Vacina
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O estado de Nova York eliminou na quinta-feira (13) a isenção religiosa que permitia aos nova-iorquinos não se vacinarem por motivos religiosos.

A medida, assinada pelo governador Andrew Cuomo após aprovação no Congresso local, veio em resposta ao atual surto de sarampo no estado, que afeta principalmente uma comunidade de judeus ortodoxos.

A lei entra em vigor imediatamente, e estudantes não vacinados terão 30 dias para provar que receberam cada vacina requerida.

No Congresso nova-iorquino, a proposta recebeu 77 votos a favor e 55 contra. O parlamentar Jeff Dinowitz, um dos incentivadores da medida, afirmou que a lei vai salvar vidas

“Eu não sei de nada na Torá, na Bíblia, no Corão ou em qualquer outro lugar que sugira que você não deva se vacinar”, afirmou Dinowitz à Associated Press.

Mesmo com a medida tomada em Nova York, a isenção da vacina por razões religiosas continua valendo em outros 45 estados norte-americanos.

Sarampo nos EUA

Em 30 de maio, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês), informaram que os casos de sarampo nos Estados Unidos continuam aumentando e já passaram de mil neste ano, o maior número no país em 27 anos.

A cidade de Nova York é uma das zonas mais afetadas, com 550 casos reportados desde setembro do ano passado, especialmente no Brooklyn e no Queens, onde mais de 25 mil crianças e adolescentes foram vacinados.

No caso do estado de Nova York, os dois focos se concentram em comunidades judaicas ultraortodoxas, uma no distrito do Brooklyn e outra no condado de Rockland, nos arredores da cidade.

As autoridades já fecharam sete escolas judaicas neste bairro por descumprirem a ordem de não aceitar crianças não imunizadas, uma decisão tomada para tentar conter a expansão da doença.

Em 9 de abril, foi declarado o estado de emergência nas zonas onde se concentram os casos em Nova York e emitido uma ordem para que adultos e crianças com mais de 6 anos se vacinassem em um período de 48 horas. A Secretaria de Saúde advertiu quem resistisse poderia ser multado em até US$ 1 mil.

Fonte: G1 via Independente

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