Observadores, analistas e pensadores políticos têm sido alertados há anos sobre a crescente insegurança na Nigéria, onde os civis enfrentam assassinatos e sequestros diariamente.

Dados compilados pelo Observatório da Liberdade Religiosa na África (ORFA, da sigla em inglês) mostram que, no período de dois anos (entre outubro de 2019 e setembro de 2021), “cristãos foram desproporcionalmente afetados pelos assassinatos nos ataques do Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP), extremistas fulanis e criminosos independentes.

Os dados coletados mostram que ao menos sete mil cristãos foram mortos por motivos religiosos nesse período.

A Portas Abertas também investiga a situação dos cristãos na Nigéria desde 1993. Em 2020, o país entrou para o Top10 da Lista Mundial da Perseguição (LMP), que reúne os 50 países onde é mais difícil ser cristão. Na LMP 2022, a Nigéria passou a ocupar o 7º lugar e se tornou o país onde os cristãos enfrentam maior violência no mundo.

Desde 2013, a Nigéria irrompeu no índice da perseguição violenta e apenas em 2014, por causa da guerra na Síria, não ficou em primeiro lugar, mas liderou em todos os outros anos.

Sequestros

Ao menos 20 líderes cristãos foram sequestrados na Nigéria desde o começo deste ano, cinco deles na primeira semana de julho. O sequestro mais recente aconteceu no dia 19 de julho. Dois líderes cristãos foram raptados em Kaduna, Norte da Nigéria.

Um deles, Denatus Cleopas, conseguiu escapar, mas o outro, John Mark Cheitnum, foi assassinado pelos sequestradores.

Assassinatos

No dia 10 de maio, o ISWAP publicou um vídeo mostrando a execução de 20 cristãos nigerianos, que termina com a ameaça dos extremistas para todos os cristãos do mundo – esse foi um dos assassinatos em massa recentes.

Uma das descobertas mais importantes do relatório é que a maioria dos ataques fatais acontece no período de cultivo, estratégia que tem “impacto maior na vida das vítimas do que os ataques em outros momentos, pois matam cristãos pelo ataque ou pela fome, queimando as plantações, sobretudo no Norte da Nigéria.

Os extremistas muçulmanos estão mirando cristãos e atacam as vilas onde sabem que eles vivem”, os pesquisadores afirmam.

O porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana comentou que “os ciclos de violência na Nigéria são uma questão que precisa de atenção urgente da comunidade internacional. Comunidades inteiras têm sido traumatizadas e erradicadas. A situação ameaça a existência da própria Nigéria como nação”.

Ajude a reconstruir igrejas na Nigéria 

Um dos locais mais afetados pelos ataques na Nigéria são as igrejas. Os templos que são um lugar de adoração, comunhão e acolhimento ficam despedaçados. Mas, com uma doação, você ajuda a reconstruir as igrejas e fortalecer os cristãos nigerianos.

Fonte: Portas Abertas

Comentários