérito, segundo apurou a Folha de São Paulo, nasceu de representação feita, em 2005, pelo ex-deputado estadual Afanásio Jazadji, que reabre a discussão sobre a origem dos recursos usados por Edir Macedo na compra da Rede Record.

O ex-deputado entregou ao Ministério Público Federal cópia da declaração que Macedo assinou ao sair do Brasil, de mudança para os Estados Unidos, em 2003, na qual afirmou que teve rendimento tributável de apenas R$ 8.289,60 em 2002, quando já era acionista controlador da Record.

Jazadji juntou à representação cópia de declaração do advogado da Iurd Rodrigo Pereira Adriano, de um processo existente na 39ª Vara Cível de São Paulo, em que afirma que o bispo Macedo não tem “”vínculo jurídico ou estatutário” com a Igreja Universal”, e que tampouco faz parte da direção da entidade no Brasil.

Com base nos dois documentos, Jazadji acusou o líder da Universal de se apropriar de recursos da igreja para construir patrimônio pessoal em empresas de mídia.

Macedo e a mulher, Ester, são os únicos proprietários da Record de São Paulo. A emissora é a cabeça de rede da Record e também figura como acionista minoritária de várias outras emissoras do grupo.

A acusação é de que o bispo teria se apropriado de patrimônio (as emissoras de rádio e de TV) construído com recursos doados por fiéis, supostamente para causas religiosas e assistenciais.

Em entrevista à Folha de São Paulo, publicada no sábado, o bispo Macedo disse que a Iurd é apenas cliente da Record (aluga espaço na programação na madrugada) e que a igreja paga à Record e esta paga impostos ao governo. No entanto, esquivou-se de dizer quanto a Iurd investe na emissora e de como pagou pela compra da Record.

Fonte: Folha de São Paulo

Arqueólogos encontram peças do século 16 em restauração de igreja no Rio

As equipes que trabalham nas obras de restauração da igreja de Nossa Senhora do Carmo da antiga Sé, no centro do Rio, encontraram nesta quarta-feira uma provável estrutura de antiga paliçada –tapume feito com estacas fincadas na terra– que pode ter sido construída antes da fundação da cidade.

Próximo ao local das obras também foram encontrados um machado indígena e restos de uma fogueira.

O trabalho realizado na antiga construção envolve as áreas de engenharia, restauração, arqueologia, história e arquitetura.

No sítio arqueológico da antiga Sé, podem ser vistos ainda um ossário e estruturas de outras fases de ocupação daquele local. As pesquisas mostraram que a construção passou por ao menos cinco ocupações em momentos diferentes desde o século 16.

A recuperação das fachadas e o restauro do interior da igreja, bem como as obras de infra-estrutura, tem o acompanhamento técnico do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Visitação

Até dezembro deste ano as obras de restauração da antiga Sé, monumento símbolo das Comemorações do Bicentenário da Chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, recebem visitantes. Grupos de até 40 pessoas podem conferir as obras e ainda conhecer a exposição educativa que foi montada no local.

Durante o trajeto, é possível entender as várias etapas necessárias para se recuperar a talha dourada do interior da igreja e também os muitos elementos decorativos das fachadas da construção.

A exposição mostra detalhes do trabalho de restauro, como a limpeza e a higienização das obras de arte, a recuperação de pinturas e douramentos e as muitas técnicas utilizadas.

As escolas têm atendimento especial. Além da visita, alunos entre 9 e 15 anos participam de oficinas de colagem e pintura que brincam com elementos relacionados à igreja e à história da Família Real. Ao todo, o programa dura 1h30.

Fonte: Folha Online

Jesus nu de chocolate ataca novamente em Nova York

Um escultura em tamanho real de Jesus Cristo nu feita de chocolate vai ser finalmente exibida em Nova York no final de outubro, sete meses após um protesto de católicos ter forçado a galeria a cancelar a exposição.

O Jesus de chocolate vai se juntar a outras esculturas de santos completamente vestidos, mas a Liga Católica para Direitos Civis e Religiosos afirmou que não vai protestar porque, diferentemente do plano anterior, a escultura do Jesus “anatomicamente correto” não será exibida em público durante a Semana Santa.

A galeria “A Proposição” no bairro de Chelsea em Manhattan vai apresentar “Santos de Chocolate… Doce Jesus”, para coincidir com o dia de Todos os Santos em 1o de novembro. A obra será exibida entre 27 de outubro e 24 de novembro.

Em março, o Jesus de chocolate do artista Cosimo Cavallaro seria exibida em uma vitrina da Galeria Laboratório Roger Smith no meio de Manhattan, permitindo que os transeuntes vissem as partes baixas de Jesus.

No entanto, protestos, incluindo um chamado para boicotar o Roger Smith Hotel, forçaram a galeria a cancelar a mostra.

