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Padre suspeito de violar 11 menores é detido no México

A Polícia do estado de Guerrero, no sul do México, deteve um sacerdote acusado de violentar uma menina de 7 anos e suspeito de violência sexual contra outras 10 menores em 2004, informaram nesta quinta-feira as autoridades locais.

Hermilo Gerardo Solís Jaimes foi detido na tarde de quarta-feira, após celebrar uma missa na comunidade de Xochixtlahuaca, em Guerrero, na divisa com o estado de Oaxaca.

O padre, de 51 anos, é acusado pelas autoridades de violentar uma menina de 7 anos. A Procuradoria Geral de Justiça do Estado informou que também investiga sua suposta participação em outros 10 casos de estupros de menores.

Todas as meninas foram supostamente abusadas sexualmente em 2004, num seminário localizado na comunidade de Dos Caminos, no município de Chilpancingo, capital de Guerrero, 580 quilômetros ao sul da Cidade do México.

O sacerdote foi posto à disposição da Promotoria de Delitos Sexuais, que conduzirá as investigações.

Fonte: EFE

Igreja Católica excomunga membros do “Exército de Maria”

A Igreja Católica excomungou vários membros da “Comunidade da Senhora de todos os Povos”, mais conhecida como “Exército de Maria” – um grupo considerado responsável por um cisma religioso, com sede em Quebec, anunciou nesta quinta-feira a Conferência de Bispos do Canadá.

O arcebispo de Quebec há havia revogado em 1987 o estatuto de “pia união” concedido ao grupo, fundado em 1971 por uma mulher, Marie-Paule Giguère, de 86 anos, que dizia ser a reencarnação da Virgem Maria.

A declaração de excomunhão abrange todas as pessoas que participaram no dia 3 de junho em Quebec da ordenação “inválida” de seis padres, indicaram os bispos canadenses em comunicado.

Estes haviam sido ordenados por um outro padre, Jean-Pierre Mastropietro, e não por um bispo, como prevê o direito canônico.

Todas as pessoas “que agiram de forma a criar um ato de cisma ao participar das ordenações receberam excomunhão automática (latae sententiae) – a pena mais severa prevista pela Igreja Católica, precisaram os bispos canadenses.

A decisão foi assinada no dia 11 de julho pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal William Levada, tendo recebido a aprovação do Papa Bento XVI.

A declaração da Igreja reafirma “com clareza e firmeza que a doutrina desenvolvida “pelo Exército de Maria “é herética. Quem quer que tenha, intencionalmente e deliberadamente aderido a essa doutrina incorre na excomunhão por heresia”.

O grupo também está presente na França, nos Estados-Unidos, na Áustria, na Jamaica e na Itália, segundo o jornal The National Post.

Fonte: AFP

Muçulmanos iniciam mês do Ramadã

Começou nesta quinta-feira o Ramadã, mês mais sagrado para a religião muçulmana. Neste período, que corresponde ao da revelação do Corão ao profeta Maomé, as pessoas fazem jejum do amanhecer até o pôr-do-sol. Também é proibido beber, fazer sexo, ter pensamentos impuros e fumar.

O horário de trabalho é restrito e, ao cair da noite, os muçulmanos então se reúnem com familiares e amigos para quebrar o jejum.

Eles ainda têm direito a outra refeição na madrugada, antes do amanhecer.

Mas nem todos os muçulmanos são obrigados a jejuar. Crianças, doentes e mulheres grávidas ou menstruadas estão isentas, apesar de algumas começarem o jejum dias antes para compensar o período em que ficam menstruadas durante o Ramadã.

Para estrangeiros, o mês sagrado também significa modificar alguns hábitos.

Muitos restaurantes e lojas de bebidas alcóolicas fecham suas portas, e os preços de táxis e outros serviços costumam subir. Isso porque o Ramadã é um período de se dividir as riquezas com os mais pobres.

Fonte: BBC Brasil

Padre Marcelo Rossi sofre pré-infarto, mas passa bem

O padre Marcelo Rossi foi internado na noite de quarta-feira no Hospital Nipo-Brasileiro, no Parque Novo Mundo, Zona Sul de São Paulo. Após passar por exames, os médicos diagnosticaram um pré-infarto. Rossi passa bem e já recebeu alta.

Em seu programa Momento de Fé, veiculado na manhã de ontem na Rádio Globo AM, ele comentou sobre seu estado de saúde: “Ontem (quarta-feira), fui internado. Quem me acompanhou na Sônia Abrão (apresentadora de programa na RedeTV!) ontem deve ter percebido que eu estava muito mal. Pensei que fosse uma virose; mas não, foi um pré-infarto do miocárdio”.

