Pesquisa encomendada pelo Ministério da Justiça revela que 74,2% dos pais e responsáveis entrevistados são favoráveis à classificação indicativa da programação das TVs. Desses, 38,3% entendem que as regras adotadas para a análise do conteúdo exibido pelas emissoras devem ser mais rígidas.
No levantamento, realizado pelo ministério para conhecer o que os cidadãos pensam sobre a classificação, foram entrevistadas 4.400 pessoas -metade pais e responsáveis e metade crianças e adolescentes.
Segundo o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, a busca por mais rigidez na classificação dos programas veiculados é um sinal de que pais e mães querem de alguma maneira transferir para o Estado sua responsabilidade na educação dos filhos.
“Se o ministério e as emissoras estão cumprindo sua parte e os pais têm essa queixa, o que entendemos é que eles não estão assumindo o papel que têm”, diz Tuma Júnior.
Com base no estudo, feito em 2008 e ainda inédito, a Justiça lançou uma campanha focada na importância de conhecer a fundo o que as crianças assistem. A ideia é prevenir os desavisados contra a aparência ingênua que alguns programas apresentam à primeira vista.
“O Estado auxilia, mas os pais é que devem decidir o que os filhos vão ver ou não.”
Foram distribuídas 540 mil cartilhas explicativas. Os filmes da campanha serão exibidos em salas de cinemae nas TVs.
Fonte: Folha de São Paulo