“Nós ainda não aprovamos, mas as condições mudaram”, disse Kiera McCaffrey, porta-voz da organização católica.

A nova exposição vai acontecer no interior de um prédio em uma vizinhança povoada por galerias de arte, disse.

Imagens no site da galeria (http://www.theproposition.com/wp/chocolate-saints-sweet-jesus/) mostram o trabalho suspenso no ar, como se Jesus estive na cruz.

Um comunicado da galeria informou que Cavallaro foi coroinha quando jovem e questionou os preceitos da Igreja, mas sempre guardou afeto pela Comunhão.

“Relembrando a qualidade mística/transcendental e memórias associadas com a hóstia recebida durante a Comunhão, ele evoca comparativamente aquele ritual de êxtase a sua própria experiência com o chocolate”, informa o comunicado.

Fonte: Reuters

Aliança com Exército revela Igreja ávida por “Argentina católica”

A condenação à prisão perpétua do ex-capelão da polícia de Buenos Aires Christian Von Wernich, na última terça-feira, 9, evidenciou mais do que a cumplicidade entre um cidadão qualquer e o conjunto de idéias e ações que caracterizaram a ditadura militar argentina (1976-83).

Para o historiador e estudioso das relações entre Exército e Igreja católica na Argentina Loris Zanatta, a aliança entre o religioso – considerado culpado por sete homicídios, 31 casos de tortura e 42 seqüestros – e o regime acusado de matar cerca de 30 mil pessoas aponta para uma proximidade perturbadora entre as aspirações do Exército e da Igreja católica no país vizinho na segunda metade do século XX.

Segundo o professor da Universidade de Bolonha, na Itália, ambas as instituições tinham em comum uma “idéia de sociedade orgânica e corporativa” e estavam decididas “a suplantar a Argentina laica com a volta da ‘Nação Católica’”.

Nesse sentido, continua o professor, a sentença proferida contra Von Wernich “tem um valor simbólico, já que revela os excessos horrendos cometidos pelos mais fanáticos defensores da pretensão de exercer o monopólio da identidade nacional e da legitimidade política”.

Autor de, entre outros, Historia de La Iglesia Argentina; Del estado liberal a la nacion católica: Iglesia y ejército en los orígenes del peronismo e Perón y el mito de la nación católica: Iglesia y ejército en los orígenes del peronismo , ele concedeu a seguinte entrevista ao estadao.com.br:

Embora muito se fale sobre a presença da teologia da libertação no período marcado pelas ditaduras militares na América Latina, a condenação do capelão argentino Christian Von Wernich na última terça-feira traz à tona uma a face autoritária do catolicismo no continente. Como o senhor descreveria a relação entre o Exército, a Igreja Católica e os católicos de maneira geral na Argentina?

Na história argentina, o Exército foi, especialmente a partir da crise terminal da ordem liberal dos anos 1930, um canal privilegiado de “catolização” do Estado. Frente à arquitetura liberal da ordem política e o ideário laico das classes dirigentes tradicionais, o Exército representou para a Igreja o lugar onde se guardava a essência da identidade nacional, o chamado “ser nacional”, identificado por ela com o primado do catolicismo e de sua idéia de sociedade orgânica e corporativa, decidida a suplantar a Argentina laica com a volta da “Nação Católica”. Desde então, o Exército e a Igreja não somente mantiveram uma estreita aliança doutrinária e institucional, como também reivindicaram e exerceram uma espécie de “monopólio da identidade nacional”, intervindo contra todas as forças que segundo seu sistema de valores às desafiava.

Nesse contexto, qual é o significado da condenação de Von Wernich para a Igreja católica argentina?

A condenação de Von Wernich tem um valor essencialmente simbólico, no sentido que revela os excessos horrendos cometidos pelos mais fanáticos defensores da pretensão de exercer o monopólio da identidade nacional e da legitimidade política; um sistema de idéias impermeável a toda forma de tolerância e pluralismo. E revela também a responsabilidade eclesiástica na espiral de autoritarismo em que caiu a sociedade argentina no final do século XX. Digo simbólico porque a Igreja mudou bastante desde então e aprendeu algumas lições da tragédia vivida pela Argentina e por ela mesma. Dito isto, não podemos esquecer que a aspiração ao monopólio político e ideológico tem sido lamentavelmente uma constante durante a história argentina do século XX. Algo compartilhado pela grande maioria dos atores políticos e sociais, incluídos aí muitos dos adversários da Igreja e dos militares.

O sr. acredita que a cúpula da Igreja conhecia as atividades do capelão?

