A Bolsa do Samaritano, organização cristã liderada pelo evangelista Franklin Graham, filho do falecido Billy Graham, foi acusada de ser anti-gay e anti-muçulmano.
A colunista do The Guardian , Polly Toynbee, argumentou em um artigo, que as caixas de presentes enviadas para crianças, muitas em países muçulmanos, provêm de uma organização que mantém sentimentos anti-muçulmanos e anti-homossexuais.
A organização cristã Bolsa do Samaritano, respondeu ao editorial em um e-mail para o The Christian Post, afirmando que a Operação Natal Infantil, que leva presentes para crianças em várias partes do mundo, é “destinada especificamente a celebrar o verdadeiro significado do Natal – o nascimento de Jesus”.
“Nosso objetivo é mostrar o amor de Deus de uma forma tangível para crianças carentes em todo o mundo. Fazemos isso distribuindo milhões de presentes para crianças afetadas por guerras, doenças, desastres, pobreza e fome, para que elas saibam que não são esquecidas”, disse o grupo.
“Não importa para onde vamos, não escondemos o fato de que somos cristãos. Como nosso nome ilustra, somos sinceros sobre quem somos”, disse.
“Presentes de caixa de sapatos são dados a crianças independentemente de filiação religiosa e sem amarras. Nosso método é demonstrado com amor e esperamos que nossos atos de compaixão sejam um exemplo de nossa fé.”
O jornal The Guardian, discordou das histórias da Bíblia e dos livros enviados juntamente com os presentes das crianças, argumentando que tal estratégia visa as famílias muçulmanas.
Graham, que também é CEO da Associação Evangelística Billy Graham, foi ainda acusado de ser anti-gay por aderir aos ensinamentos bíblicos sobre casamento – que é uma união entre um homem e uma mulher. O editorial também destacou vários de seus posts no Facebook que se opõem ao extremismo islâmico radical como um exemplo do sentimento anti-muçulmano.
Graham recentemente enfrentou controvérsia similar no Reino Unido quando pregou em Blackpool em setembro, a convite de igrejas locais, mas foi acusado por um pequeno grupo de ativistas LGBT de promover “ódio” e “fanatismo”.
O evangelista declarou no início do ano que isso está longe da verdade.
“Eu não estou vindo para pregar ódio, estou aqui para pregar sobre um Salvador, Jesus Cristo, que pode fazer a diferença em nossas vidas se depositarmos nossa fé e confiança Nele”, disse ele à Premier sobre suas intenções.
“Não estamos aqui para pregar contra ninguém, estamos aqui para falar sobre Deus”, acrescentou.
Em dezembro de 2017, um distrito escolar, no Canadá, encerrou sua participação na Operação Natal Infantil por reclamações contra a posição do grupo evangélico sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O porta-voz do Bolsa do Samaritano, no Canada, Jeff Adams, disse: “Nós incluímos essas especificações NÃO porque nossos pontos de vista sobre essas questões haviam mudado, mas simplesmente porque as opiniões do mundo mudaram para o ponto em que sentimos a necessidade de lembrar novamente aos nossos voluntários que nossa organização aceita a Bíblia como a palavra inspirada e infalível de Deus”.
Fonte: The Christian Post