Pastor Davi Passamani, líder da Igreja CASA, em Goiânia, GO (Foto: Reprodução)
Pastor Davi Passamani, líder da Igreja CASA, em Goiânia, GO (Foto: Reprodução)

O pastor Davi Vieira Passamani, líder da Igreja CASA, em Goiânia, GO, foi acusado mais uma vez de importunação sexual por uma fiel. A jovem registrou um boletim de ocorrência contra o líder religioso na última terça-feira, 19.

As informações são dos sites Fuxico Gospel e Jornal Opção.

A jovem buscou aconselhamento pastoral após enfrentar uma crise em seu relacionamento. Por meio de uma conversa no Instagram, o líder religioso fez perguntas inadequadas sobre a intimidade da moça.

Em uma das mensagens, o pastor questionou: “Do que mais sente falta no seu relacionamento? […] Por que a maioria sempre sente mais falta de sexo, mas isso não é problema pra você, né?”. Ao perceber que a conversa estava tomando um rumo diferente, a jovem prontamente chama seu namorado, conta para ele o que está acontecendo e eles decidem seguir com a conversa para avaliar a extensão do comportamento do pastor.

As mensagens evoluíram para teor cada vez mais íntimo, migrando do Instagram para chamadas de áudio no Whatsapp. Nessas interações, o pastor solicitou à jovem que gemesse enquanto ele ouvia e descreveu uma série de fetiches que desejava realizar. Não satisfeito com as chamadas de áudio, ele chegou a fazer chamadas de vídeo, exibindo sua genitália para a moça, enquanto o namorado a acompanhava e filmava tudo.

Leia a íntegra do depoimento da vítima na delegacia de Goiânia:

“Relata que no dia 19/12/2023, às 03h30min, esclarece que estava em sua residência, quando recebeu uma mensagem do pastor DAVI, o qual indagava como a declarante estava; a declarante disse que estava bem e agradeceu as orações que ele fez. DAVI perguntou acerca do seu namorado, informou que havia terminado. Esclarece que o pastor DAVI disse que sentia falta de conversar com alguém e que queria desabafar. A declarante respondeu que podia confiar nela, então o pastor começou a falar sobre sexo e indagar se a declarante se tocava intimamente. DAVI ligou para a declarante e disse a ela que ele iria propor algo e que ela não poderia dizer não, daí ele começou a descrever uma fantasia erótica de tudo que ele faria sexualmente com a declarante. O investigado disse que iria passar a língua em seu corpo por todas as partes, então ele disse que queria vê-la. O investigado ligou de vídeo, momento em que a declarante atendeu e viu o rosto dele, e em seguida ele mostrou o órgão sexual dele. Após alguns minutos, ele desligou e ligou de novo via ligação de áudio e continuou falando sobre a fantasia dele para a declarante; ele terminou de se auto satisfazer e, no final, ele fez a respiração que estava gozando, depois disso ele desligou a ligação e continuou mandando mensagens, porém a declarante não respondeu mais.”

Em 2020, ele foi acusado de assédio sexual

O primeiro caso de assédio do pastor veio à tona em 2020 quando a jovem, vítima das investidas de Passamani, utilizou as redes sociais para denunciá-lo no final de março. A denúncia foi formalizada na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia, que investigou o relato e encaminhou um inquérito ao Ministério Público. Este, por sua vez, encaminhou o caso ao Poder Judiciário.

A jovem alegou que o assédio havia ocorrido em meados de 2019, mas admitiu ter enfrentado medo e insegurança em expor a situação anteriormente. Em suas postagens, assegurou possuir evidências da denúncia, incluindo áudios, mensagens de texto e até um vídeo de uma chamada na qual o pastor teria se envolvido.

O advogado de Passamani afirmou na época que o pastor foi afastado de suas funções ministeriais para receber tratamento médico especializado. No final de março, Passamani gravou um vídeo no qual negou veementemente a prática de crime, chorou e disse que buscou ajuda psiquiátrica.

No final de abril de 2020, a Justiça arquivou a ação contra pastor Davi Passamani por assédio sexual. Segundo o advogado do pastor, a decisão atendeu a pedido do Ministério Público. Ele disse que as provas apresentadas pela fiel “não têm relevância para fins penais”.

Fonte: Fuxico Gospel, Jornal Opção e Pleno News

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