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Papa esclarece observações e é criticado por não muçulmanos

Muçulmanos irritados com as observações do Papa Bento 16 sobre o Islã não são os únicos falando sobre a possibilidade de um pedido de desculpas. “Por que deveria pedir desculpas?” perguntou Daniele Corbetta, 43, psicóloga em Roma. “Existe liberdade de expressão, e o que ele disse é objetivamente verdadeiro.”

Havia, sem dúvida, certa efervescência onde Corbetta estava, com milhares de peregrinos e turistas, provavelmente poucos muçulmanos, na praça de São Pedro na quarta-feira (20/9), quando o papa novamente falou do discurso no qual havia citado o imperador medieval que chamou o Islã de “diabólico e desumano”.

Três dias depois de dizer que “sentia muito” pela reação as suas observações feitas na semana passada na Alemanha, Bento procurou esclarecê-las mais uma vez.

“Essa citação, infelizmente, foi mal entendida”, disse ele, aludindo aos protestos e ataques a igrejas por muçulmanos ofendidos. “De forma alguma eu queria tornar minhas as palavras do imperador medieval.”

“Queria explicar que quem anda junto não é a religião e a violência, mas a religião e a razão”, disse ele, e acrescentou que esperava ter deixado claro seu “profundo respeito pelas religiões mundiais e pelos muçulmanos”.

Mas na multidão aqui, e em grande parte do mundo não muçulmano, havia vozes como a de Corbetta, dizendo que o papa não precisava ficar se explicando.

Talvez ele pudesse ter sido mais diplomático em sua escolha de citações em seu discurso em Regensburg, Alemanha, dizem alguns. Mas católicos e outros não muçulmanos dizem que Bento tinha se distinguido de outros líderes mundiais nesta época de tensão, falando sobre a violência e o Islã – e que a reação violenta às suas observações simplesmente provavam seu ponto.

“Já era hora de alguém das religiões judaico-cristãs do Ocidente finalmente falar que alguns dos ensinamentos de Maomé são usados de forma violenta”, disse Steven Gottesfeld, 40, judeu americano que participou com sua mulher católica romana da audiência semanal pública do papa.

Para alguns católicos, o discurso de Bento – com toda sua complexidade e tudo que continua obscuro sobre o que ele queria dizer – foi um ponto importante em seu pontificado e talvez um momento histórico de clareza. Eles dizem que assim como seu predecessor, João Paulo II, teve um papel importante no fim do comunismo, talvez o papel de Bento seja falar contra o islamismo militante.

Alguns defensores do papa dizem que ele não deveria fazer o pedido de desculpas que muitos muçulmanos estão exigindo. Para eles, o uso das palavras “sinto muito” no domingo já deu a impressão de recuo.

“Para mim pareceu que, ao pedir desculpas e recuar um pouco, ele estava estimulando mais da violência e revolta nas ruas”, disse Edward Morrissey, 43, que nesta semana divulgou uma “carta aberta” ao papa em seu blog Captain ‘s Quarters, instando-o a não pedir mais desculpas.

“É da natureza do radicalismo que se você der uma polegada, eles pegam uma milha. Por isso eu queria dizer: não passe disso”, disse ele em entrevista telefônica de Minnesota, onde trabalha como gerente de uma central de atendimento.

É difícil saber como católicos e outros não muçulmanos se dividem sobre as observações do papa. Certamente um grande número de fiéis acha que de fato escorregou em seu discurso.

“Ele devia pedir desculpas. Coloca-se muita ênfase nos fundamentalistas islâmicos, nos militantes, e não na fé. Nós adoramos o mesmo Deus. Eles têm respeito pela Virgem Maria”, disse Jennifer Ferreris, 20, estudante de teologia do Boston College, que veio ver o papa falar durante uma viagem a Roma.

Mesmo que Bento tenha sugerido algo que alguns acreditam ser verdade – sobre um elo entre a violência e o Islã, especialmente depois dos ataques de 11 de setembro – os críticos dizem que não é necessariamente o papel do papa dizê-lo. Isso poderia minar sua autoridade como figura acima dos conflitos, dizem eles, ou até alimentar um ódio contra muçulmanos contrário ao cristianismo.

“Perdi um pouco do respeito por ele”, acrescentou Ferreris. “Talvez tenha agido inadvertidamente, mas ele é chefe de nossa igreja; deveria ser o mais tolerante.”

