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Um pastor alagoano tem ganhado a fama de ser o “Edir Macedo” da Colômbia. Com diversas igrejas, José Satírio dos Santos, 68, ainda conta com emissoras de rádio e TV e o apoio político do chefe do Executivo do país. Para se ter uma noção da proximidade dos líderes, no começo de agosto, dia 3, ele recebeu o título de nacionalidade colombiana das mãos do presidente, Juan Manuel Santos. O religioso deixou o Brasil há quatro décadas para realizar trabalhos na comunidade evangélica na Colômbia. De lá para cá, formou um império da fé evangélica da Asamblea de Dios.

Enquanto candidato, em 2010, o presidente Juan Manuel Santos fez visitas às unidades religiosas do alagoano, em Cúcuta. Na ocasião, Satírio se reuniu com Juan Manuel para defender os princípios que regem os fundamentos de sua igreja. À época, declarou que “encontrou uma oportunidade de apresentar os grandes temas que envolvem a sociedade”. Além da preocupação espiritual, o religioso discutiu sobre finanças.

“Falamos dos princípios da cultura financeira em esfera superior que envolve os governantes em qualquer nação do mundo, e que também envolve a nós como igreja. Como pastores temos a obrigação de refletir e entender o que é um banco, poupança, empréstimo, investimento, de maneira que o cidadão saiba se conduzir corretamente e não seja explorado por juros tão altos”, disse em entrevista a um programa religioso.

A igreja fundada por José Satírio, só na área metropolitana e de fronteira da Colômbia, possui 37 templos superando os 60 mil membros. O centro religioso de Cúcuta tem com uma emissora de rádio e um canal de televisão de caráter popular. Outra emissora também foi instalada em Chinácota. Já na cidade de San Cristóban, Venezuela, funciona uma emissora de rádio e um projeto missionário com o mesmo perfil adotado em Cúcuta.

No Centro Cristiano em Cúcuta, em 2014, foram produzidos mais de cinco mil batismos e mais de 2.300 grupos bíblicos. Entre seus trabalhos missionários, estão missões na comunidade indígena arhuaca (Colômbia), Venezuela, Equador, Argentina, Peru, e até na Ásia, no Himalaia.

[b]Entrega do título
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“A cidadania é uma pequena demonstração de nossa imensa gratidão por seus mais de 40 anos de trabalho”, declarou o chefe de Estado durante solenidade que aconteceu em Cúcuta, capital do departamento de Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela. Após agradecer o trabalho do pastor, o presidente destacou que “tudo o que José Satírio fez durante este período – todas suas ações – contribuiu, de certa forma, para semear essa semente da paz”. E pediu, ainda, que Satírio continue ensinando aos colombianos que a paz não é só uma palavra, mas envolve “toda uma concepção, toda uma dimensão”.

“É aí onde devo pedir ao senhor e a todos vocês que sigam orando por essa paz, que sigam orando para podermos chegar a esse porto de destino, porque, como o senhor bem disse, ‘se a paz chegar à Colômbia, a Colômbia será diferente, a Colômbia será sublime’”, destacou o presidente.

Nascido no dia 6 de outubro de 1947, em Maceió, José Satírio dos Santos está na Colômbia desde 1975 e trabalhou a reabilitação de pessoas com problemas de toxicomania, assim como atendeu pessoas vítimas da violência familiar e do conflito armado. É fundador do Colégio Ebenezer, da Cooperativa Cobethel e do Instituto para o Trabalho, e criou outras instituições que prestam atendimento a comunidades carentes.

“A partir deste momento somo cidadãos colombianos, agora estamos honrados em tê-los como nossos compatriotas”, disse José Santos Satírio ao lado da esposa Nair Andrade, que também recebeu a cidadania. “Em 1974, Deus falou comigo para vir à Colômbia para servir, e, agora, continuamos a rezar para que a paz tão desejada chegue em breve”, declarou.

[b]Saída de Maceió
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José Sartírio cresceu em família religiosa. Ainda criança, começou a trabalhar para ajudar sua família. Via os trabalhos de seu tio Leonel Satírio, um dos primeiros obreiros da Assembleia de Deus, que ajudou a fundar igrejas nos bairros do Trapiche da Barra, Pontal da Barra e Barra Nova. Por causa da precária situação da família, já adolescente, migrou para a capital paulista atrás de novas oportunidades.

Tempo depois se mudou para Tupã, uma cidade do interior de São Paulo, e começou a atuar como missionário. Saiu de viagem para Colômbia no dia 10 de fevereiro de 1975. Ele e a família seguiram de Tupã até São Paulo, depois Cuiabá, Porto Velho, Humaitá e Manaus, de onde rumariam até o país vizinho, onde moram até hoje. Quando visitou Maceió, em abril de 1998, duas igrejas ficaram sob a responsabilidade do ministério de Cúcuta.

[b]Fonte: Extralagoas[/b]

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