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Padre condenado por atentado ao pudor ficará em liberdade

Um padre e um funcionário de um colégio do interior paulista podem aguardar em liberdade o trânsito em julgado das sentenças que os condenaram pelo crime de atentado violento ao pudor, com violência presumida (quando as vítimas são menores de 14 anos ou não podem oferecer resistência).

A liberdade provisória foi concedida em liminar pelo ministro Hamilton Carvalhido, do STJ (Superior Tribunal de Justiça)

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, os crimes aconteceram em Rio Claro, cidade do interior paulista, em um tradicional colégio católico. Segundo a apuração, o padre levava os alunos à diretoria, onde cometia os abusos. As crianças tinham entre 8 e 10 anos de idade.

O padre, diretor da escola, foi condenado pela Justiça do Estado de São Paulo a 16 anos e três meses de reclusão pelo abuso de três alunas da escola. Um funcionário também foi condenado a 13 anos e seis meses de reclusão.

Após a expedição de mandado de prisão contra os dois condenados, a defesa impetrou habeas corpus no STJ pedindo a concessão de liberdade provisória até o trânsito em julgado da sentença. Alegou que houve ilegalidade da expedição do mandado de prisão antes do trânsito em julgado das condenações. Sustentou também que os dois permaneceram em liberdade durante toda a instrução processual e julgamento do recurso de apelação.

O relator do caso no STJ, ministro Hamilton Carvalhido, concedeu a liminar por entender que a prisão foi fundamentada no fato do exaurimento da instância recursal ordinária e não na concreta necessidade da prisão cautelar, afrontando assim a lei e a Constituição Federal.

De acordo com o STJ, o Ministro destacou que esse é um caso de presunção da desnecessidade da custódia cautelar, que ocorre quando o réu é primário, tem bons antecedentes e respondeu solto ao processo.

Fonte: Última Instância

Grupo de “militantes” ataca mesquita e mata dois fiéis no Afeganistão

Um grupo de “militantes armados” atacou uma mesquita na província centro-oriental afegã de Maidan Wardak e matou dois fiéis, enquanto outros dez ficaram feridos, informou uma fonte oficial.

Segundo o chefe do distrito de Sayed Abade, o ataque aconteceu ontem à noite, às 20h hora local (12h30 de Brasília), quando os agressores abriram fogo em uma mesquita da área de Dasht Top, situada no distrito.

Os insurgentes poderiam ser “talibãs”, segundo a fonte, que explicou que os insurgentes abandonaram a região após o tiroteio.

Embora os combates entre a insurgência talibã e as forças internacionais e afegãs sejam constantes, sobretudo no sul do país, as províncias do centro e do leste do Afeganistão foram palco nos últimos meses de contínuos seqüestros.

Fonte: EFE

Cardeal mexicano recebe ameaças de morte

O cardeal mexicano Norberto Rivera denunciou ter recebido ameaças de morte via ligações telefônicas anônimas na Catedral Metropolitana e na Basílica de Guadalupe, o principal santuário católico nacional.

“Estou em risco continuamente. Até agora não tenho medo, mas com freqüência recebemos ligações me ameaçando. Tudo isto não é saudável para o país”, afirmou o religioso em uma entrevista à rede de televisão mexicana Televisa.

A Arquidiocese do México e a Ordem dos Advogados Católicos culparam diretamente o Partido da Revolução Democrática (PRD) e os líderes da Rede de Sobreviventes de Abusos Sexuais de Sacerdotes pelos atos.

Rivera foi processado nos Estados Unidos por proteger um sacerdote que abusou sexualmente de mais de 80 crianças em paróquias do México e do país vizinho.

O porta-voz do PRD, Gerardo Fernández, negou que membros do partido estejam por trás dos atos e pediu ao arcebispo que apresente provas ou se retrate.

A denúncia do mais prestigioso prelado católico mexicano ocorreu depois que nesta segunda-feira o porta-voz da Arquidiocese, Hugo Valdemar, denunciou que o cardeal foi agredido por ativistas de esquerda quando saia no domingo para realizar a homilia na Catedral Metropolitana e dirigia-se a seu veículo.

Os manifestantes “protestaram, cuspiram, fizeram ameaças de morte” contra o cardeal, diante da complacência da polícia local, disse Valdemar.