Se a segurança da audiência geral semanal, aberta a todos, estava reforçada em resposta às ameaças de morte em sites militantes islâmicos, era difícil de perceber. Em um dia de outono perfeito, o papa chegou ao local como sempre em um “papamóvel” sem vidros blindados.

A raiva no mundo muçulmano parece estar esfriando. Na terça-feira, até o presidente Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, que fez declarações extremas sobre inúmeros assuntos, expressou “respeito” pelo papa e aprovação por ele ter “modificado” suas observações.

Ainda assim, o Vaticano parecia ansioso em reduzir tensões. As observações de Bento na quarta-feira foram a quarta vez que o Vaticano tentou esclarecer o assunto – incluindo a rara expressão papal de arrependimento no domingo.

Mas se suas palavras constituem um pedido de desculpas é uma das questões mais contenciosas, tanto entre católicos quanto entre muçulmanos.

“O papa expressou pesar pelas reações, mas não retirou um milímetro do que disse, pela simples razão que não tem intenção ou necessidade de fazê-lo”, disse o reverendo Thomas Berg, diretor executivo do Instituto Westchester de Ética e da Pessoa Humana, em Nova York. “O que ele disse em Regensburg foi cuidadosamente calculado, e a mensagem continua valendo. Ele estava chamando o mundo muçulmano a sentar-se na mesa da religião equilibrada.”

Para alguns dos defensores mais conservadores do papa, suas observações foram saudadas como uma afirmativa de sua abordagem geralmente mais dura ao Islã do que seu predecessor. Para eles, o discurso sugeriu o tipo de conversa honesta que pode produzir resultados, em vez de meras palavras sobre liberdade religiosa e “reciprocidade” – a idéia que cristãos devem apreciar a mesma liberdade em países muçulmanos quanto muçulmanos em países cristãos.

Rocco Buttiglione, ex-ministro da cultura italiano e intelectual católico conservador que conhece o papa pessoalmente, disse que o discurso era um exemplo da crença de Bento que o diálogo com outras fés começa com honestidade sobre si mesmo e o outro. Ele observou que grande parte do discurso do papa criticava o Ocidente.

“No começo é difícil”, disse ele. “Se você for amigo de uma pessoa e quiser falar a verdade com ela, a primeira reação provavelmente será ruim. Mas, com o tempo, ela vai entender.”

A questão, entretanto, é enturvada pelo fato de que o papa e o Vaticano parecem estar dizendo que ele não estava marcando uma posição específica sobre o Islã, que o discurso era uma condenação geral da violência em nome da religião.

Então continua a incerteza: se ele disse alguma coisa sobre o Islã, se de fato pediu desculpas ou se foi completamente direto, seja em suas observações originais ou em seus esclarecimentos subseqüentes. Para Buttiglione e outros partidários, o caso serve de um exemplo de como este novo papa funciona quando tem opiniões fortes sobre alguma coisa, mesmo que cause controvérsia.

“Acho que é apenas o começo”, disse ele. “Tenho certeza que Bento 16 tem muitas surpresas armazenadas. Ele não tem medo.”

Fonte: The New York Times

Cardeal mexicano prepara defesa contra acusação de pedofilia

A Arquidiocese do México confirmou ontem que o cardeal Norberto Rivera Carrera trabalha numa estratégia legítima para enfrentar uma denúncia na Suprema Corte da Califórnia, Estados Unidos, por “conspiração à pedofilia”.

O porta-voz da Arquidiocese, Hugo Valdemar, afirmou que o cardeal “está tranqüilo”, pois “não cometeu nenhum crime”.

“É um pedido que vem do exterior, devemos proceder com transparência, porque as leis norte-americanas não são como as mexicanas. Vamos proceder de acordo com os advogados”, destacou o porta-voz.

Valdemar reconheceu, no entanto, que o pedido afetará a Igreja Católica, mas ressaltou que “não será provada” a cumplicidade de Riviera Carrera com o padre Nicolás Aguilar, acusado de pedofilia.

O cardeal era bispo de Tehuacán, Puebla, em 1987, e conheceu o sacerdote Nicolás Aguilar quando foi trabalhar em sua diocese.

