O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad, ressaltou que o presidente eleito americano, Barack Obama, deve atuar “rápido” no conflito entre israelenses e palestinos para preservar a paz na região, algo que requer uma “forte” intervenção internacional.

“Não haverá solução sem um forte envolvimento da comunidade internacional sob a direção determinada dos Estados Unidos”, afirmou Fayyad, em entrevista publicada neste sábado, 15, pelo jornal francês “Le Figaro”.

Para garantir uma solução, “é preciso garantir que cada um respeite suas obrigações” e “esse será o teste que permitirá julgar as intenções dos americanos”, disse o chefe do Governo palestino, em referência à Administração de Obama que deve ter início em janeiro.

Do passado, disse que o Mapa do Caminho fixado pela comunidade internacional “não funcionou para nada. Os israelenses deviam congelar a colonização na Cisjordânia e a aceleraram. É muito grave, se quiserem preservar as oportunidades de um acordo sobre a coexistência de dois Estados”.

Afirmou que a ANP, “embora não controle o que ocorre em Gaza, progrediu muito em matéria de restabelecimento da ordem e da gestão. Até os israelenses reconhecem isso”.

Fayyad, que esta semana esteve na França, acrescentou que a economia palestina poderia se reativar com a suspensão dos bloqueios e das restrições aos movimentos da população impostas por Israel.

Perguntado sobre quando haverá eleições, o primeiro-ministro lembrou que a Constituição estabelece que os pleitos presidencial e legislativo devem ser organizados ao mesmo tempo.

“As legislativas devem acontecer, no máximo, no início de 2010. Se conseguirmos entrar em acordo sobre uma data mais próxima, seria bom”, disse, antes de especificar que, “para isso, teria que retomar o diálogo” com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Fonte: EFE

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