Exceto os evangélicos, cada vez menos os habitantes dos Estados Unidos associam o Natal com a tradicional história do nascimento de Jesus e cada vez mais pessoas preferem usar saudação genéricas, como “Boas festas”, nesta época do ano, revelou uma pesquisa nacional divulgada nesta terça-feira.
O estudo, feito pela LifeWay Research, uma empresa evangélica de pesquisa do Tennessee, revelou que nos últimos cinco anos o “significado religioso” do Natal diminuiu nos Estados Unidos, inclusive entre os cristãos.
Em números específicos, dois de cada três moradores do país, 65%, sem distinção de religião ou nacionalidade, acreditam que o Natal deve estar vinculado à história de Jesus.
Mas em 2014, quando uma pesquisa similar foi feita, esse número era de 79%. Ao mesmo tempo, nesse mesmo período a porcentagem de gente que não sabe o que o Natal significa passou de 3% para 16%.
O levantamento também encontrou uma diminuição acentuada no apoio de pessoas de religiões não cristãs ao Natal, que em 2014 era de 63% e atualmente é de 35%. Enquanto antes quase a metade (46%) dos não religiosos aceitava o Natal, agora esse número diminuiu para 28%, de acordo com a pesquisa.
Para Scott McConnell, diretor-executivo da LifeWay Research, que estuda a relação entre igreja e cultura, muitos acreditam que todos os americanos são iguais.
“Muitos acham que todos nós temos a cultura do beisebol, da torta de maçã e do Natal, mas é assim. Quando nos encontramos com alguém cujas crenças são distintas das nossas surge uma discordância e para alguns isso é uma ofensa”, disse à Agência Efe.
De acordo com ele, esses grupos “provavelmente sentem nostalgia do passado” ou “são reticentes ao reconhecer que nem todos comemoram o Natal nesta época do ano”.
Ao mesmo tempo, segundo McConnell, a maioria já não considera como “uma ofensa” substituir o “Feliz Natal” por um saudação mais inclusiva.
A pesquisa revelou que entre os cristãos não evangélicos a conexão entre o Natal e a história de Jesus perdeu espaço, com um apoio de 91% em 2014 e de 81% este ano. Por esse motivo não surpreende que para 60% dos cristãos dos Estados Unidos não seja um problema falar ou ouvir “Boas festas”. Por outro lado, mais de 90% dos evangélicos e dos cristãos com mais de 50 anos ainda preferem a história e as saudações tradicionais destas datas.
Fonte: EFE via UOL