Uma semana depois que o pastor Ed Young ( na foto com sua esposa) desafiou maridos e esposas de sua paróquia de 20 mil pessoas a estreitarem os laços de sua união através de Sete Dias de Sexo, seu conselho foi: continuem.

O escritor, apresentar de televisão e líder espiritual da evangélica Igreja Fellowship proclamou seu pedido de uma semana de “copulação matrimonial da congregação” entre os casados no dia 16 de novembro, enquanto se movia diante de uma grande cama. Às vezes, ele reclinava sobre os lençóis enquanto folheava a Bíblia, enfatizando sua opinião de que o momento pede que a igreja coloque Deus de volta na cama.

“Hoje daremos início ao ‘sexperimento’, sete dias de sexo”, ele disse, com sua característica mistura de humor, entretenimento e Escrituras.
“Como sair das reclamações sobre a economia para exclamações de alegria!”

No domingo, os fiéis da paróquia de Grapevine assistiram vídeos gravados por Young e sua mulher, Lisa, em telões colocados sobre o palco iluminado por velas. “Eu sei que houve muito amor ao longo desta semana, entre o cansaço”, um dos músicos disse, tocando sua guitarra diante de cerca de 3 mil pessoas.

Lisa Young, vestindo botas pretas até os joelhos e calça jeans, disse que depois de uma semana de sexo todos os dias, ou quase, “alguns de nós estão sorrindo”. Para outros lidando com infidelidade, vício em pornografia e outras amarguras, “houve alguma dor, mas esperamos que também tenha existido o perdão”.

O pastor Young aconselhou os casais “a manter o que fizeram nessa semana. Nós devemos tentar duplicar a quantidade de intimidade que temos no casamento. E por intimidade não quero dizer caminhar de mãos dadas no parque ou fazer uma massagem”.

Young, conhecido entre seus paroquianos como Ed, e sua mulher, ambos de 47 anos, são casados há 26 e têm quatro filhos, dois dos quais são gêmeos. Eles têm experiência de sobra com algumas das barreiras existentes à intimidade sexual na vida de casado, como a vida profissional, o cansaço, os compromissos externos e os filhos, algo que o pastor disse à igreja que não passam de desculpas para “manter a intimidade à distância com sucesso”.

Mas se você se esforçar para ter tempo para o sexo, isso lhe trará mais perto de seu companheiro e de Deus, ele afirmou. Você trabalhará melhor, deixará um legado de amor para seus filhos e pode até evitar um caso extraconjugal.

“Caso você tenha dito ‘sim’ no altar, então faça isso”, ele disse.
Quanto aos solteiros, “eu não sei, tentem comer chocolates”.

O casamento faminto por sexo foi tópico de seus últimos livros, “365 Nights” (365 Noites, em tradução livre) e “Just Do It” (Simplesmente Faça, em tradução livre). Mas o pedido feito por Young no púlpito deu mais peso ao debate.

Segundo ele, isso não deveria ter acontecido. Isso não é um truque ou um golpe publicitário, afirmou Young. Apenas acompanhe a sensualidade da Canção de Salomão, ou Genesis: “Dois se tornarão uma carne”, ou Corinthians: “Não neguem um ao outro as relações sexuais”.

“Por algum motivo a igreja não fala sobre isso, mas precisamos”, ele disse. Não há vergonha no sexo marital, ele acrescentou, “Deus o criou, a ideia foi dele”.

“Demais”

Aqueles que frequentam a Igreja Fellowship aqui ou em alguma de suas filiais na região de Dallas e Miami, estão acostumados com o estilo provocador de Young. (A única “palavra difícil” que cabe no quarto do casal, segundo ele, é “perdão”).

Mas o desafio do sexo foi um pouco demais para alguns membros da igreja, que se sentaram com os braços cruzados em um desconfortável silêncio, ele se lembra, enquanto grande parte da plateia aplaudia.

Nem sempre é fácil dedicar tempo a seu companheiro, admite Young. No terceiro dia do desafio ele mesmo estava tão cansado depois de acordar com o raiar do dia para falar sobre a importância de se ter mais sexo no casamento que foi para a cama por volta das 20h.

Sua mulher tentou acordá-lo, dizendo: “Vamos lá, este é o desafio do sexo!”. Mas Young murmurou: “Amanhã nós fazemos o dobro”, e voltou a dormir.

Fonte: Último Segundo

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