O sacerdote cancelou sua missa da manhã no santuário Mãe de Deus, localizado na avenida das Nações Unidas, em Santo Amaro, também na Zona Sul paulistana. Ele viajou ontem para Porto Alegre (RS) onde seria examinado por seu cardiologista particular, segundo informou a administração do Hospital Nipo-Brasileiro.

Fonte: O Povo

Emissora religiosa entra no ar na Tunísia para divulgar Islã moderado

Os tunisianos iniciaram ontem o mês do Ramadã com o lançamento de uma nova emissora de rádio destinada a divulgar exclusivamente os princípios do Islã moderado e combater o extremismo religioso.

A emissora é uma iniciativa particular, que é dedicada exclusivamente a divulgar o Alcorão e os aspectos essenciais da corrente sunita, a qual pertencem os muçulmanos tunisianos.

Entre dezembro e janeiro, a Tunísia teve sua fronteira com a Argélia invadida por um comando terrorista que, segundo as autoridades, tinha a intenção de atacar centros turísticos e comerciais, assim como embaixadas ocidentais.

O Exército enfrentou o comando nas cidades de Haman Lif e Soliman, causando a morte de quatorze de seus membros e detendo outros quinze.

Fonte: EFE

Livro de teólogo é censurado pelo vaticano

O teólogo americano de origem vietnamita Peter Phan, professor da Universidade de Georgetown e padre da diocese de Dallas, se tornou o novo alvo do zelo doutrinário do Vaticano, em particular da Congregação para a Doutrina da Fé – nome com que o papa Paulo VI rebatizou o Santo Ofício, em 1965.

Phan, que já presidiu a Sociedade Teológica Católica dos Estados Unidos, publicou em 2004 o livro Being Religious Interreligiously: Asian Perspectives on Interfaith Dialogue (Ser religioso de forma inter-religiosa: Perspectivas asiáticas sobre diálogo entre crenças, Orbis Books, US$ 26,60). Na obra, ele propõe uma abordagem positiva das religiões não cristãs.

Segundo a revista National Christian Reporter (natcath.org), o teólogo já recebeu uma carta assinada pelo arcebispo Angelo Amato, o número 2 da Congregação para a Doutrina da Fé, em que pede, em 19 “comentários”, que reconsidere suas teses e peça à editora para não reimprimir o livro.

Ambigüidades

O Vaticano e a hierarquia da Igreja nos Estados Unidos avaliaram que o livro de Phan contém “sérias ambigüidades” em relação a pontos essenciais da doutrina católica.

Entre os pontos problemáticos, estão reflexões de Phan que enfraqueceriam o papel de Cristo como “Salvador único e universal” e o da Igreja como instrumento para essa salvação.

O Vaticano não decidiu ainda se vai punir Phan e assegurou que “o diálogo prosseguirá”, segundo porta-voz da Conferência dos Bispos dos EUA. Segundo o vaticanista John Allen Jr., o novo caso confirma que não há nada que preocupe mais as autoridades eclesiásticas católicas, Bento XVI à frente, do que iniciativas que favoreçam o “relativismo religioso”.

Em março, o Vaticano condenou seis pontos do pensamento do jesuíta Jon Sobrino. A Congregação para a Doutrina da Fé considerou que o espanhol, que vive desde 1958 em El Salvador, não endossava a doutrina de que Cristo é “verdadeiramente Filho de Deus que se fez homem”.

Fonte: Estadão

Madonna participa de conferência sobre a Cabala em hotel de Tel Aviv

A cantora americana Madonna assistiu ontem a uma conferência sobre a Cabala em um hotel de Tel Aviv no marco da visita pessoal que, junto com outras celebridades, realiza a Israel para celebrar o ano novo judaico.

A cantora, que não falou com a imprensa, vestia um casaco preto e um gorro vermelho e assistiu à palestra com outros adeptos desta corrente do judaísmo, que sistematiza doutrinas do Antigo Testamento.

Esta foi a primeira aparição pública dela desde que chegou a Israel na quarta-feira junto com outros artistas para celebrar o início, na noite do mesmo dia, do ano 5768 desde a criação do mundo, segundo a tradição judaica.

Além de Madonna e de seu marido Guy Ritchie, participam da celebração a atriz Demi Moore e seu marido Ashton Kutcher, a estilista Donna Karan e a comediante Rosie O’Donnell.

Os visitantes famosos se hospedaram em dois hotéis das praias de Tel Aviv, que permanecerão fechados por dez dias sob rígidas medidas de segurança, disse à Efe Assaf Levy, do Centro Internacional da Cabala, que promove a viagem.

