No dia 2 de fevereiro de 2005, Mohammed Ahmed*, de 22 anos, assassinou o evangelista Tulu*, de 19 anos. Mohammed foi sentenciado a 12 anos de prisão.

Na prisão, Deus salvou Mohammed e, no ano passado, em 5 de março, a Portas Abertas assistiu ao seu batismo. Recentemente, o chefe executivo local anistiou Mohammed de sua sentença e ele foi libertado da prisão, no dia 26 de setembro de 2008.

Perdão concedido

Na Etiópia, é comum proteger e perdoar alguns prisioneiros em eventos nacionais especiais. Neste ano, durante as celebrações do ano novo da Etiópia (9 de setembro), o Chefe Executivo do Estado concedeu anistia a mais de dez mil prisioneiros, incluindo Mohammed.

Um certificado de anistia foi dado àqueles que foram libertados da prisão e explica o critério do perdão. Lê-se que o Presidente Regional perdoou um prisioneiro baseado no arrependimento pelo crime cometido e baseado também no desejo de servir melhor a comunidade.

Novos começos

Assim que Mohammed deixou a prisão, foi direto à igreja protestante que tem cuidado de suas necessidades. A igreja esperava que alguns dos novos convertidos fossem libertados da prisão, mas ainda ficaram surpresos em encontrar Mohammed nos degraus da porta da igreja, após ser libertado.

Por enquanto, Mohammed está morando na igreja. Os líderes estão pensando em alugar um pequeno quarto para ele.

Desde a conversão e o batismo de Mohammed, em março de 2007, ele tem crescido na fé e é elogiado pela sua mudança de caráter entre os participantes das reuniões da igreja protestante na prisão. Os líderes também testificam a melhora no relacionamento com os companheiros de prisão. Acredita-se que ele testemunhou sua fé durante sua detenção.

Mohammed está determinado a crescer espiritualmente e ainda alimenta o sonho de se tornar pastor. A igreja está atenta a esse sonho, dando prioridade ao seu crescimento espiritual, antes que qualquer outra decisão seja tomada com relação ao seu futuro.

A igreja ajudou-o a se matricular numa escola. Durante o dia, ele freqüenta a escola e, à noite, participa de um programa de treinamento de discipulado.

Embora Mohammed esteja com seu pai, que mora no interior, desde sua liberdade, ele prefere permanecer na cidade para ter mais acesso à igreja e à escola. Inicialmente, o pai de Mohammed, que ainda é mulçumano, não ficou feliz com a decisão do filho de se tornar um cristão. No entanto, ele mudou seu pensamento ao ver que os líderes da igreja abraçaram Mohammed sem nenhum ressentimento. Os líderes da igreja protestante local estão também cuidando do pai de Mohammed. A igreja espera trazer reconciliação entre as duas tribos e famílias conflitantes na área.

Fonte: Portas Abertas

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