O cardeal disse que até agora não avisou as autoridades federais ou locais sobre as ligações, mas comentou que não pode viver com a insegurança.

Afirmou que devido a estes incidentes teve que ordenar o fechamento da catedral e pedir as autoridades a adoção de medidas para garantir a segurança do templo.

Fonte: Folha Online

Pastor Silas Malafaia volta a atacar o homossexualismo

O pastor Silas Malafaia (foto) voltou à atacar, em seus programas de televisão levados ao ar aos sábados pela Rede TV e pela TV Bandeirantes, a prática do homossexualismos e o Projeto de Lei 122/2006 que beneficia a prática homossexual.

Há pouco tempo, o vice-presidente da Assembléia de Deus da Penha, no Rio de Janeiro, causou grande polêmica ao usar preceitos científicos para desfazer certas deses defendidas pelos homossexuais:

“A ciência e a teologia concordam que Deus fez macho e fêmea e não uma sociedade de andróginos e bissexuais. Não existem cromossomos homossexuais, portanto essa tese é furada”, sentenciou.

Neste fim de semana, Malafaia desferiu novos ataques contra a turma do arco-íris reafirmando seu direito à liberdade de expressão e conclamando fiéis e todos aqueles que são a favor da família a tomarem uma atitude.

Malafaia recomenda que o povo brasileiro mande e-mails aos senadores de seus Estados como forma de pressão contra o Projeto de Lei Complementar que prevê sanções para práticas discriminatórias contra aqueles que acham “saudável” ser gay e define penas para quem discriminar sexualmente no trabalho, em ambientes públicos e privados, escolas, hotéis, bares e em caso de aluguel de imóveis.

“Bombardeiem com e-mails os senadores”, afirmou. “Os grupos homossexuais querem botar uma mordaça gay na sociedade.”

Editorial

Em seu site (www.prsilasmalafaia.com.br), o pastor Malafaia faz um alerta a sociedade em um editorial sobre o homossexualismo. Confira abaixo:

No momento em que escrevo estas palavras, encontra-se tramitando no Senado Federal um projeto de lei que propõe oficializar “a livre expressão de afetividade homossexual em locais públicos ou privados abertos ao público”.

Nós, evangélicos, em defesa da família, da moral e dos princípios bíblicos, queremos expressar o nosso protesto contra esse projeto de lei. Amamos os homossexuais, mas não concordamos com a prática do homossexualismo.

Não concordamos, porque a homossexualidade é uma rebelião consciente contra o que Deus estabeleceu na Criação. A Bíblia diz que Deus criou o ser humano como macho e fêmea, e em seguida instituiu o casamento heterossexual e a família. A civilização humana tem perdurado até hoje por causa desse princípio bíblico.

Nenhuma sociedade é mais forte do que a vitalidade de suas famílias, e a vitalidade de suas famílias depende do relacionamento entre pessoas de sexos opostos, dos relacionamentos heterossexuais.

A homossexualidade é uma distorção do que Deus criou. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, ela é classificada como abominação, paixão infame, perversão moral (Lv 18.22; Rm 1.26,27; 1Co 6.9,10).

Alguns afirmam que a homossexualidade é de origem biológica, genética. O indivíduo já nasceria homossexual. Porém, nenhum cientista jamais conseguiu provar isso. Na cadeia genética do ser humano, não existe nenhum fator, nenhuma ordem cromossômica homossexual. Admitir tal coisa seria o cúmulo do absurdo. Existem cromossomos que determinam o sexo feminino e cromossomos que determinam o sexo masculino.

A homossexualidade é, antes de tudo, uma questão de comportamento, de preferência. É uma conduta aprendida ou induzida. Psicólogos e psiquiatras são unânimes em afirmar que o fator mais importante para uma criança decidir sua preferência sexual é a maneira como ela é criada. Isto é mais importante do que o próprio fator genético.

Se toda prática deturpada, pecaminosa, imoral for legalizada, onde vai parar a nossa sociedade? Se a sociedade legalizar suas aberrações, ela se destruirá. Um erro moral nunca pode ser um direito civil.

