O promotor de Amã Hassan Abdullah acusou ontem 17 jornais dinamarqueses de “difamação e menosprezo” do profeta Maomé e emitiu notificações para 20 editores de periódicos e caricaturistas dinamarqueses para que compareçam ao julgamento na Jordânia.

Em abril, um grupo de meios de comunicação, sindicatos e partidos políticos jordanianos apresentou um processo depois que vários jornais dinamarqueses voltaram a publicar, em fevereiro, as polêmicas charges do profeta Maomé, consideradas ofensivas no mundo islâmico.

“As autoridades jordanianas comunicarão as notificações aos acusados através da embaixada da Dinamarca em Amã”, explicou o ativista Zakaria al-Sheikh, diretor da campanha “O Mensageiro (Maomé) nos une”, desenvolvida pelos grupos que apresentaram o processo.

“Caso não compareçam, serão emitidas ordens de detenção para que sejam levados perante o tribunal pela Interpol (polícia internacional)”, disse Sheikh aos jornalistas.

Para o ativista, o promotor acusou a imprensa dinamarquesa de “difamação e menosprezo da religião islâmica e do profeta Maomé, por insultar os sentimentos religiosos dos muçulmanos e provocar problemas sectários e raciais”.

Os organizadores da campanha disseram que devem lançar um plano no dia 10 para boicotar os produtos dinamarqueses e holandeses e iniciar ações legais contra o deputado holandês Geert Wilders pela estréia na Internet em março de um curta-metragem anti-islã.

Fonte: EFE

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