Avião da organização de ajuda humanitária 'Bolsa do Samaritano' foi enviado à Armênia, com 11 toneladas de suprimentos para civis deslocados internamente pela guerra. (Foto: Samaritan's Purse)
Avião da organização de ajuda humanitária 'Bolsa do Samaritano' foi enviado à Armênia, com 11 toneladas de suprimentos para civis deslocados internamente pela guerra. (Foto: Samaritan's Purse)

A organização evangélica de ajuda humanitária ‘Samaritan’s Purse’ (‘Bolsa do Samaritano’) enviou seu avião DC-8 com mais de 11 toneladas de suprimentos de socorro para atender às necessidades de centenas de civis deslocados pela guerra em curso entre a Armênia e o Azerbaijão.

Desde o início dos conflitos, em 27 de setembro, na região de Nagorno-Karabakh — já marcada pela disputa há muito tempo — milhares fugiram de famílias que viviam nas montanhas do Cáucaso para Yerevan, a capital da Armênia, onde a Bolsa do Samaritano entregará roupas de frio, que são extremamente necessárias neste momento, disse a instituição de caridade cristã.

“Nossa equipe está trazendo mais de 11 toneladas de roupas de inverno e cobertores, o suficiente para 500 famílias carentes. As botas, casacos, luvas, meias e roupas íntimas térmicas incluídas na remessa serão especialmente bem-vindos agora que as temperaturas estão constantemente caindo para 30ºF [-1ºC]”disse.

O conflito teve início na década de 1980, quando a União Soviética começou a se desintegrar. Embora a Rússia tenha intermediado um cessar-fogo em 1994, os confrontos continuaram. A maioria dos armênios vive na região de Nagorno-Karabakh, mas a região é reconhecida internacionalmente como parte do Azerbaijão.

“O conflito entre a Armênia e o Azerbaijão é de partir o coração”, disse o pastor e evangelista Franklin Graham, presidente da organização de ajuda humanitária. “Famílias são apanhadas no fogo cruzado de uma guerra brutal e milhares foram forçados a fugir. A Bolsa do Samaritano está trazendo uma ajuda essencial para as pessoas necessitadas, mostrando às famílias feridas que elas não estão sozinhas e que Deus as ama”.

Na sexta-feira, foguetes e projéteis de artilharia lançados pelo Azerbaijão atingiram a capital da região disputada, Stepanakert, matando três pessoas, conforme relatou o Wall Street Journal.

De acordo com o ombudsman de direitos humanos de Nagorno Karabakh, cerca de 50 civis armênios foram mortos e pelo menos 146 feridos.

A Rússia tem relações estreitas com a Armênia e o Azerbaijão, mas o apoio da Turquia ao Azerbaijão, que já está envolvido em dois conflitos por procuração com a Rússia na Síria e na Líbia, dificultou a mediação de Moscou.

No mês passado, cerca de 100.000 pessoas marcharam pelas ruas de Los Angeles, Califórnia, que tem uma das maiores populações de imigrantes armênios do país, para pedir o fim dos combates.

Em um comunicado, o Comitê Nacional Armênio da América declarou que o Azerbaijão iniciou uma “invasão em grande escala” de Nagorno-Karabakh em 27 de setembro, classificando-a como “a violação mais significativa do cessar-fogo desde que o cessar-fogo foi estabelecido em 1994”.

O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, pediu ao Azerbaijão e à Armênia que “implementem seus compromissos de cessar-fogo conforme acordado e deixem de alvejar áreas civis”

“Sofremos com a perda de vidas humanas e continuamos comprometidos com um acordo pacífico”, escreveu ele.

Fonte: Guia-me com informações de Samaritan’s Purse

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