Porém, qualquer homossexual que confessar o seu pecado, receber Jesus como Salvador e obedecer à Sua Palavra, poderá tornar-se um heterossexual, poderá ser recuperado e liberto. Jesus tem poder para isto.

Fonte: Brasil Wiki e site do Pr. Silas Malafaia (www.prsilasmalafaia.com.br)

Justiça condena pela primeira vez um padre por crimes contra a humanidade

A Justiça da Argentina condenou nesta terça-feira, 9 de outubro, a prisão perpétua, o padre Christian Von Wernich (foto), 68 anos, o primeiro religioso condenado por crimes contra a humanidade durante a ditadura militar (1976-1983).

O ex-capelão da Polícia da província de Buenos Aires, de 68 anos, foi sentenciado à pena máxima prevista pelas leis locais por participar de sete homicídios qualificados, 31 casos de tortura e 42 privações ilegais de liberdade.

A condenação foi imposta pelo mesmo tribunal que, em 2006, condenou a prisão perpétua um ex-policial, no primeiro julgamento oral e público por violação a direitos humanos realizado após a anulação das “leis do perdão”, que tinham livrado mais de mil repressores da cadeia.

“Todos os fatos mencionados são crimes contra a humanidade no âmbito do genocídio”, afirmou o presidente do tribunal, Carlos Rozanski, após enumerar os casos pelos quais o padre foi condenado.

A decisão histórica foi realizada em meio a integrantes de organismos humanitários que se encontravam tanto dentro quanto fora da sede do tribunal e que receberam a notícia com aplausos e gritos de euforia.

Antes de saber o veredicto, Von Wernich rompeu o silêncio que manteve durante grande parte do processo e, recorrendo a passagens bíblicas, aludiu à necessidade de “reconciliação”.

“O fim não justifica os meios. Se queremos chegar à verdade, temos que fazê-lo com paz e reconciliação, porque um coração cheio de mágoa é um coração que não entende o que Deus quer e o que o homem precisa: reconciliar-se”, declarou.

Horas antes, o advogado de Von Wernich havia solicitado ao Tribunal Federal da cidade de La Plata que absolvesse o sacerdote, argumentando que durante o julgamento ficaram “mais dúvidas que certezas”.

“Talvez tudo esteja preparado antes de começar” para condenar a Von Wernich, ressaltou seu advogado, Juan Cerolini. Ele alegou que o processo “violou o princípio de igualdade perante a lei, como foram violados os julgamentos de Nuremberg e Tóquio”.

Cerolini assegurou que o religioso só “oferecia serviços sacramentais” às pessoas detidas pela ditadura”.

Durente as audiências, muitas testemunhas declararam que Christian Von Wernich colaborou com a ditadura, ao exercer o papel de “agente de inteligência”, um dos advogados de acusação.

As testemunhas disseram que o sacerdote se oferecia para ouvir as confissões de presos ilegais em centros clandestinos da ditadura para conseguir informações e que ele participou de sessões de tortura.

Durante o processo, que começou no dia 5 de julho, mais de 70 pessoas, dentre elas sobreviventes da repressão, parentes de desaparecidos e testemunhas de seqüestros depuseram contra o padre.

Também foram realizadas inspeções em quatro centros de detenção clandestinos, onde as testemunhas reconheceram os lugares por onde o padre circulava.

Entidades de direitos humanos vêm reivindicando com insistência que a hierarquia da Igreja Católica argentina se pronuncie sobre as ações de Von Wernich durante o regime militar.

Até o momento, só alguns bispos e sacerdotes questionaram “o silêncio” de parte da Igreja na chamada “guerra suja”, que deixou cerca de 30.000 desaparecidos, de acordo com números de entidades humanitárias.

Condenação de religioso foi “decisão histórica”, diz Governo argentino

O Governo da Argentina e organizações de direitos humanos destacaram a “decisão histórica” que condenou à prisão perpétua hoje o sacerdote católico Christian Von Wernich, o primeiro religioso sentenciado por crimes de lesa-humanidade cometidos durante a última ditadura militar no país.

O secretário de Direitos Humanos da Argentina, Eduardo Luis Duhalde, considerou que se trata de “uma decisão histórica” e disse que agora espera “que todos os responsáveis” por crimes cometidos durante o regime sejam punidos.

