Soldados das Forças Democráticas Aliadas (ADF, da sigla em inglês) são suspeitos de matar ao menos 33 pessoas no último final de semana na cidade de Beni, província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo.
A imprensa relatou a morte de cerca de 15 pessoas, mas fontes locais dizem que vários outros morreram. Ao menos 27 dos mortos eram cristãos.
O ataque deixou grande parte da população cristã desta vizinhança de Beni abandonada mais uma vez após um ato de violência. Um sobrevivente disse que os responsáveis, vestidos em uniformes militares, entraram na vizinhança de Paida. Locais acharam que eles fossem forças do governo que vinham para protegê-los. Começaram a reunir quem passava e disseram para esperar ao lado da rodovia, pouco antes de massacrá-los. Eles atiraram em todos que correram. Depois o grupo também perseguiu e matou outros civis que tentaram fugir da vizinhança.
No começo da semana, criminosos também mataram uma mulher cristã, em seus 40 anos, na vila de Kokola, a 34 km de Beni. Quatro de seus netos ficaram feridos, enquanto outros quatro permanecem desaparecidos, de acordo com um líder cristão em Eringeti. A mulher voltou para a vila apenas dois meses antes do ataque na esperança de recomeçar sua fazenda, já que a área estava relativamente calma. Ela se juntou a outros em alojamentos perto das barracas do exército para maior proteção. Mas os responsáveis foram primeiro ao acampamento militar, depois enfrentaram os civis.
Na segunda (1), a população local tomou as ruas de Beni para protestar a morte de civis. Eles acusaram militares locais de serem cúmplices nas mortes por falta de ação. O último ataque em Beni aconteceu a pouco mais de 1 km do acampamento militar, mas os soldados só chegaram depois que os responsáveis deixaram o local.
Fonte: Missão Portas Abertas