O padre Osvaldo Donizete Silva, de Sales (SP), foi preso acusado de molestar sexualmente uma criança de 11 anos quando esta participava do ritual de confissão da primeira eucaristia, na igreja da cidade.
A menina, que foi a última a fazer a confissão, também auxiliava o padre como coroinha da Paróquia São Benedito, da qual ele era o responsável. Antes de sair da sala, ela teria sido molestada pelo religioso.
O caso aconteceu em maio, quando a mãe da menina denunciou o padre à polícia, mas só agora veio à tona com a divulgação da prisão preventiva decretada pela Justiça neste mês. O padre está preso na Penitenciária de Andradina (SP) desde o dia 15, mas para a Igreja, a prisão é ‘injusta’.
‘A Justiça alegou que a prisão preventiva seria justamente para impedir que ele pudesse ter contato com a família ou a menor, mas isso não poderia ocorrer. O padre já estava afastado da paróquia, dos trabalhos e inclusive, estava morando em outra cidade, apenas esperando a sentença da Justiça. Por isso a prisão é injusta’, afirmou o bispo da Diocese de Catanduva, d. Otacílio Luziano da Silva.
Segundo ele, os advogados da diocese ajuizaram nesta sexta-feira pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça Segundo o delegado de Sales, Saint Clair Silva Duarte, o inquérito concluído por ele em 24 de junho não apresentou provas materiais ou testemunhais, por isso ele não pediu a prisão do padre.
‘O que restou foi a palavra da menina contra a do padre’, afirmou. Para o Ministério Público, o inquérito revela a prática de estupro de vulnerável e por isso o padre deveria ser preso. Segundo o juiz Renato Soares de Melo Filho, da Comarca de Urupês, onde tramita o caso, o pedido de prisão chegou atrasado, mas a gravidade dos depoimentos da criança e o fato de o padre trabalhar com outras crianças, justificam a prisão preventiva, concedida por ele.
[b]Fonte: DM[/b]