Segundo um relatório da Comissão de Direitos Humanos do Distrito Federal, 60 crianças sofreram abuso sexual do sacerdote, que foi responsável pelas paróquias das comunidades San Nicolás Tolentino, em 1997, e de Cuacnopalan, em 1986, ambas pertencentes à diocese de Tehuacán.

Quatro crianças de 12 e 13 anos de idade acusaram Aguilar de pedofilia em 27 de novembro de 1997. Os pais dessas crianças as levaram ao Ministério Público da cidade para denunciar o clérigo, que obrigou os pequenos a manterem relações sexuais com ele.

Num comunicado, a Arquidiocese do México acusou a Rede de Sobreviventes de Abusos de Sacerdotes de perseguir “obscuros fins” ao assessorar Joaquín Aguilar, que entrou com o processo na Justiça para denunciar o cardeal aos Estados Unidos.

Fonte: ANSA

Instituto abre consulta e internautas se posicionam sobre decisão metodista

O Instituto Teológico João Wesley, localizado em Porto Alegre, abriu fórum de consulta aos pastores, às pastoras e lideranças da 2a. Região Eclesiástica, que abrange o Estado do Rio Grande do Sul, sobre a decisão conciliar de retirar a Igreja Metodista dos organismos ecumênicos que tenham a presença da Igreja Católica e de grupos não-cristãos.

O resultado da consulta, que termina a coleta na quarta-feira, 27, servirá de subsídio à administração regional e à delegação gaúcha eleita para representar a 2a. Região Eclesiástica na segunda etapa do 18. Concílio Geral, que estará reunido na Universidade Metodista de São Paulo, dias 12 a 15 de outubro. A expectativa é que a decisão de sair dos organismos ecumênicos seja retomada.

Se dependesse das enquetes do Portal dos Metodistas Online e do Blog Metodistas & Ecumênic@s, a decisão do Concílio Geral de Aracruz, em julho, seria outra. O Portal pergunta se o internauta aprovou a saída da Igreja Metodista dos órgãos ecumênicos. De 2.695 votos, computados até hoje pela manhã, 61,71% não aprovaram, 37,85% aprovaram e 0,45% se declararam indiferentes à decisão.

O blog pergunta ao internauta se ele gostaria que a decisão do Concílio Geral a respeito do ecumenismo fosse revista. De 166 respostas, 72,28% querem uma revisão e 27,71% não a querem.

Em esclarecimento sobre a evasão de membros da Igreja Metodista no Estado de Minas Gerais e Espírito Santo, o bispo Josué Adam Lazier, da 4a. Região Eclesiástica, que abrange os dois Estados brasileiros, desmentiu informações de que o fenômeno estaria vinculado ao ecumenismo com a Igreja Católica.

“Lamento que esta idéia antiecumênica seja divulgada como sendo a de todos os membros, pastores e pastoras da 4a Região Eclesiástica. Não o é, pois a grande maioria dos membros em nossas igrejas locais não participa destas preocupações. Reconheço que há pessoas, leigos e clérigos, que fazem restrições ao ecumenismo, sobretudo com a Igreja Católica, mas isto não pode ser colocado de forma genérica, como alguns estão fazendo”, ressalva o bispo.

Adam Lazier garante, no esclarecimento, que existe um “despertamento missionário saudável e frutífero” e que a 4a Região vem crescendo numericamente. O bispo lamenta o crescimento de idéias estranhas na Igreja Metodista, “muitas delas oriundas do âmbito dos movimentos neopentecostais, e que acabam sendo introduzidas em nosso meio”.

O bispo explica que a Igreja Metodista também é igreja pentecostal, uma vez que ela é movida “pela ação dinâmica do Espírito Santo de Deus. Mas ela não segue o curso dos modismos denominados de neopentecostais, que apresentam eclesiologias, práticas, ministérios e ações pastorais que não combinam com a identidade doutrinária e a confessionalidade que fundamentam a organização da igreja”.

Fonte: ALC

TV está indecisa quanto à falsa crucificação de Madonna

MadonnaA rede de televisão NBC ainda não decidiu se vai permitir que a popstar Madonna encene uma crucificação no ar dentro do especial de seu concerto que a emissora vai transmitir.

A artista de 48 anos vem fazendo da cena da crucificação, que representa suspensa em uma cruz gigante e usando uma coroa de espinhos, o ponto central da sua turnê mundial “Confessions”.