“Os hotéis foram transformados em um grande centro da Cabala com a instalação de lojas especializadas”, afirmou Levy, que acrescentou que os membros do grupo assistirão durante sua estadia a “sessões de estudo e meditação”.

Madonna começou a se interessar pela Cabala durante uma visita que fez a Israel em 2004.

Pouco depois, adotou o nome judaico de Esther e passou a ser vista com uma fita vermelha presa no pulso, o que, segundo a tradição judaica, serve para impedir mau-olhado e afastar inveja e pensamentos negativos.

O interesse da cantora gerou protestos entre grupos de judeus fundamentalistas, que afirmam que a Cabala é um conhecimento complexo que deve ser proibido às mulheres, alegando que elas podem “enlouquecer”.

Fonte: EFE

Teologia da prosperidade tem enfoque bíblico equivocado, afirma carta pastoral

O conceito bíblico de prosperidade é muito diferente daquele difundido por igrejas evangélicas através da Teologia da Prosperidade. O alerta consta em carta pastoral do Colégio Episcopal da Igreja Metodista do Brasil sobre a Teologia da Prosperidade.

O estudo desse conceito deve levar em conta o conjunto dos textos da Bíblia e não apenas alguns em particular, como teólogos dessa corrente costumam fazer para sustentar suas idéias.

“Vivemos numa sociedade que busca a prosperidade a qualquer custo, renunciando a solidariedade, a justiça, o bem-estar dos outros, atitudes essas compatíveis à cidadania do Reino de Deus”, definem os bispos.

No Antigo Testamento, anuncia a carta, existem pelo menos dez palavras hebraicas diferentes que pertencem ao mesmo campo de significado: prosperar, ter êxito e sucesso, sair-se bem, fazer crescer, fortalecer, pacificar, ser frutífero, fartar-se e riqueza. “Portanto, a Bíblia tem seu próprio conceito de prosperidade”, diferente dos atuais.

Prioritariamente, avaliam os bispos metodistas, prosperidade não é obter vantagens pessoais ou ganhar dinheiro. Prosperidade, segundo a Bíblia, pode significar ser forte e corajoso, como Moisés o foi. Na oração de Neemias, prosperidade equivale a praticar a misericórdia. O povo de Deus entendia que fazer o bem e agir de modo correto era ser próspero.

Muitos textos bíblicos associam o êxito e o sucesso na vida com a conduta sábia, o discernimento e a perspicácia no trato com a instrução de Deus. Trazer a paz ao mundo também pode ser considerada uma atitude de sucesso. Uma definição bíblica que resume todas as demais diz que o próspero é uma pessoa que imita o agir de Deus. “O Salmo 1 mostra essa pessoa. É o justo”, aponta a Carta do Colégio Episcopal.

Para os bispos metodistas, “a idéia de prosperidade, espúria à Bíblia, é a mesma oferecida a Jesus por satanás. É uma prosperidade relacionada a dinheiro, lucro, êxito na vida e sucesso nos empreendimentos pessoais”. Na carta pastoral eles acrescentam: “O sistema de vida que a teoria da prosperidade defende está cheio de competições: patrão/empregado, nação rica/nação pobre. Quem é mais forte elimina o mais fraco”.

A carta pastoral, que traz a visão bíblica-teológica e a orientação dos bispos sobre o tema, destaca que o salmista e o profeta Jeremias denunciam a forma de prosperidade que é perigosa para a estabilidade e o bem-estar da vida humana, pois é uma prosperidade que tem no dinheiro, na promoção pessoal e no êxito empresarial o valor maior.

Fonte: ALC

Escolas adventistas aparecem entre as melhores do país ensinando o criacionismo

De acordo com os dados do Ministério da Educação (MEC), as matrículas nos colégios católicos cairam 20% na última década, enquanto crescia os colégios adventistas que se sobressaem por seu bom nível acadêmico aparecendo até entre as melhores do país nos rankings do MEC.

O ensino religioso remonta aos primórdios do Brasil colonial. Foram os padres jesuítas, patrocinados pela coroa portuguesa, os fundadores de algumas das primeiras escolas brasileiras no século XVI. A educação, no Brasil de então, se prestava basicamente a disseminar o catolicismo e arrebanhar fiéis.

Nos séculos seguintes, outras ordens religiosas vieram movidas pelo mesmo propósito: elas esparramaram tantas escolas pelo país que, juntas, chegaram a concentrar 80% das matrículas do ensino médio nos colégios particulares, como revela um censo do início do século XX.

