Bento XVI voltou a pedir à comunidade internacional que aumente os seus esforços para chegar a uma “solução justa” no Oriente Médio e pediu que “a razão, a boa vontade e a confiança” prevaleçam sobre o conflito.

O Papa, ao fim da tradicional audiência pública das quartas-feiras, fez um novo apelo para acabar com o “trágico conflito” na “querida região” do Oriente Médio.

O Pontífice lembrou as palavras de Paulo VI, num discurso na ONU, em 1965. “Nunca mais uns contra os outros. Se quereis ser irmãos, deixai cair as armas de vossas mãos”, citou.

Ele também encorajou os esforços “para obter enfim um cessar-fogo e uma solução justa e duradoura para o conflito”. Depois, lembrou que o seu antecessor, João Paulo II, considerava possível “mudar o rumo dos eventos” quando prevalecem “a razão, a boa vontade e a confiança no próximo”.

Desde que começou o atual conflito entre Israel e o Líbano, Bento XVI tem pedido a suspensão das hostilidades em praticamente todos os seus discursos.

Religiosos muçulmanos e judeus pedem fim imediato de combates

Religiosos muçulmanos e judeus que participam dos Congressos Mundiais de Imames e Rabinos pela Paz pediram hoje o fim “imediato” das hostilidades no conflito entre Israel e a milícia xiita libanesa Hisbolá.

“Estamos profundamente comovidos com o conflito no Oriente Médio, a perda de vidas humanas e as ameaças atuais que pesam sobre a vida e o futuro das populações palestina, israelense e libanesa”, afirmaram em comunicado os membros do Comitê Permanente para o Diálogo Judeu-muçulmano.

“Como todas as ações de violência propositais contra inocentes são violações absolutas do ensino de nossas religiões”, afirmaram que sua “fé compartilhada no Criador” exige a eles que condenem “com a máxima firmeza toda ação que ofende e prejudica a vida e a dignidade humanas”.

Por isso, os religiosos pediram aos líderes de “todas” as partes do conflito que ponham fim imediatamente a “toda ação violenta” e estabeleçam um cessar-fogo, “garantido por forças internacionais, se for preciso”, para reunir as condições “indispensáveis” para resolver “todos” os conflitos no Oriente Médio e assegurar a “segurança, a paz, a justiça e a dignidade” para todos.

O grande rabino David Rosen, do Comitê Judaico Americano, também apoiou o comunicado.

Fonte: EFE

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