A cena atraiu protestos acirrados da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa russa durante apresentações recentes da cantora em Roma e Moscou. Líderes das igrejas qualificaram a crucificação de blasfêmia.

Mas os executivos da NBC, que pertence à General Electric, vão aguardar até que os criadores do especial do concerto submetam a produção à sua revisão para decidir se autorizam a transmissão da cena.

O programa está previsto para ir ao ar em novembro, mas ainda não foi marcada uma data específica.

Fonte: Último Segundo

Evangélico é acusado de abusar sexualmente adolescente

Um evangélico, 41 anos, da Igreja Adventista, em São Luis, Maranhão, é acusado de abusar sexualmente uma adolescente numa pousada no centro da cidade.

Segundo a avó da vítima, 65 anos, que reside no bairro do Anjo da Guarda, o evangélico contratava garotas para trabalhar em campanha política.

– Ele fez o convite para que a jovem fosse trabalhar na Cidade Operária. Pegaram o ônibus no Anjo da Guarda e quando chegaram na Praça Deodoro o religioso levou a adolescente para uma Pousada atrás da Santa Casa da Misericórdia – contou.

A avó da adolescente disse que o indivíduo é casado e mora atualmente no Anjo da Guarda. Ela contou ainda que chegou a ser assediada pelo evangélico.

O caso foi registrado na Delegacia Especial da Mulher, localizada na avenida Beira-Mar.

Fonte: Imirante.com

Viúva se mata na pira funerária de seu marido em ritual proibido

Uma viúva morreu depois de se jogar sobre a pira funerária de seu marido no estado de Madhya Pradesh, no centro da Índia, informou hoje a agência de notícias “PTI”.

Foi o segundo caso em um mês de suicídio cometido de acordo com uma tradição proibida por lei.

Segundo fontes policiais, o novo caso de “sati” (imolação de uma viúva na pira funerária do marido) aconteceu ontem na localidade de Baniyani, no distrito de Chhatarpur. Uma mulher de 95 anos, Kuria se lançou à fogueira em que ardia o corpo de seu marido, Siaram Rajput, que havia morrido um dia antes.

Os quatro filhos de Kuria foram detidos pela Polícia. Eles são acusados de assassinato, conforme a Lei de Prevenção do Sati, informou o administrador do distrito, Ajatshatru Shrivastava, que foi ao local para supervisionar a abertura de uma investigação.

Outras pessoas que assistiram ao funeral também foram detidas por incitar a mulher a se imolar, informou o inspetor geral da Polícia, Swarn Singh.

Vários moradores da localidade se manifestaram nas ruas exigindo a construção no local de um “templo de sati”, por considerar o ato sagrado.

O sati, uma prática do Hinduismo com mais de 700 anos de tradição, normalmente é incentivado pela família do marido. O sacrifício é proibido na Índia desde 1829 e considerado praticamente extinto. Mas ainda se registram alguns casos isolados.

A lei prevê até a pena de morte para quem, direta ou indiretamente, estimular, aplaudir ou festejar o ritual.

Em 22 de agosto, Janakrani, uma mulher de 45 anos, cometeu sati no povoado de Tulsipur, também no estado de Madhya Pradesh. Ela se lançou à fogueira de noite, quando não havia mais ninguém no local.

Por isso, a Polícia não pôde acusar ninguém, mesmo admitindo a dificuldade de demonstrar se foi um suicídio voluntário ou se a viúva se viu forçada pela sociedade e pela família.

As organizações de defesa da mulher dizem que a idéia que justifica o sati é que o valor das mulheres depende dos homens. A continuidade da prática, afirmam, é uma prova da discriminação da mulher na Índia.

Fonte: EFE

Hugo Chávez fala para Papa ‘medir suas palavras’

Hugo ChavezO presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aconselhou nesta terça-feira o papa Bento VX a ser mais cauteloso com suas palavras, dizendo que achou “perturbadoras” as últimas afirmações do pontífice sobre o Islã e a guerra santa.

“Acho que o Vaticano deveria esclarecer melhor esta posição porque creio que muitas dúvidas ainda permanecem entre nossos irmãos muçulmanos de todo o mundo”, disse Chávez. “Vimos com perturbação as palavras do papa”.

