Há um novo escândalo de pedofilia na Igreja católica, desta vez na Espanha.
A Igreja espanhola está investigando 251 religiosos, entre membros do clero e leigos de instituições, por suspeitas de abuso sexual de menores. A investigação é do jornal espanhol El País, que reuniu a informação nos últimos 3 anos e a entregou ao Papa Francisco durante a sua viagem à Grécia. As suspeitas visam 31 ordens religiosas e 31 dioceses.
Segundo o jornal, o caso mais antigo data de 1943 e o mais recente é de 2018. Na falta de um registro oficial, o ‘El País’ adianta que já contabilizou, pelo menos, 602 casos, cada um referente a um abusador, e 1237 vítimas, desde o ano de 1930.
A maioria dos relatos se refere a pedófilos que abusaram de dezenas de crianças e comportamentos que eram um “segredo aberto”. Caso comum é o de professores, que são responsáveis por vários cursos, e que abusaram sexualmente de uma turma inteira. Estes professores passaram por várias escolas.
Uma das entidades visadas são os Maristas, de Espanha, que já pediram desculpa às vítimas por não as terem conseguido proteger. Seguem-se os Jesuítas e os Salesianos.
Segundo o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, o Papa Francisco já fez chegar a documentação com as suspeitas às entidades competentes: Conferência Episcopal Espanhola e Congregação da Doutrina da Fé. O Vaticano quer resultados em três meses.
Segundo o jornal El País, a Conferência Episcopal Espanhola diz que não sabe quantos casos de abusos ocorreram na Espanha, embora assegure que são “muito poucos”. Não vai abrir um inquérito geral e limita-se a pedir às vítimas que compareçam nos seus gabinetes de atendimento, abertos há um ano.
A Igreja Católica em Portugal constituiu recentemente uma comissão para investigar os abusos sexuais, que é liderada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht.
Com informações de Record TV e Correio da Manhã