Reinaram sem concorrência na elite do ensino até a década de 60, quando uma leva de escolas privadas começou a lhes roubar espaço, e elas tiveram de se reformular pela primeira vez para sobreviver aos novos tempos.

Foi aí que os colégios confessionais se aproximaram dos laicos, ao se tornar menos doutrinários e desobrigar os estudantes de velhos hábitos, como ir à missa ou comungar. A segunda mudança nessas escolas é recente, e está sendo impulsionada por outro fenômeno de mercado: o surgimento de grupos privados de ensino, mais profissionais na gestão e tão ou mais eficientes nos resultados acadêmicos.

Resume o especialista Claudio de Moura Castro: “Ninguém mais matricula o filho numa escola só porque ela ensina religião, como ocorria antes, mas, sim, por oferecer um conjunto de bons serviços”.

É justamente nesse quesito que muitas das escolas confessionais têm falhado, segundo mostra uma nova pesquisa sobre o assunto. De acordo com os dados do Ministério da Educação (MEC), as matrículas nos colégios católicos chegaram a cair 20% ao longo da última década. Estabilizaram-se, mas hoje não saem do lugar. O trabalho revela que, no mesmo período, crescia a um ritmo surpreendente um outro tipo de escola religiosa: os colégios comandados pelos adventistas, egressos de um ramo protestante dos mais tradicionais da igreja evangélica.

O fato chamou a atenção dos especialistas. Já são 318 dessas escolas no país, com 37% mais alunos do que dez anos atrás. Elas sobressaem em meio a milhares de outras não só porque proliferam rapidamente, mas também por seu bom nível acadêmico, aferido por medidores objetivos: algumas das escolas adventistas já aparecem entre as melhores do país nos rankings de ensino do MEC.

Os especialistas são unânimes em afirmar que um dos fatores que impulsionam essas e as outras escolas religiosas que dão certo no Brasil são valores que os pais acreditam ver nelas reunidos. É algo difícil de mensurar, mas foi bem mapeado por uma nova pesquisa que ouviu 15 000 pais de estudantes brasileiros de colégios religiosos.

Ao justificarem sua escolha por uma escola confessional, eles foram específicos: acham que esses colégios são mais capazes de difundir valores “éticos”, “morais” e “cristãos” (mesmo que eles próprios não sejam seguidores de nenhum credo). Um exemplo concreto do que agrada aos familiares, no caso das escolas adventistas: o incentivo local ao convívio das crianças com a natureza.

Em vários dos colégios, cachorros transitam livremente pelas salas de aula e, num deles, o contato estende-se ao Pequeno Éden, um pátio por onde perambulam pôneis e galinhas. Em Embu das Artes, cidade de São Paulo onde fica a escola que sedia o tal “Éden”, a diretora explica que a idéia é reproduzir o “clima do paraíso”. O que também agrada a pais de todos os credos são as regras conservadoras ali aplicadas, entre elas a proibição de brincos e colares, para as meninas, e cabelo comprido, para os meninos. “Quero minha filha num ambiente onde se cultivem a disciplina e os bons hábitos”, resume a secretária Vanda Balestra, mãe de Ludmila, de 16 anos. A jovem é católica e compõe o grupo dos 70% de estudantes matriculados em escolas adventistas que não seguem a religião.

Em sala de aula, onde se acompanha o currículo do MEC, são basicamente dois os momentos em que essas escolas se diferenciam das demais. O primeiro é nas classes de religião, muitas vezes diárias, durante as quais são entoados, com vigor fora do comum, cantos bíblicos como “A Bíblia é palavra de vida / Um canto de amor que Deus escreveu para mim” e crianças de 4 anos, como a pequena Larissa Conrado, manuseiam a versão infantil do Velho Testamento.

Outra diferença aparece nas aulas de ciências, nas quais os estudantes são apresentados, sem nenhuma espécie de visão crítica, à explicação criacionista do mundo, segundo a qual homens e animais foram criados por Deus, tal como está na Bíblia. Esse, sim, é um evidente atraso. Historicamente, o criacionismo vigorou no meio acadêmico até o século XIX, quando foi superado pela teoria da evolução de Charles Darwin, que pela primeira vez esclareceu a origem dos seres vivos com base em evidências científicas. Em escolas de estados mais conservadores nos Estados Unidos, ainda hoje o criacionismo predomina – e Darwin é banido do currículo.

No caso dos colégios adventistas brasileiros, as crianças aprendem as duas versões. A diretora de uma das escolas, Ivany Queiroga da Silva, explica como a coisa funciona: “Deixamos claro nosso ponto de vista, criacionista, mas damos a chance de os alunos conhecerem os dois lados”. Por quê? “Respeitamos todos os nossos clientes. Além disso, eles precisam conhecer Darwin para passar no vestibular.”

