O pastor Davi Passamani renunciou ao cargo de presidente e líder religioso na igreja A Casa após ser acusado por uma fiel de importunação sexual. Em uma nota divulgada neste domingo, 24, Passamani diz que a decisão é definitiva.
“Por meio desta e no sentido de preservar a Casa de Deus e cuidar da minha saúde e família apresento minha RENÚNCIA ao cargo de presidente e líder religioso da igreja Casa Ministério Cristão em caráter definitivo, irretratável e irrevogável para que surta os legais efeitos. Por consequência deve assumir a liderança da igreja nossa vice-presidente Giovanna de Almeida Lovaglio”, diz a nota.
A renúncia ocorre após a revelação de conversas por uma fiel, na madrugada de terça-feira, 19, que apresentou prints acusando Passamani de narrar uma fantasia erótica que imaginou com ela, além de mostrar seu órgão sexual em uma chamada de vídeo. A mulher procurou a delegacia no dia seguinte para registrar o boletim de ocorrência.
Em nota, a Polícia Civil informou que foi notificada sobre o caso, mas que detalhes sobre a investigação serão repassadas em momento oportuno.
O primeiro caso de assédio do pastor veio à tona em 2020 quando a jovem, vítima das investidas de Passamani, utilizou as redes sociais para denunciá-lo no final de março.
No mês seguinte, uma segunda mulher procurou a polícia para também denunciar o pastor pelo mesmo crime.
Com a repercussão negativa, o pastor chegou a gravar um vídeo negando o crime e pedindo desculpas à família e aos fiéis. Na época, a igreja também se pronunciou, dizendo que estava apurando o caso e que Passamani estava afastado de funções “há semanas” para “tratamento médico e cuidados em família”.
O advogado de Passamani afirmou na época que o pastor foi afastado de suas funções ministeriais para receber tratamento médico especializado. No final de março, Passamani gravou um vídeo no qual negou veementemente a prática de crime, chorou e disse que buscou ajuda psiquiátrica.
No final de abril de 2020, a Justiça arquivou a ação contra pastor Davi Passamani por assédio sexual. Segundo o advogado do pastor, a decisão atendeu a pedido do Ministério Público. Ele disse que as provas apresentadas pela fiel “não têm relevância para fins penais”.
Folha Gospel com informações de G1, Fuxico Gospel e Pleno News