Patriarca Ortodoxo de Moscou, Kirill, ao lado do presidente da Rússia, Vladimir Putin
Patriarca Ortodoxo de Moscou, Kirill, ao lado do presidente da Rússia, Vladimir Putin

O governo ucraniano aprovou nesta terça-feira (30) medidas para introduzir sanções contra o primaz da Igreja Ortodoxa da Rússia, Cirilo, e outros sete membros da instituição.

O anúncio foi feito pelo ministro da Cultura de Kiev, Oleksandr Tkachenko, citado pelo jornal Kiev Independent.

“A Igreja Ortodoxa Russa apoia a guerra contra o povo ucraniano e abençoa diariamente os crimes de guerra de Moscou. Todos os envolvidos nisso devem ser responsabilizados. As atividades desses oficiais da Igreja contradizem os valores cristãos. Os criminosos não devem se esconder atrás de véus”, declarou.

Além de Cirilo, a proposta prevê a aplicação de sanções por 10 anos contra outros sete religiosos, incluindo os líderes do departamento de Relações Externas da Igreja Ortodoxa Russa, o arcebispo de Syktyvkar e Komi-Zyryan, e o teólogo russo Osipov Oleksiy Ilyich.

As punições incluem o bloqueio de bens, suspensão de trânsito de recursos, voos e transporte pela Ucrânia, suspensão de obrigações econômicas e financeiras, proibição de participação em privatizações e arrendamentos de propriedades do Estado, suspensão de intercâmbios e cooperação culturais, além de cancelamento de visitas oficiais.

Apesar de ser pressionado constantemente por representantes de outras religiões a condenar a guerra na Ucrânia, o patriarca de Moscou já mostrou várias vezes que está alinhado com o regime de Vladimir Putin.

De acordo com o líder ortodoxo, a ofensiva na Ucrânia é “parte da estratégia geopolítica em larga escala desenvolvida, em primeiro lugar, para enfraquecer a Rússia”.

Cirilo acredita ainda que a russofobia está se disseminando no mundo ocidental em ritmo sem precedentes, tendo em vista às sanções econômicas impostas à Rússia pelos líderes ocidentais.

Fonte: Portal Terra

Comentários