O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro considerou inelegíveis por três anos a ex-governadora Rosinha e o marido dela e presidente do PMDB do Rio, Anthony Garotinho, assim como o presidente da Fundação Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Henrique Alberto Ribeiro.
Na segunda-feira, cinco dos sete juízes do TRE haviam votado pela cassação dos ex-governadores, mas a decisão foi adiada para quinta-feira, pois o desembargador Rudi Loewenkron pediu vistas do processo. O TRE pediu ainda a cassação do mandato do deputado federal Geraldo Pudim (PMDB).
O casal Garotinho foi acusado de abuso de poder político. A votação havia sido suspensa porque o desembargador Rudi Loewenkron pediu vistas do processo. Ele ficou em dúvida sobre a cassação de Pudim, mas já havia se declarado favorável à inelegibilidade de Rosinha e Garotinho e à aplicação de uma multa de R$ 169 mil aos dois e ao presidente do DER.
Nesta quinta, o desembargador votou contra cassação de Pudim, dizendo que ele obteve muitos votos em sua eleição. Ele achou também que Rosinha não deveria ser incluída no processo.
Garotinho também tentou travar o processo alegando que o relator Márcio André Mendes Costa não poderia julgar o caso porque o escritório de advocacia dele presta serviços para a Prefeitura de Niterói, administrada pelo PT. O tribunal julgou a ação como improcedente.
O julgamento envolve asfaltamentos de ruas em Sapucaia, na Região Serrana. As obras, segundo denúncia do Ministério Público Eleitotral (MPE), foram realizadas pelo DER, por ordem de Rosinha e Garotinho, para beneficiar Pudim durante a campanha eleitoral de 2006. Os serviços foram iniciados em agosto e encerrados após a eleição de outubro.
Fonte: O Dia