Líderes cristãos da Coreia do Sul lamentaram e pediram orações pelo país, após a tragédia em festa de Halloween na noite de sábado (29), que vitimou mais de 150 pessoas.
Cerca de 100 mil jovens, na casa dos 20 anos, se aglomeraram nas ruas estreitas em Itaewon, bairro famoso por sua vida noturna em Seul, para a celebração do Dia das Bruxas, após três anos de restrições da pandemia.
O caos começou quando a região superlotou e uma aglomeração de pessoas se espremeram em um beco estreito e íngreme de Itaewon.
Vídeos, publicados nas redes sociais, mostraram os jovens tentando escalar as paredes dos prédios para escapar do esmagamento da multidão, outros choravam, gritavam e xingavam.
Com as pessoas do topo da rua empurrando, aqueles que estavam abaixo caíram sobre os outros, segundo testemunhas.
“Uma pessoa ao meu lado caiu, mas as pessoas atrás de mim continuaram a me empurrar, então mais pessoas caíram e se empilharam umas sobre as outras. Eu gritei para as pessoas que estavam me empurrando: ‘Não empurre! As pessoas caíram!'”, relatou um estudante de pós-graduação de 30 anos de Seul, à Reuters.
Imagens que circularam na web também mostraram centenas de vítimas no chão, recebendo reanimação cardiorespiratória dos socorristas e policiais lutando para afastar a multidão.
Nesta segunda-feira (31), o número de mortos subiu para 154. Outras 149 pessoas ficaram feridas, 33 delas em estado grave.
País em luto
Com o país em luto oficial, muitas igrejas na Coreia do Sul prestaram homenagem às vítimas no culto de domingo (30).
O Reverendo Young-mo Ryu, das Igrejas Cristãs Unidas da Coreia (UCCK), declarou: “Expressamos nossas mais profundas condolências às vítimas e suas famílias enlutadas nesta tragédia chocante. Também oramos para que os feridos se recuperem o mais rápido possível”.
“Oro para que o conforto de Deus esteja com as famílias enlutadas que sofreram, e expressamos nossas mais profundas condolências ao povo da Coreia”.
O pastor Song Tae-seop, também da UCCK, afirmou que o mais trágico era que muitas das vítimas eram jovens de 20 anos.
“Eu não posso acreditar como um desastre tão terrível pode acontecer no meio de Seul no século 21”, comentou Song, pedindo que medidas de segurança “abrangentes e sistemáticas” sejam implementadas.
Já o reverendo Soon-chang Lee, presidente da Igreja Presbiteriana da Coréia (PCK), destacou que lições devem ser aprendidas para que uma tragédia como a de Itaewon não aconteça novamente.
O líder ainda solicitou que o governo garanta que as famílias das vítimas sejam apoiadas e pediu que as igrejas orem pelos feridos e enlutados.
O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, pediu uma investigação completa para descobrir as causas do incidente e verificar se há responsáveis pela tragédia.
Nesta segunda-feira (31), flores brancas e velas foram postas na saída da estação de metrô em Itaewon, em homenagem às vítimas.
Fonte: Guia-me com informações de The Christian Today