Monica Zuniga Bailey compartilhou seu testemunho de como encontrou esperança depois de ser estuprada, em um novo episódio do “I Am Second”, e a sobrevivente cristã quer que outras vítimas de trauma saibam que Deus está disposto e capaz de ajudá-las a encontrar cura e integridade também.
Uma em cada quatro mulheres nos EUA é vítima de algum tipo de abuso sexual, e muitas são vítimas de estupro, de acordo com estatísticas da Rede Nacional de Estupro, Abuso e Incesto. Muitos agressores escapam impunes da ofensa, deixando as vítimas com uma sensação ainda maior de trauma.
Zuniga Bailey, fundadora do We Are Unveiled Ministries, conseguiu encontrar a cura do outro lado do estupro e quer ajudar outras pessoas a fazê-lo também. Seu ministério busca criar um “lugar seguro e plataforma para mulheres de todo o mundo compartilharem suas histórias e vitórias em nome de Jesus”.
“É algo que não é falado com frequência porque é um tipo de abuso muito íntimo que acontece, então tende a ficar muito privado e escondido”, disse Zuniga Bailey ao The Christian Post.
Zuniga Bailey foi estuprada aos 22 anos depois de ser drogada durante uma noite com sua colega de quarto. Ela era virgem na época e se guardava para o casamento.
“Foi uma experiência traumática muito difícil. Na minha história no canal do YouTube ‘I am Second’, compartilho como passei quase três anos em completo silêncio e não contei a ninguém por medo, insegurança e muita vergonha, honestamente, que algo assim tenha acontecido comigo”, continuou ela.
“Foi realmente através da minha jornada de reconhecimento e compreensão da realidade que eu precisava de cura e que não poderia sobreviver ao meu dia-a-dia mantendo isso escondido e em segredo”, explicou Monica, de 33 anos. ” Acredito que se permanecermos em segredo e mantivermos as coisas em segredo, os segredos nos deixam doentes e não fomos projetados para ficar em segredo.”
Quase cinco anos após o estupro, Zuniga Bailey finalmente compartilhou o que aconteceu com alguém em quem realmente confiava. A partir daí, ela começou a buscar a cura em Deus e através do aconselhamento. O Senhor acabaria dizendo que ela era “digna de amor”, e quando ela se rendeu a Deus, Ele colocou em seu coração compartilhar sua história com os outros.
“Eu realmente comecei a reconhecer que, se me senti assim depois dessa experiência como adulta, me pergunto como se sentem outras mulheres que passaram por isso quando crianças, ou que estão passando por algo abusivo e não sabem a quem recorre. ou para onde ir, com quem falar”, acrescentou.
Agora, 11 anos após o ato traumático, a jovem pode falar abertamente sobre sua experiência.
“Eu quero deixar bem claro que é um assunto tão difícil, e é uma coisa tão difícil de superar. Então leva tempo, você não pode simplesmente contar a ninguém, e é muito importante ter a cura antes de compartilhar publicamente”, ela aconselhou.
Algo que ela quer que outras sobreviventes saibam é que elas ainda são dignas e que sua identidade está em Deus. Durante anos, ela sentiu que nunca conseguiria um bom homem por causa do que aconteceu com ela. No entanto, Zuniga Bailey, que se casou recentemente, viu em primeira mão que Deus restaura todas as coisas.
Vivendo um processo de cura e restauração, ela contou a suas amigas o que havia sofrido anos atrás e acabou descobrindo que muitas delas também foram vítimas de abuso, na infância ou na fase adulta.
“Lembro dessas mulheres falando a verdade para mim, de ouvir pela primeira vez com meus próprios ouvidos; que não foi culpa minha ter sido estuprada naquela noite. Não era do coração de Deus que eu perdesse a virgindade dessa forma, que eu não era uma mercadoria danificada”, relatou ela.
Monica passou por aconselhamento espiritual e foi completamente curada por Deus.
“Eu perdoei o homem que abusou de mim. Eu posso olhar para trás em minha história e ver como é algo que não me deixou impotente, mas me fez poderosa. Não foi o fim da minha história”, testemunhou.
Sua experiência a levou a fundar o “We Are Unveiled Ministries”, um ministério cristão de apoio à mulheres vítimas de abuso sexual. “Sou apaixonada por criar um lugar seguro para as pessoas compartilharem sua dor e luta, para que também possam experimentar a liberdade”, declarou Bailey.
Assista abaixo o testemunho no canal “I Am Second” (em inglês):
Folha Gospel com informações de The Christian Post
