O barulho causado por uma igreja evangélica no bairro Jardim Portinari em Franca (SP), já motivou 56 chamadas à polícia e 17 registros de ocorrência por parte de um vizinho.

O corretor de imóveis Flaviano Cardoso de Sá mora em frete à igreja Assembleia de Deus Madureira e afirma que trava uma batalha há 8 anos por causa do excesso de ruído durante os cultos, que ocorrem cinco vezes por semana no local.

De acordo com o G1, o caso é investigado pelo Ministério Público, e um fiscal da Promotoria foi até o local e mediu a intensidade do barulho, constatando um ruído de 62 decibéis, 12 a mais do que os 50 decibéis permitidos pela legislação brasileira.

– Eu só quero que acabe a perturbação sonora. Porque você esta dentro da sua casa e não conseguir desfrutar de ver uma televisão, ou de receber uma visita, de conversar, ou atender um telefone, trabalhar, ou seja lá o que for, é doido demais – afirma Cardoso.

Uma fiscalização realizada por fiscais da prefeitura do município já motivaram a Administração Municipal a enviar à igreja um auto de constatação e intimação por emitir som em excesso. No documento é solicitado que o local cesse o funcionamento de qualquer instrumento de som. Porém, de acordo com o vizinho, a igreja não cumpre a determinação da prefeitura.

Ele conta ainda que ao filmar a irregularidade praticada pela igreja foi chegou a ser agredido por um frequentador do local.

– Como eles estavam proibidos de fazer o uso de equipamentos de som e estavam fazendo, eu fui fazer uma filmagem na porta para mandar para o Ministério Público e para a Prefeitura e eles viram que eu estava filmando e simplesmente tentaram me roubar o celular para destruir a prova – contou.

Ademar Fernandes dos Santos, pastor da igreja, negou que o vizinho tenha sido agredido por um membra de sua congregação. Afirmando que a igreja realiza trabalhos sociais e apenas busca evangelizar, ele ressalta que a igreja concluiu uma reforma no local para sanar o problema e que a queixa é uma “perseguição localizada”.

– Isso não procede, tenho total tranquilidade. O estilo da igreja é de paz, temos que ser tolerantes. Infelizmente, mediante a provocação desse indivíduo que persegue a igreja, alguém pode ter se desequilibrado e dado uma prensa nele. Eu não vi, estava em reunião. Ninguém se sente bem com um vizinho te filmando o tempo todo, mas pelo que sei não foi nada mais sério – declarou o pastor.

– Procuramos adequar. A prefeitura nos deu prazo, colocamos muro, colocamos vidros blindados, trocamos portas. Nós ficamos no abafado porque não temos dinheiro para comprar ar condicionado. A gente está fazendo o que é possível. Concluímos essa reforma a menos de um mês. Essa medição [feita pelo MP] é anterior a nossa reforma – completou o religioso, explicando ainda que igreja tem os alvarás de funcionamento e realizou reformas para isolar o som.

[b]Fonte: Gospel+[/b]

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