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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu manter o financiamento da Planned Parenthood Federation of America (PPFA) se esta organização deixar de realizar abortos em suas instalações.

A PPFA (por suas siglas em inglês), acusada de traficar órgãos de bebês abortados e encobrir violações de menores, recebe anualmente mais de 500 milhões de dólares em fundos públicos. Segundo a multinacional, somente 3% dos seus serviços são abortos, uma cifra discutida por diferentes organismos pró-vida dos EUA.

Em um comunicado divulgado pelo jornal norte-americano ‘The New York Times’ em 6 de março, Trump, do Partido Republicano, assinalou que “como disse durante a campanha, sou pró-vida e estou profundamente comprometido em investir na saúde das mulheres e planejo aumentar significativamente o financiamento federal em apoio a serviços não abortivos, tais como exames para prevenir o câncer”.

Um relatório da Comissão de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos revelou que apenas dois dos 667 centros de saúde administrados pela Planned Parenthood estão na lista de instalações de mamografia certificadas na lista da Food and Drug Administration.

Durante a campanha eleitoral, Trump, que se tornou presidente dos Estados Unidos em janeiro deste ano, ofereceu cortar o financiamento público a Planned Parenthood.

Em 23 de janeiro, Trump assinou uma ordem executiva restabelecendo a “política da Cidade do México”, uma regulamentação pró-vida internacional que impede que o governo dos Estados Unidos financie ou promova o aborto no exterior.

Com uma maioria no Congresso do Partido Republicano, e depois de apoiar a candidatura presidencial de Hillary Clinton, a Planned Parenthood assegurou que este é o momento “mais perigoso” em seus 100 anos de história.

Em seu comunicado a ‘The New York Times’, Trump recordou que “as pesquisas mostram que a maioria dos americanos se opõe ao financiamento público do aborto, inclusive aqueles que se identificam como pró-choice (pró-aborto)”.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Marist Poll em 23 de janeiro, 6 de cada 10 americanos se opõem ao financiamento de abortos com o dinheiro dos impostos.

Para o presidente dos Estados Unidos, “há uma oportunidade para que as organizações continuem com o importante trabalho que realizam em prol da saúde das mulheres, desde que não forneçam serviços de aborto”.

A Planned Parenthood rejeitou rapidamente a oferta de Trump.

Em sua conta de Twitter, Dawn Laguens, vice-presidente executiva e diretora de marca da Planned Parenthood Federation of America, disse que “oferecer dinheiro a Planned Parenthood para abandonar as nossas pacientes e os nossos valores é um negócio que jamais aceitaremos”.

Cecile Richards, presidente da PPFA, assegurou que a “Planned Parenthood está orgulhosa de oferecer abortos, um serviço necessário que é tão vital para a nossa missão, como o exame pré-natal e os exames contra o câncer”.

Recentemente, a plataforma pró-vida americana Live Acction acusou a Planned Parenthood de mentir ao assegurar que oferece assistência pré-natal em suas instalações, pois das 97 clínicas consultadas em todo o país, apenas cinco ofereciam este serviço.

“Nós não oferecemos nenhuma assistência pré-natal aqui. A Planned Parenthood oferece abortos, portanto não oferece assistência pré-natal”, foi uma das respostas a Live Action.

[b]Fonte: ACI Digital[/b]

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