Esse pragmatismo dos adventistas é outro fator que ajuda a explicar o sucesso de suas escolas. Enquanto muitos dos colégios católicos ainda são administrados de modo mais antiquado, tal qual um século atrás, os adventistas implantaram um novo conjunto de medidas para profissionalizar a gestão.

Do primeiro colégio, inaugurado em 1896 na cidade de Curitiba, foi-se das aulas dadas por pastores no quintal da igreja às atuais unidades, nas quais diretores freqüentam cursos superiores de administração escolar e os melhores professores recebem bônus no salário. Reconhecidos pelo mérito, eles rendem mais em sala de aula – algo básico, mas ainda raro no Brasil. Para traçarem seu plano de expansão, os adventistas, que já são donos de seis universidades e uma editora de livros didáticos, também não hesitaram ao contratar consultores para definir “as demandas do mercado”.

Foi decisivo para saber onde abrir novas unidades. Em 2008, eles pretendem inaugurar uma universidade e mais vinte escolas. Conclui o professor Orlando Mário Ritter, um dos diretores da rede adventista: “Para nós, encarar a educação como negócio não é sacrilégio. Estamos, afinal, no século XXI”. Falta ainda a essas escolas, no entanto, entender que o criacionismo foi superado pela ciência há mais de um século.

Fonte: Revista Veja – Edição 2025 de 12 de setembro de 2007

Paróquia “gay” provoca polêmica entre ortodoxos russos

A Igreja Ortodoxa Russa considerou “uma farsa” a criação de um templo ortodoxo para as minorias sexuais em Moscovo e apelou ao “arrependimento” dos homossexuais.

“Pessoas que romperam com a Ortodoxia, que se afastaram da Igreja de Cristo, embora vistam batinas, enveredaram pela via da justificação do pecado e, por muito que tentem enganar, a sua iniciativa não tem nada a ver com o Evangelho e o Novo Testamento, porque a resistência consciente a uma verdade evidente é um pecado contra o Espírito Santo”, declarou à agência noticiosa Interfax o sacerdote Mikhail Prokopenko, dirigente do centro de imprensa do Patriarcado de Moscovo da Igreja Ortodoxa Russa.

O padre Mikhail Prokopenko comentou assim a abertura, no sábado passado, de um templo para as minorias sexuais em Moscovo pela Igreja Ortodoxa Apostólica Reformadora.

”Um gay veio ter comigo. Veio pedir-me um conselho e contar a sua história. Que devia fazer eu?(…) Conversamos. Depois apareceram mais. É uma raridade quando um sacerdote ortodoxo ouve pessoas de orientação sexual não tradicional, mas toda a pessoa tem direito à vida espiritual”, justificou-se o arcebispo Alexis, criador da Igreja Reformadora.

Antigo sacerdote da Igreja Ortodoxa Russa, o arcebispo Alexis criou a Igreja Reformadora por considerar que a ortodoxia necessita de ser modernizada. Por enquanto, a liturgia é celebrada num apartamento da capital russa, mas os “reformadores” dizem contar com o apoio de outras correntes cristãs para alargar as suas atividades.

”Isso é uma farsa do princípio ao fim”, considerou o padre Prokopenko, acusando o arcebispo Alexis de “cometer uma ilegalidade atrás de outra impulsionado pela lógica falsa do escândalo”.

”A Igreja está aberta para todos, independentemente do pecado cometido: para homossexuais, ladrões, assassinos e até heréticos”, acrescentou o sacerdote ortodoxo, mas sublinhou que “deve haver arrependimento e a decisão firme de abandonar o pecado”.

O arcebispo Alexis acusou o clero da Igreja Ortodoxa de hipocrisia.

”Penso que cada um que estudou num seminário teve a ver com gays. Havia-os entre os professores, entre os mais altos hierarcas. Ficava sinceramente espantado com eles. É tão difícil mentir constantemente a si próprio e a Deus”, frisou o sacerdote dissidente.

Alexis teve a idéia de criar uma igreja para “hippyes, punks, anarquistas, gays e lésbicas”durante a última tentativa de realização de uma parada gay em Moscovo.

Os manifestantes foram alvo de agressões por parte de crentes ortodoxos e, um deles, pediu ajuda a um sacerdote que assistia aos confrontos.

”O sacerdote deu-lhe um murro na cara”, lembrou o arcebispo renovador, que sublinhou ter mulher e filhos e seguir a “orientação sexual tradicional”.

Fonte: Lusa

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