O secretário de Política Criminal e Assuntos Penitenciários da Argentina, Alejandro Slokar, declarou que a de hoje é a segunda decisão condenatória emitida por um tribunal do país por “delito de lesa-humanidade no marco do genocídio” perpetrado entre 1976 e 1983 no território argentino.

Christian Von Wernich, ex-capelão da Polícia da província de Buenos Aires, de 68 anos, foi condenado à prisão perpétua por participar de sete homicídios qualificados, 31 casos de tortura e 42 de privações ilegais de liberdade.

Às portas do tribunal da cidade de La Plata (60 quilômetros ao sul de Buenos Aires), onde foi realizado o julgamento, Mabel “Tati” Almeida, da organização Mães da Praça de Maio-Linha Fundadora, disse, entre lágrimas, estar “muito satisfeita” com a sentença.

Destacou o fato de o tribunal ter condenado Von Wernich pelo assassinato de María del Carmen Morettini.

“É algo muito forte, histórico e faz-se justiça após 30 anos. É hora de a Igreja se pronunciar, já que jamais o fez”, enfatizou Mabel.

A advogada Miriam Bregman, representante da organização “Justiça Já” – querelante no julgamento -, assegurou que ficou “provado que Von Wernich foi uma peça-chave do genocídio e que atuava nos centros de repressão”.

“Tínhamos de ganhar a batalha. Conseguimos mostrar a verdade e queremos seguir brigando para que se reconheça que são genocidas e que se merecem a prisão”, disse.

Bregman, que representa familiares das vítimas e organizações de direitos humanos, afirmou que agora trabalhará para que o ex-capelão “não obtenha privilégios” na hora de cumprir com sua pena, em um centro penitenciário da província de Buenos Aires.

Fonte: EFE e Último Segundo

Igreja italiana retira funções de padre que diz amar mulher

Um padre italiano que declarou publicamente seu amor por uma mulher perdeu sua ocupação, a diocese de Pádua afirmou nesta terça-feira.

O reverendo Sante Sguotti não pode mais trabalhar como pastor na paróquia de Monterosso e não pode ouvir confissões de fiéis, segundo declaração da diocese. No entanto, Sguotti continua como padre e pode celebrar missas.

Sguotti ocupou as manchetes dos jornais italianos em agosto quando foi à rede nacional de televisão para declarar que amava uma mulher e que gostaria de ser seu namorado, apesar de continuar casto.

O caso reiniciou o debate sobre o celibato, particularmente porque a mulher em questão tem um filho pequeno. Ele evitou responder se era o pai do garoto, afirmando que, de acordo com a lei da igreja, não pode ter filhos.

O bispo Antonio Mattiazzo emitiu um decreto na segunda-feira, removendo Sguotti de suas funções pastorais, pois Sguotti “esteve ligado por algum tempo com uma mulher e pediu por uma dispensa para sair com ela”.

Fonte: Folha Online

Resistência ao Evangelho diminui após cura de rapaz

Há poucos dias, Sohan, um missionário da Gospel for Asia (GFA), ficou acordado tarde da noite, compartilhando o Evangelho com aproximadamente 100 pessoas em uma aldeia em Maharashtra, Índia.

Pela primeira vez, eles tinham fome de ouvir suas palavras. Isso porque naquele mesmo dia aquelas pessoas assistiram a um milagre.

Um dos amigos deles, de nome Barindra, teve reestabelecida a consciência depois de ser ferido em um acidente de motocicleta. O homem estava desacordado, prestes a morrer e sem atendimento médico, após um acidente de moto.

Desesperada, a comunidade local pediu para que o missionário Sohan fosse vê-lo, na tentativa de que algo pudesse acontecer.

Os aldeões enviaram vários mensageiros para a casa de Sohan lhe pedindo para orar por Barindra, que estava severamente ferido.

O missionário, ao lado de outros homens da Faculdade Bíblica GFA, não sabia se era uma armadilha de extremistas anticristãos na área, mas decidiu confiar em Deus e ir.

Os missionários caminharam na escuridão e finalmente chegaram à casa de Barindra, onde eles o acharam caído na estrada e inconsciente, conforme a família dele havia descrito.

