Primeira igreja Batista de Curitiba recebe refugiados ucranianos
Primeira igreja Batista de Curitiba recebe refugiados ucranianos

Na manhã desta sexta-feira (18), um grupo de 29 refugiados ucranianos desembarcou no Aeroporto Internacional de Garulhos, em São Paulo, após serem resgatados da guerra pela Global Kingdom Partnership Network (GKPN), uma rede mundial de igrejas.

As famílias, incluindo 17 crianças e 10 mulheres, foram recebidas pelo pastor Elias Dantas, líder da GKPN no Brasil. Segundo Dantas, os refugiados serão acolhidos por igrejas brasileiras, onde receberão moradia, alimentação, ensino da língua portuguesa e outros tipos de assistência durante um ano ou até a guerra acabar.

De acordo com o G1, as famílias ucranianas foram levadas de ônibus para Curitiba pela Associação Batista de Ação Social (ABASC). A instituição será responsável por abrigar o grupo em um primeiro momento, fornecendo hospedagem e alimentação.

Depois, os refugiados serão recolocados nas cidades paranaenses de Guarapuava e Prudentópolis, onde existem colônias ucranianas.

O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, recepcionou os europeus e colocou a estrutura do Estado à disposição. A força-tarefa contará com serviços de saúde, educação, apoio psicológico, encaminhamento para emprego, além de agilizar questões burocráticas, entre apoios necessários.

“O Paraná tem o maior número de descendentes ucranianos do Brasil, então nos sentimos felizes em poder ajudar as pessoas neste momento tão duro. Temos, por exemplo, escolas em Prudentópolis em que a alfabetização é na língua natural deles, o que já facilita muito. Vamos fazer o que for possível para poder ajudá-los”, afirmou Ratinho Junior. “O Paraná recebe de braços abertos essas famílias. Queremos ser sua segunda casa para que eles possam reconstruir suas vidas”.

Em entrevista à CNN Brasil, o pastor Elias afirmou que nas próximas duas semanas cerca de 300 ucranianos chegarão ao Brasil através da operação da GKPN.

Segundo a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), até 15 de março o número de refugiados da Ucrânia, por causa da guerra provocada pela Rússia, é de 3.063.095.

“A escalada do conflito na Ucrânia causou a destruição da infraestrutura civil e vítimas civis e forçou as pessoas a fugir de suas casas em busca de segurança”, explica a agência.

Humanitária

Responsável pela primeira acolhida do grupo, o pastor da PIB Paschoal Piragine Júnior explicou que a ajuda humanitária envolve mais de 2 mil igrejas no mundo. Esse grupo, inclusive, já conta com orçamento próprio para a construção das casas em Prudentópolis – Governo do Estado e prefeitura municipal estão se organizando para viabilizar a doação do terreno.

“Esse grupo vai ficar aqui no mínimo um ano, se não migrarem definitivamente. Essas crianças precisam de saúde, de educação, de cuidados que nós não temos capacidade para fazer, como tomar vacinas. Por isso precisamos do apoio do governo estadual”, destacou.

“Essas 29 pessoas escolheram vir para o Brasil e vão escolher se querem ficar aqui ou não depois que a guerra acabar. Precisamos estar prontos para ajudá-los”, completou o pastor Elias Dantas, que acompanhou o grupo desde a fronteira da Ucrânia com a Polônia, uma viagem de sete dias, por questões burocráticas, até o desembarque na igreja curitibana.

A fuga da Ucrânia se tornou a maior crise migratória no continente europeu desde a Segunda Guerra Mundial, um desafio para os governos locais, empresas, instituições e igrejas.

Fonte: Guia-me com informações de G1, CNN Brasil e Governo do Estado do Paraná

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