Cristãos orando na Eritreia
Cristãos orando na Eritreia

Um líder cristão da Eritreia chamou a comunidade internacional a não fechar os olhos para a realidade do que acontece em seu país, de acordo com o site de notícias Agenzia Fides.

Enquanto a relação com os países da região está melhorando, a perseguição a grupos religiosos continua, Mussie Zerai, um líder cristão da capital, Asmara, escreveu em uma carta aberta.

“Escolas cristãs e islâmicas foram fechadas, oito centros médicos e hospitais cristãos vedados, enquanto um líder da igreja ortodoxa, Abune Antonios, continua preso depois de 14 anos”, escreveu.

Asmara é um dos regimes políticos mais duros do mundo, uma ditadura que reprime todas as formas de liberdade e criou uma prisão estadual.

Violações dos direitos humanos na Eritreia têm sido documentados por grupos de direitos, ONGs e a ONU. O líder disse ainda que não deveria ser esquecido que “em relatório de 2016 da Comissão de Direitos Humanos da ONU, chegou-se à conclusão de que há elementos bem fundamentados para se referir aos principais líderes do governo na Corte Criminal Internacional”.

Thomas Reese, da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional americana, disse em audiência da Comissão de Direitos Humanos americana, que a Eritreia permanece “um dos piores exemplos de repressão à liberdade de religião ou crença, patrocinados pelo estado, do mundo”, onde cerca de 1,2 mil a 3 mil pessoas são detidas por motivos religiosos – em aproximadamente 60 prisões e campos que fazem da Eritreia uma extensa rede de prisões.

A Eritreia é o 6º país na Lista Mundial da Perseguição 2018 dos 50 países onde é mais difícil viver como cristão.

“Você pode fechar os olhos para a realidade, em nome de interesses econômicos e geopolíticos, ou dar voz para valores de liberdade, democracia, justiça e solidariedade”, disse o líder cristão eritreu.

Fonte: Missão Portas Abertas

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