Barindra foi lançado de alguma maneira para fora da motocicleta em alta velocidade. Um aldeão o achou na estrada, inconsciente, e chamou a família dele. Eles quiseram levá-lo para o hospital, mas não havia nenhuma forma de transportá-lo tão tarde da noite.

Curandeiro é chamado para ressuscitar o rapaz

Alguns vizinhos chamaram um curandeiro para ajudar Barindra. Quando Sohan chegou ao local, ele ainda tentava fazer rituais mágicos, mas nada acontecia. E na medida que nenhuma resposta positiva acontecia, a família de Barindra ficava ainda mais amedrontada.

Quando o curandeiro desistiu, os missionários começaram a orar fervorosamente por Barindra. No final da oração, Sohan falou com Barindra, lhe dizendo: ’Acorde em nome de Jesus’.

Imediatamente, Barindra despertou e ficou assustado com o número das pessoas que estavam aos pés dele, olhando para ele.

Os aldeões perguntavam a Sohan como isto podia ter acontecido. Desta forma, o missionário pode compartilhar como Jesus tinha mudado sua própria vida, pode falar do sacrifício na cruz e das boas novas.

Pedidos de oração

A cura de Barindra abriu o Evangelho nesta difícil área, onde há muitos casos de perseguição aos cristãos por parte dos hindus. Pessoas que resistiam a ouvir o Evangelho estão abrindo seus corações para ouvir as boas novas de Jesus.

Sohan pede oração por esta aldeia para que todos os que ali vivem conheçam a Jesus Cristo. Ele também pede oração para que a Palavra de Deus continue sendo pregada por toda a Ásia e para que os estudantes da Faculdade Bíblica GFA possam conduzir muitos da região para Cristo.

Fonte: Portas Abertas

Prêmio Nobel pede manifestação da Igreja

O prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, exigiu, ontem, “um esclarecimento de parte da hierarquia eclesiástica” a respeito do julgamento contra o ex-capelão da polícia da capital, Christian Von Wernich.

“Muitos setores da Igreja devem se pronunciar. Esperamos um gesto, um esclarecimento da hierarquia eclesiástica”, expressou Pérez Esquivel, ao entrar no edifício do Tribunal, onde ocorreu o início das alegações da Promotoria.

Esquivel afirmou que seria “importante um pronunciamento” da Igreja, para não recair “no revanchismo e no ódio”.

Testemunha no processo contra o ex-capelão, Pérez Esquivel assinalou que uma sentença condenatória serviria para começar “a fechar as feridas do nosso povo”.

A advogada do movimento “Justiça Já”, Miriam Bregman, pediu que Von Wernich seja condenado como autor de “genocídio”.

“Ele não é partícipe, é autor e peça chave do genocídio; é uma engrenagem de uma única maquinaria repressiva que atuava em todo o país”, declarou Bregman em sua alegação diante do tribunal.

O advogado da família do jornalista Jacobo Timerman, Afasto Ramos Padilla, pediu “a condenação máxima da escala penal” para o sacerdote.

Amanhã será conhecida a sentença dos três juízes do tribunal federal de La Plata, a 50 km ao sul da capital, que desde julho cuidam do processo do sacerdote católico, acusado de cumplicidade em delitos de lesa humanidade durante o período da ditadura militar no país.

Von Wernich, 69 anos, é acusado de ser co-autor de sete homicídios, de ter participado em 31 casos de tortura e em 42 seqüestros cometidos em cinco centros clandestinos de detenção nos quais o religioso ingressava livremente.

Mais de 70 testemunhas falaram durante o juízo, muitos deles sobreviventes dos campos de detenção. Elas relataram que von Wernich não cumpria nenhum trabalho pastoral, senão que as visitava, depois das sessões de tortura, exortando-as a confessar e a colaborar com os torturadores, para que cessassem os tormentos.

Fonte: ALC

Vaticano reage a anúncio de vida artificial

O Vaticano reagiu com prudência ao anúncio de que o cientista americano Craig Venter criou um cromossomo sintético que pode levar à primeira forma de vida artificial da Terra.

A Igreja Católica evitou criticar diretamente a descoberta, por não ter sido ainda publicada em revista científica. Mas, como o poder de criar formas de vida é, na visão religiosa, uma exclusividade de Deus, o Vaticano não deixou de dar uma estocada em Venter.

