Frente de um salão das Testemunhas de Jeová
Frente de um salão das Testemunhas de Jeová

Um júri em Montana, nos EUA, decidiu que as Testemunhas de Jeová devem pagar US$ 35 milhões para a vítima de abuso sexual infantil depois que os líderes, que sabiam do crime, decidiram não denunciá-lo às autoridades.

Um juiz analisará a decisão do júri, com a Watchtower Bible and Tract Society de Nova York esperando recorrer do veredicto de culpado, de acordo com a Associated Press.

Neil Smith, advogado da mulher de 21 anos que acusou a Testemunha de Jeová de abuso e encobrimento, disse em um comunicado que a decisão do júri envia uma mensagem às igrejas que se recusam a denunciar abusos.

“Esperamos que a decisão seja suficiente para que faça com que a organização altere as suas prioridades de uma forma que eles comecem a priorizar a segurança das crianças para que outras crianças não sejam abusadas no futuro”, disse Smith.

Duas mulheres, de 32 e 21 anos, processaram o grupo religioso por supostamente deixar de denunciar o agressor às autoridades, mas optaram por expulsá-lo temporariamente até ele se arrepender.

O julgamento começou no início do mês de setembro na cidade de Thompson Falls. Uma tentativa das Testemunhas de Jeová de adiar o julgamento foi rejeitada pela Suprema Corte de Montana.

O caso de Montana é uma das dezenas de processos movidos por todo o país contra a seita religiosa na última década, de acordo com uma reportagem da AP publicada no início deste mês.

“Parece ser um problema generalizado dentro das Testemunhas de Jeová”, disse o advogado Devin Storey, cujo escritório de advocacia lidou com muitos desses casos, informou a AP. “O que está sendo informado é menos do que deveria ser.”

A decisão chega meses depois que a notável atriz Leah Remini, que ganhou as manchetes por deixar a Igreja de Scientology, anunciou seus planos de lançar um especial sobre o abuso dentro das Testemunhas de Jeová, de acordo com o Hollywood Reporter.

Fonte: The Christian Post

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