“Aqueles cujas palavras têm tanto peso (não deveriam) afirmar algo que possa causar confusão e jogar mais lenha na fogueira”, disse o presidente venezuelano à televisão estatal. Chávez e representantes da Igreja Católica na Venezuela sempre tiveram uma relação difícil desde que o presidente foi eleito pela primeira vez em 1998.

O líder venezuelano expressou que gostaria de ter uma boa relação com a igreja, mas já chegou a chamar sua liderança de “tumor”. Líderes católicos, em troca, têm sido os principais críticos de Chávez, acusando-o de acumular muito poder. Mais de 90% dos venezuelanos são católicos.

Promotoria de Roma investiga supostas ameaças ao papa

A Promotoria de Roma decidiu nesta quarta-feira investigar as ameaças realizadas nos últimos dias contra o papa, a Santa Sé e a cidade de Roma em sites na internet supostamente vinculados a organizações terroristas islâmicas.

As investigações são coordenadas pelo responsável do grupo antiterrorista da Promotoria de Roma, Franco Ionta, e pretendem verificar se as ameaças podem ser consideradas crimes de instigação a cometer atentados contra um chefe de Estado [o papa Bento 16].

Após o discurso pronunciado pelo papa em 12 de setembro na universidade de Regensburg, na Alemanha, apareceram mensagens em vários sites ameaçando papa e estimulando os internautas e cometerem atentados na Cidade do Vaticano e em Roma.

Ionta ordenou às forças de segurança que realizem uma meticulosa investigação nos sites nos quais apareceram as ameaças, para chegar até os responsáveis pelas mensagens.

As ameaças terroristas levaram o governador civil de Roma, Achille Serra, a reforçar todos os serviços de segurança na capital.

“Não existe uma ameaça específica, mas estaríamos nos escondendo se não tomássemos consciência da situação. Os serviços de segurança serão reforçados e a atenção será redobrada”, afirmou Serra.

Fonte: Último Segundo e Folha Online

IECLB solidariza-se com bispo e pastores de Rondônia

A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) emitiu nota solidarizando-se com o bispo católico dom Antônio Possamai, da Diocese de Ji-Paraná, Rondônia, com a pastora Jandira Keppi e o pastor Walter Sass, do Sínodo da Amazônia da IECLB, que vêm sendo ameaçados e processados pelo governador do Estado por terem manifestado descontentamento pela corrupção verificada em áreas do governo.

Tal situação “é uma agressão à livre expressão de opinião e, portanto, ao estado de direito em nosso país”. Assinada pelo pastor presidente Walter Altmann, a nota da IECLB destaca que pressões para fazer calar a voz de defensores dos direitos humanos não têm sido casos isolados e episódicos no país. A igreja lembra a irmã Dorothy Stang, que, mesmo informadas as autoridades que ela corria risco de morte, não recebeu proteção especial.

“Não queremos que algo semelhante aconteça em Rondônia com outras pessoas que têm um compromisso com a vida e a verdade”, destaca a IECLB. “É preciso dar um basta às intimidações de pessoas e instituições que denunciam a corrupção”, pede a nota dos luteranos, que têm a chancela dos pastores e pastoras sinodais e dos presidentes dos Conselhos Sinodais de todas as regiões do país.

Em agosto, a Diocese de Ji-Paraná, o Sinodo da Amazônia da IECLB, o Projeto Padre Ezequiel, o Fórum Transparência Ji-Paraná, a Cáritas Diocesana e o Conselho de Leigos divulgaram cartaz com a foto de 23 deputados estaduais que estão sendo investigados pela Polícia Federal por corrupção e desvio de recursos públicos.

Também o governador da Rondônia e candidato à reeleição, Ivo Cassol, aparece no cartaz. Ele está sendo processado no Superior Tribunal de Justiça sob a acusação de formação de quadrilha, desvio de dinheiro público, extração e contrabando de diamantes.

“Vá em frente, dom Antônio Possamai! Estamos nessa luta contigo!”- encorajam estudantes, professores e funcionários dos cursos de Física, Matemática e Pedagogia da Universidade Federal de Ronônia (UNIR), Campus de Ji-Paraná. “Isso não é questão de religiosidade… É cidadania”, arrolam os acadêmicos, lamentando que a política do medo e a mordaça ressurjam, “tentando calar os que assumem seu compromisso cidadão”.