“Eu me lembro de quando um laboratório coreano anunciou ter clonado um homem. A notícia provocou impacto no mundo inteiro. Mas era uma mentira, uma fábula”, disse o presidente do Conselho para a Pastoral dos Agentes Sanitários do Vaticano (espécie de Secretaria da Saúde), cardeal Javier Lozano Barragán.

Comentar o anúncio do pesquisador americano, para o cardeal, “seria como falar de uma coisa que tem a consistência de um fantasma”.

No sábado, o jornal inglês The Guardian publicou uma reportagem sobre o cromossomo sintético criado por Craig Venter. Segundo o jornal, o pesquisador separou o cromossomo da bactéria Mycoplasma genitalium e o desmontou até o mínimo necessário à vida. Em seguida, em cima daqueles elementos genéticos básicos, reconstruiu o cromossomo com novas características.

O novo cromossomo, batizado de Mycoplasma laboratorium, foi introduzido numa célula de bactéria. O que o cientista espera é que o material genético – criado artificialmente – passe a comandar a bactéria e crie uma nova forma de vida. Ela dependerá de sua capacidade de duplicar-se e metabolizar-se na maquinaria molecular da célula na qual foi inserida.

“Vamos deixar de apenas ler o código genético e começar a escrevê-lo. Isso nos dá a capacidade hipotética de fazer coisas que nunca antes contemplamos”, disse Craig Venter.

Apesar da prudência do Vaticano diante do anúncio, muitos pesquisadores acreditam na realização do americano, mesmo sem ter sido publicada numa revista científica. Venter tem boas credenciais. Em 2001, ele anunciou, simultaneamente com um grupo rival de cientistas, o primeiro seqüenciamento de um genoma humano. A idéia do americano havia sido encarada com ceticismo na época do anúncio.

Fonte: Estadão

Papa e líderes judeus discutem ressurgimento de anti-semitismo

Líderes judeus disseram na segunda-feira, ao papa Bento 16, estar preocupados com o ressurgimento do anti-semitismo e pediram às autoridades do Vaticano que adotem medidas contra o padre extremista da Polônia acusado de dar declarações ofendendo o judaísmo.

Uma delegação do Congresso Mundial Judaico (WJC) comandada pelo presidente da entidade, Ronald S. Lauder, reuniu-se com o papa no gabinete particular de Bento 16. No encontro, também foram discutidas formas de melhorar o diálogo entre os cristãos, muçulmanos e judeus.

O secretário-geral do WJC, Michael Schneider, afirmou à Reuters que, entre os assuntos discutidos, constava o problema do “ressurgimento do anti-semitismo”, especialmente em alguns países europeus.

Em um comunicado, o WJC disse que o grupo “pediu ao papa a adoção de medidas contra os membros da Igreja que desejam prejudicar a relação positiva e de proximidade existente entre os cristãos e os judeus”.

Durante dois dias de encontros, Lauder afirmou a autoridades do Vaticano que as manifestações do padre polonês Tadeusz Rydzyk não “deveriam mais ser toleradas”, afirmou o comunicado.

Grupos judaicos e de defesa dos direitos humanos acusaram Rydzyk de disseminar o anti-semitismo e de ingerência indevida em questões políticas.

Rydzyk comanda um poderoso império midiático católico, do qual fazem parte da Rádio Maryja e o canal de TV Trwam, cuja audiência soma milhões de poloneses.

O Vaticano repreendeu o padre. Mas Bento 16 reuniu-se com ele em agosto.

A Igreja polonesa ainda não conseguiu chegar a um acordo sobre o que fazer com Rydzyk, temendo que muitos fiéis idosos e pobres afastassem-se do culto católico.
Mas no começo deste mês, o cardeal Stanislaw Dziwisz, secretário do papa João Paulo 2o durante décadas, acusou Rydzyk publicamente de tentar dividir a Igreja e de manchar o legado do pontífice falecido.

Rydzyk conta com o apoio do primeiro-ministro polonês, Jaroslaw Kaczynski, e do irmão gêmeo dele, o presidente Lech Kaczynski. Os dois assumiram ao poder nas eleições de 2005, com a ajuda do padre.

Fonte: Reuters

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