Esta semana, o juiz de imigração Leonard Shapiro ordenou que a pastora Ana Paula Almeida, que foi acusada de molestar uma menina menor de idade, deixe os EUA em até 60 dias.
Segundo o jornal “Milford Daily News,” Ana Paula abriu mão do direito de recorrer da decisão do juiz. Caso a pastora se recuse a deixar o país voluntariamente, uma ordem de deportação será expedida, e ela pode ser impedida de retornar aos EUA em até 10 anos.
Ana Paula, que deveria comparecer à audiência no dia 14 de maio, tem até 22 de junho para voltar para o Brasil. A sua saída dos EUA poria um fim no caso movido contra ela por um funcionário da Igreja Plenitude in God em Milford.
Durante várias semanas, a acusação de abusar sexualmente de uma menina de 14 anos abalou a comunidade evangélica da região metro-oeste do estado de Massachusetts. Alguns ouvintes da rádio WSRO, em Framingham, disseram que Ana Paula deveria ter o direito de se defender antes de deixar o país.
“Fiquei muito triste, porque um caso desses abala a comunidade cristã. Porque isso não deixa de ser um escândalo para o projeto de Deus,” disse a ouvinte do programa “Vem Viver,” que se identificou apenas como Maria.
“Aqui a lei é rigorosa, a gente tem que saber até como abraçar uma criança. E nessa hora difícil o diabo usa as pessoas para acusar mais e mais,” completou ela.
A ordem de deportação voluntária foi baseada em violações das leis imigratórias, e não em qualquer acusação criminal. Embora as autoridades do estado tenham dito que Ana Paula infringiu dois artigos do Immigration and Nationality Act, não foi revelado o delito específico.
Por mais dolorosa que tenha sido para evangélicos ouvir que uma pastora é acusada de crime sexual, a comunidade brasileira de Framingham manifestou interesse de ver Ana Paula julgada – com a deportação da pastora, a dúvida pode ser ainda mais penosa para os religiosos.
Fonte: O Globo online