Não é possível saber se a cúpula sabia nem a que nível é provável que soubera. Ainda assim, posso supor, a partir de minha experiência, que o corpo de capelães militares sabia ou estava em condições de imaginar o que fazia e dizia Von Wernich. Está muito claro que esse capelão devia ter um perfil criminal especialmente odioso, mas o mais importante é que sua maneira de conceber seu dever e o dos militares resultou na violenta exacerbação de um caldo cultural muito antigo e arraigado na Igreja católica.

Em sua reação à condenação, o episcopado responsável por Von Wernich pediu “perdão” pelo fato de “um sacerdote, por ação ou por omissão, ter estado tão longe das exigências da missão que lhe foi confiada”. Como o sr. analisa esta declaração? Vê algum tipo de cinismo?

Não conheço suficientemente os autores da mensagem, portanto não me atrevo a defini-los como cínicos. Acho que efetivamente uma parte da nova geração eclesiástica que chegou ao episcopado recentemente assumiu as responsabilidades que cabem à instituição. Provavelmente isso não é o suficiente e traços da antiga cultura continuam em vários ambientes eclesiásticos. Ainda assim, não podemos esquecer que a instrumentalização da mensagem religiosa para fins políticos e ideológicos foi naquela época muito difundida, e que até os Montoneros (grupo guerrilheiro argentino) tinham capelães militares que benziam suas armas. Digamos que, colocado o catolicismo no centro da nacionalidade, seu ideário e missão terminaram por incorporar e transformar em lutas religiosas todos os conflitos que atravessavam uma sociedade profundamente dividida. Espero que os bispos argentinos tenham aprendido a lição.

O sr. acredita que este julgamento irá afetar a imagem da Igreja na Argentina?

Não acho. As pesquisas seguem dando à Igreja um prestigio elevado e creio que aqueles que já tinham uma imagem ruim virão confirmada sua hostilidade. Já aqueles, provavelmente a maioria, que vêem a igreja como uma instituição muito presente na sociedade e relativamente autônoma da política e seus mecanismos, seguirão tendo uma boa idéia de sua missão.

Como deve ser a reação do Vaticano à condenação?

É muito provável que o Vaticano tente evitar comentar o assunto, tanto porque não há conveniência em dar eco a um fato no qual a Igreja não se sai bem, como porque pode ser muito doloroso e conflitante trazer à tona os aspectos mais nefastos de uma época durante a qual o catolicismo latino-americano esteve a ponto de se implodir.

Fonte: Estadão

Vaticano lamenta corrente “neomarxista” na América Latina

O Vaticano lamentou o desenvolvimento na América Latina de uma corrente de influência ”neomarxista” que tenta marginalizar a Igreja Católica, apontou um comunicado publicado nesta terça-feira pelo Sínodo dos Bispos para a América.

O Sínodo para a América é uma instância consultiva encarregada de assessorar o Papa.

O órgão do Vaticano assinalou sua preocupação com o desenvolvimento da corrente, “que provoca desequilíbrio nas relações internacionais e na realidade interna dos países da América Latina”, afirma a nota.

O Sínodo se reuniu nos dias 9 e 10 de outubro para examinar “a situação social e eclesiástica nos diferentes países do continente americano”.

A corrente neomarxista, aponta o órgão, “tenta ignorar a Igreja Católica e não reconhecê-la como um agente de diálogo social”, adicionou o comunicado.

O Sínodo dos Bispos para a América declarou também sua preocupação com a “promoção de série de leis contrárias às normas éticas”, como o aborto e a eutanásia, além da “infiltração de um espírito que não tem de acordo com os valores cristãos nos setores da educação e da comunicação”.

Em abril, bispos mexicanos, apoiados pelo Papa Bento XVI, ameaçaram excomungar os deputados que legalizaram o aborto na Cidade do México.

Além disso, a viagem de Bento VI ao Brasil – de 9 a 13 de maio – esteve marcada sobre essa polêmica.

O Sínodo também denunciou as más influências para o continente oriundas “da produção e do tráfico de drogas, da violência e da corrupção política”; além de citar o fenômeno da migração, “que empobrece os países de recursos humanos, provocando grandes problemas sociais nos Estados que acolhem os imigrantes”.

O organismo parabenizou, entretanto, o “desenvolvimento econômico promissor em alguns países, apesar deles poderem efetuar uma distribuição de renda mais eficaz da riqueza e dos recursos naturais”.

Fonte: AFP

Pesquisa mostra que 77% dos israelenses não apostam na paz

A pesquisa “Índice da Paz”, publicada mensalmente no jornal Haaretz, revela que 77% dos judeus israelenses vêem o primeiro-ministro Ehud Olmert e seu governo como incapazes de assinar um acordo de paz com os palestinos em nome de Israel.

A nova pesquisa tem o título de “Sem grandes esperanças para Annapolis”, em referência à conferência marcada pelos Estados Unidos para que israelenses e palestinos possam fazer uma declaração conjunta sobre a criação de um estado palestino.

