Padres e pastores não deveriam se envolver na política partidária, sejam como candidatos ou, até mesmo, como militantes de um partido. A opinião é compartilhada pelo arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, e o titular da 1ª Igreja Batista, pastor Estevam Fernandes.

Para os dirigentes, a Igreja, seja ela católica ou evangélica, tem que acompanhar e participar deste momento com muita atenção e responsabilidade, orientando os ‘fiéis-eleitores’ sobre o papel que exercem dentro do processo eleitoral.

Para o pastor Estevam, é fundamental a participação ativa da Igreja na vida política da sua comunidade, do seu Estado. Para ele, os líderes evangélicos têm o dever de alertar os seus fiéis para a importância da eleição, orientando como proceder na escolha e, sobretudo, evidenciar o mérito da participação cívica.

“Como eleitores, somos convocados a participar. O futuro do País e do Estado onde moramos está em questão e a escolha de seu melhor caminho depende de todos. Este também é um momento em que os cidadãos se candidatam e são apresentados pelos seus partidos à sociedade. Um exaustivo trabalho se inicia, sob intenso esforço, para expor planos do governo, estratégias de ação e, especialmente, alternativas para os grandes problemas coletivos. E a Igreja não pode ficar alheia a tudo isso”, afirma o pastor.

O titular da 1ª Igreja Batista enfatiza que os membros da Igreja devem participar ativamente do processo eleitoral. “O pleito de outubro é uma eleição importantíssima, porque estaremos escolhendo quem faz as leis e quem as executa. Por isso, temos a obrigação de orientar e preparar os nossos fiéis para esse processo”, comentou o pastor.

O arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, disse que o primeiro desafio do pastor é ser pastor da vida, do ser, ajudando o outro a ser pessoa, porém, a Igreja deve cumprir seu papel e participar ativamente das discussões eleitorais. Agora, não pode se posicionar sobre os candidatos. “A Igreja, como instituição, não indicará candidatos nem estará neste ou naquele partido. No entanto, os cristãos são membros da sociedade e, enquanto cidadãos, são sujeitos políticos e não deixam de fazer política”, comentou o arcebispo.

Dom Aldo ainda afirmou que a missão da Igreja, no campo político, é ajudar a fornecer critérios éticos para as escolhas e a ação política. “A Igreja ensina que a política não deve ser o processo de afirmação dos grandes egoísmos, nem das discriminações. Por outro lado, é papel da Igreja a formação da consciência ética e o estímulo para que os cristãos participem ativamente da política, como cidadãos deste mundo”, declara.

Fonte: Jornal da Paraíba

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