Fonte: ALC

Arquivo do Vaticano ‘tem documentos sobre Brasil’

VaticanoDocumentos enviados ao Vaticano pela Nunciatura Apostólica no Brasil entre 1922 e 1939 fazem parte do acervo que a Santa Sé colocou à disposição dos pesquisadores a partir desta segunda-feira.

Os historiadores têm agora à disposição cerca de 30 mil dossiês e dezenas de milhares de documentos relativos ao pontificado de Pio 11. São 17 anos, de 1922 a 1939, considerados como um dos períodos mais difíceis do século XX.

“Este pontificado se coloca entre as duas guerras mundiais, vê o surgimento de nazismo, fascismo e comunismo, a crise de 29, a guerra civil espanhola e a guerra no México”, explica Gian Maria Vian, professor de história da Igreja Católica na Universidade la Sapienza de Roma.

Em entrevista à BBC Brasil, o professor, que irá pesquisar no arquivo do Vaticano, afirmou que o material do acervo conta com documentos vindos do Brasil.

“A representação diplomática pontifícia no Brasil tem 180 anos, é de 1826, portanto há importantes documentos”, afirmou Gian Maria Vian.

Até hoje, o embaixador da Santa Sé no Brasil é considerado o decano do corpo diplomático no país por fazer parte da representação que é considerada a mais antiga, tendo chegado ao Brasil nos tempos do Império.

História civil e política

O monsenhor Ricardo Dias Neto, chefe de redação do jornal do Vaticano, “Osservatore Romano”, explicou que “o pontificado de Pio 11 foi muito rico e, no que diz respeito ao relacionamento com a Santa Sé, o Brasil sempre teve uma precedência muito grande”.

Na opinião do religioso, a abertura dos arquivos vai interessar os historiadores brasileiros, não apenas do ponto de vista religioso.

Foi durante o pontificado de Pio 11 que Getúlio Vargas chegou ao poder no Brasil.

“O interesse vai ser principalmente para uma atualização de documentos sobre a história da Igreja mas também sobre a história civil e política do país”.

O material proveniente do Brasil não seria apenas a correspondência entre a nunciatura apostólica e Roma.

Segundo o professor Gian Maria Vian, há também documentos do arquivo da nunciatura no Rio de Janeiro, como as cartas das autoridades brasileiras e os detalhados relatórios dos bispos sobre a situação e problemas de cada diocese.

“É uma visão de todo o país, uma documentação importante, de todos os problemas do período que vai de 1922 a 1939”.

Holocausto

Na opinião de analistas, muitos fatos históricos podem ser esclarecidos através do exame dos decretos, encíclicas, correspondência diplomática e papéis da Secretaria de Estado, que formam o arquivo privado do papa.

Segundo o vaticanista Giancarlo Zizola, vai ser possível, por exemplo, entender melhor qual foi a linha política do Vaticano sobre o extermínio de judeus por parte do regime nazista.

“A abertura deste arquivo pode dar indicações sobre a linha da Santa Sé quanto ao Holocausto, saberemos mais sobre os difíceis equilíbrios e as lutas que ocorriam nos andares altos dos palácios do Vaticano a propósito do totalitarismo, da guerra na Espanha e do 3° Reich”, disse ele à BBC Brasil.

Naquele período, alguns dos principais colaboradores de Pio 11 eram futuros papas. Eugenio Pacelli, secretário de Estado, se tornaria Pio 12, criticado por sua atitude pouco solidária com as vítimas do Holocausto. João Batista Montini, papa Paulo 6º, era funcionário da Secretaria de Estado e o futuro João 23 era então enviado apostólico na Bulgária.

Para alguns historiadores, porém, nada de muito revelador deverá surgir desta nova abertura dos arquivos secretos do Vaticano, que começaram a ser liberados para os estudiosos em etapas a partir de 1880.

Segundo a pesquisadora do Centro de Documentação Hebraica de Milão, Liliana Picciotto, “só com a abertura dos arquivos de Pio 12 é que vai se poder entender melhor qual foi o papel do Vaticano durante o Holocausto”.

Apesar das pressões, contudo, esta parte do arquivo ainda não tem data para ser aberta.

Para consultar o arquivo do Vaticano, é preciso ter diploma universitário, com curso de 4 anos, e dispor de carta de apresentação de um instituto de pesquisa.

