Cerca de 1,5 milhão de filipinos participaram nesta segunda-feira (9) da procissão do Nazareno Negro no centro da capital, Manila.

[img align=left width=300]http://d.christiantoday.com/en/full/57724/black-nazarene-procession.jpg[/img]Descalços, os peregrinos acompanharam a carreata com uma estátua negra de Jesus Cristo. No trajeto de sete quilômetros, alguns devotos se espremeram entre a multidão para tentar tocar o ícone, que, segundo a tradição local, tem poderes milagrosos.

“Meu objetivo aqui é agradecer a Deus por todas as bênçãos que ele dá a mim e a minha família todos os dias”, disse Jimray Bacomage, 37, à agência de notícias Reuters, afirmando que a estátua do Nazareno Negro curou seu braço quebrado.

A estátua do Nazareno Negro foi trazida do México a Manila em 1606 pelos colonizadores espanhóis.

Com 80% de católicos dentre uma população de 100 milhões, as Filipinas têm o terceiro maior número de católicos no mundo, atrás apenas de Brasil e México.

[b]SEGURANÇA[/b]

O temor de um atentado terrorista durante a procissão do Nazareno Negro levou as autoridades filipinas a reforçar a presença policial e a banir drones e celulares no evento.

Exército e polícia se preocupam com a concentração num momento em que católicos do país têm sido alvo de ataques de grupos islâmicos. Na véspera de Natal, 16 pessoas ficaram feridas em explosão numa igreja no sul do país, região em que se concentram grupos rebeldes.

As Forças Armadas anunciaram o bloqueio de sinais de celular e a proibição de drones durante a procissão. Toda a rota da procissão e os arredores da igreja de Quiapo, que guarda a imagem, foi considerada zona de exclusão aérea.

Desde o começo do mês até o dia 10, são esperados 18 milhões de católicos na igreja de Quiapo. As filas para tocar a imagem duram até sete horas, segundo a paróquia, e a presença às missas aumentou 30% neste ano.

Apesar dos temores de violência, a procissão ocorreu sem maiores incidentes.

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

Comentários