Dos entrevistados pelo Haaretz, 62% consideram que a questão palestina é a mais urgente na agenda do governo, e 65% afirmam que, do ponto de vista de Israel, a questão não pode continuar da forma como está.

A pesquisa mostra que apenas 39% dos judeus – que, por sua vez, representam 80% da população de Israel, de um total de sete milhões de habitantes – acreditam que a conferência permitirá às duas partes envolvidas esclarecer suas diferenças.

Quanto às questões mais complicadas do conflito palestino-israelense, a maioria dos entrevistados é contrária a grandes concessões por parte do estado judeu. Cerca de 59% rejeitam a transferência de bairros árabes de Jerusalém aos palestinos para que possam servir de capital de um futuro estado soberano em troca de um acordo de paz. Por outro lado, 33% apóiam a medida.

A pesquisa revela ainda que 87% dos judeus israelenses asseguram não estarem preparados para o retorno de pelo menos um refugiado palestino a Israel, enquanto 6% aceitam a volta de até 100 mil e 3% estariam dispostos a aceitar qualquer número que ficasse decidido.

Sobre o papel que os EUA terão de desempenhar em Annapolis, 41% acreditam que o país deveria atuar como árbitro ou mediador em caso de dificuldades entre as partes quanto ao estabelecimento de um compromisso, contra 52% que se opõem à idéia.

Fonte: EFE

Rice usa religião para promover a reconciliação no Oriente Médio

A secretária de Estado americana Condoleezza Rice, que prepara no Oriente Médio uma esperada reunião de paz, usou nesta quarta-feira a religião para promover a reconciliação entre israelenses e palestinos, durante uma visita à Basílica da Natividade.

Apesar de uma agenda muito apertada, Rice, que se considera muito religiosa, fez uma pausa para rezar na Basílica de Belém, cidade natal de Jesus Cristo, na Cisjordânia.

Rice iniciou sua visita na parte da basílica reservada aos gregos ortodoxos antes de passar para a parte armênia, mais católica, segundo membros de sua comitiva.

“Estar aqui, na cidade natal de nosso Senhor e nosso salvador Jesus Cristo, foi uma experiência muito especial e muito emocionante”, declarou Rice aos jornalistas no claustro da basílica.

“Para mim isto lembra (…) que estas grandes religiões monoteístas que povoaram esta terra conjuntamente têm uma oportunidade de superar suas divergências e deixar de lado seus rancores, de transformar o poder da religião em um poder de reconciliação e não de divisão”, acrescentou.

A ministra palestina do Turismo, Julud Duaibess, saudou uma “visita inesquecível” de Rice, primeira chefe da diplomacia americana que visita Belém desde Madeleine Albright em 1999.

“Espero que esta visita dê à secretária de Estado a energia necessária para superar o desafio da preparação da conferência e que esta leve a paz para a região e para os territórios palestinos”, acrescentou.

Em torno da basílica e no caminho tomado pelo comboio de Rice foram estabelecidas rigorosas medidas de segurança.

As ruas da cidade, cuja economia se viu duramente afetada pelos bloqueios e pela barreira de proteção erguida por Israel, estavam praticamente desertas.

Enquanto Rice visitava a basílica, dezenas de palestinas, mães de presos detidos em Israel, se reuniram para exigir a libertação dos filhos.

Rice, cujo pai e avô eram pastores presbiterianos, havia expressado seu contentamento na segunda-feira por poder viajar para o local onde teria nascido Jesus Cristo.

“Creio que será uma grande emoção para mim (…) começo a me lembrar da estrada de Ramallah, e isto me dará a oportunidade de visitar outra parte dos territórios (palestinos) e me reunir com a sociedade civil”, declarou.

Além de sua visita à igreja, Rice se reuniu em Belém com membros do governo palestino, com homens de negócios e com representantes da sociedade civil.

Ela ainda deve viajar para Ramallah para um novo encontro com o presidente palestino Mahmud Abbas antes de se reunir em Jerusalém com sua colega israelense Tzipi Livni. Deverá ainda participar de um jantar de trabalho com o primeiro-ministro Ehud Olmert.

A visita de Rice, a sétima que faz à região desde o início do ano, está centrada nos preparativos de uma reunião muito esperada sobre o Oriente Médio que os Estados Unidos querem organizar antes do final do ano.

Ao término de um encontro com Abbas na segunda-feira, Rice pediu que palestinos e israelenses cheguem em um acordo sobre a elaboração de um documento “concreto” antes da reunião internacional, julgando que “chegou o momento” de se criar um Estado palestino.

Na terça-feira, Rice viajou para o Cairo, onde obteve um apoio prudente do Egito para a reunião, que deverá ser realizada em novembro ou dezembro em Annapolis, perto de Washington.

Fonte: AFP

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