Fonte: BBC Brasil

EXPOCRISTÃ 2006 supera expectativa de público e evidencia a evolução do mercado cristão

A quinta edição da EXPOCRISTÃ superou mais uma vez as expectativas de público e de volume de negócios realizado durante a maior feira de produtos e serviços para cristãos.

Respondendo ao incentivo da organização, a visitação dos livreiros, lojistas, pastores e líderes teve um crescimento expressivo nesta edição, já que seu acesso ao evento era gratuito.

Quem visitou a feira, pode conferir uma diversidade muito grande de produtos, serviços e eventos. A feira reuniu em um só local mais de 300 empresas do segmento, que estavam divididas em: editoras, gravadoras, alternativos, instrumentos musicais, responsabilidade social e mídia.

A abertura do evento foi oficializada com uma grande celebração, denominada de “Encontro com Presidentes”, reuniu pastores e presidentes de instituições e empresas que puderam comentar sobre o crescimento da igreja no Brasil, a celebração contou com a palestra do Pr. Josué Campanha e comentários de Mário César – presidente da ABIGRAF, Pr. Carlito Paes – presidente do Ministério Propósitos, Pr. Jabes de Alencar – presidente do CIMEB, Pr. José Bernardo – presidente da Amme Evangelizar, Pr. Orlando Silva – presidente do O Brasil para Cristo, Pr. Paschoal Piragine – presidente da CBB, entre outros.

Participou também da abertura oficial da feira, o Governador do Estado de São Paulo, Cláudio Lembo, além de diversos deputados, vereadores e outras autoridades que juntos cortaram a fita inaugural.

Outro evento que marcou a abertura da EXPOCRISTÃ, foi o Banquete Internacional, com devocional do Pr. Márcio Valadão, o jantar contou com a participação de mais de 600 convidados ilustres, além da entrega dos Prêmios ANLE / EXPOCRISTÃ e Consumidor Cristão aos destaques de 2006.

Entre os fatos marcantes desta edição da feira, podemos destacar a Conferência Voe mais Alto, com temas voltados para pastores e líderes, o evento lotou os auditórios e teve como palestrante Dr.Augusto Cury, Prof. Gretz, Pr. Carlito Paes, Pr. Mário Simões e Rev. Jeremias Pereira.

Destaque também para a entrega do disco de platina para o Ministério Diante do Trono, pela vendagem de 250.000 cópias de seu 9º trabalho “Por Amor de Ti, oh Brasil” e disco de Ouro pelo trabalho infantil “A arca de Noé”, outro cantor que também recebeu disco de ouro, foi David Quinlan, pelo seu trabalho “Águas Profundas”, além das premiações foram realizados durante a EXPOCRISTÃ mais de 100 pocket-shows com artistas de diversas gravadoras, sessões de autógrafos de centenas de livros, lançados pelas editoras especialmente na feira, além de desfiles das coleções de roupas das confecções presentes no evento.

Outro destaque da EXPOCRISTÃ 2006 foi para a expressiva participação das empresas de mobiliários, instrumentos musicais, sonorização, responsabilidade social e ministérios.

A divulgação na mídia merece destaque, a feira contou com a presença de diversos veículos de comunicação, tanto da mídia especializada como também da grande imprensa, gerando grande movimentação durante todos os dias da feira.

Cada vez maior e melhor, a quinta edição da EXPOCRISTÃ trás um resultado surpreendente, mostrando mais uma vez o constante crescimento da prática do cristianismo no Brasil.

Confira abaixo os números da EXPOCRISTÃ 2006:

Visitantes divididos em:
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS PARA LOJISTAS – (9,7%)
LIDERES E PASTORES – (35,3%)
MUSICA E SONORIZAÇÃO – (20,9%)
MÍDIA E VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO – (2,0%)
RESPONSABILIDADE SOCIAL – (2,7%)
JOVENS E CRIANÇAS – (21%)
OUTROS – (8,4%)

FATURAMENTO – Mais de 50 milhões de Reais em negócios realizados. (levantamento feito junto às editoras, gravadoras e empresas de produtos alternativos).

NÚMERO DE EXPOSITORES – Mais de 300 empresas de diversos segmentos (editoras, gravadoras, mobiliário, indústria de instrumentos musicais, alternativos, entre outros).

Mais de 100 veículos de comunicação evangélicos e da grande imprensa na cobertura do evento.

Fonte: Assessoria de Imprensa da EBF

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