Pastor Silas Malafaia
Pastor Silas Malafaia

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou que os evangélicos que pediram o impeachment do presidente Jair Bolsonaro não representam a maioria dos fiéis desse segmento no país.

Na terça-feira (26), um grupo de líderes religiosos protocolou um pedido de impeachment contra Bolsonaro na Câmara, acusando o presidente por crime de responsabilidade na pandemia da Covid-19. Conforme o Estadão/Broadcast antecipou, o pedido foi assinado por católicos e evangélicos críticos ao governo.

– Meia dúzia de esquerdopatas evangélicos, apoiadores de corruptos que produziram o maior esquema de corrupção da história política do Brasil, [estão] fazendo manifesto de impeachment de Bolsonaro. Não representam nem 0,5% dos evangélicos – escreveu Malafaia, aliado de Bolsonaro, no Twitter.

Em seguida, o pastor evangélico publicou uma nota com o mesmo posicionamento e o título “esclarecimento à sociedade brasileira”, assinando como presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil. Silas Malafaia faz parte de uma ala de líderes religiosos que apoiou Bolsonaro nas eleições de 2018 e constitui base de apoio do governo, mas que também esteve próximo aos governos do PT.

Os autores do pedido de impeachment reconhecem que são minoria no segmento religioso. O movimento foi feito para mostrar, no entanto, que nem todos os cristãos apoiam as atitudes de Bolsonaro na crise do novo coronavírus, de acordo com eles.

– Temos a consciência de que nem todas as pessoas das nossas igrejas são favoráveis a esse ato que estamos fazendo, mas é importante destacar essa pluralidade e as contradições que existem no âmbito do cristianismo. Nem todo cristianismo é bolsonarista – afirmou a pastora Romi Márcia Bencke, representante do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil, na terça.

Convenção Batista nega participação

Em uma nota publicada em sua página nas redes sociais na quarta-feira (27), a Convenção Batista Brasileira (CBB) negou que tenha qualquer envolvimento com o pedido de impeachment protocolado por alguns representantes religiosos, contra o presidente Jair Bolsonaro, na última terça-feira (26).

Segundo diversos veículos de imprensa, o documento, que foi registrado na Câmara dos Deputados, recebeu a assinatura de 380 pessoas ligadas à igrejas católicas, anglicanas, luteranas, presbiterianas, batistas, metodistas e 17 movimentos cristãos. A CBB, porém, informou que não participou como signatária desse e nem de qualquer outro pedido do tipo, e reafirmou seu posicionamento apolítico.

– Tendo em vista a ampla divulgação em veículos de imprensa de manifesto político assinado por vários religiosos, citando, inclusive, os Batistas, no dia 26 de janeiro de 2021, a Convenção Batista Brasileira, que reúne 9.070 Igrejas e 4.660 Congregações, formando uma família de mais de dois milhões de membros e fiel aos seus princípios e à sua posição apolítica, vem a público informar que não se fez representar e não é signatária desse ou de qualquer outro manifesto – diz o comunicado assinado pelo presidente da CBB, pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos.

No documento de solicitação do impeachment, os autores do pedido acusam Bolsonaro de ter praticado crimes de responsabilidade contra a probidade da administração por conta da condução da pandemia de coronavírus. A solicitação ainda diz que o presidente “deixou de fazer o que estava obrigado como presidente” e suas ações “levaram e seguem levando a população brasileira à morte.

Fonte: Pleno News

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