Concentração de fiéis para o último Angelus do papa Bento XVI nem chegava perto das 250 mil pessoas anunciadas na véspera pelos telejornais italianos.

Havia pouco mais de 50 mil pessoas, como, de resto, no Angelus do domingo anterior, o primeiro desde que Bento 16 anunciou a renúncia.

A fala durou curtos 12 minutos e foi toda ela lida, com apenas um trechinho improvisado, para “agradecer aos céus por um pouquinho de sol”. De fato, o domingo amanheceu iluminado pelo sol, depois da chuva intensa de sábado. Sol de todo modo insuficiente para quebrar o friozinho de Roma, embora nada parecido com o gelo e a neve que caíam no Norte da Itália.

Foi uma fala puramente eclesiástica, que girou toda ela em torno da transfiguração de Cristo, ocorrida no alto de uma montanha e que, segundo a doutrina cristã, representa o encontro do temporal com o eterno.

Bento 16, como se fosse uma explicação para sua renúncia, disse que Deus o chamara ao monte para que se dedicasse à pregação e à oração. Mas – acrescentou – isso “não significa que abandonarei a igreja. Se Deus me pede isso, é para que possa continuar a servi-Lo com o mesmo amor”.
A massa explodiu em aplausos.

[b]Papa Bento 16 publicará nesta segunda decreto que antecipa conclave[/b]

O papa Bento 16 irá publicar nesta segunda-feira (25) um “Motu Proprio” com a definição de alguns pontos da Constituição Apostólica e a antecipação do conclave, que vai eleger o sucessor do pontífice. Foi o que publicou o jornal italiano “La Stampa”, na edição online deste domingo (24).

Aqueles que leram o documento, segundo o periódico, falam de um texto não muito extenso. “São uma dúzia de linhas que trata, entre outras coisas – e acima de tudo – um problema premente: a data do Conclave e a possibilidade de os cardeais anteciparem o tempo usual.”

A lei, publicada por João Paulo 2º, diz que a eleição deve ser feitas não antes de 15 dias do momento em que o cargo é “vago” para que todos os cardeais, mesmo aqueles que vivem em locais mais distantes, tenham tempo para chegar a Roma.

Mas o documento, segundo o secretário do Pontifício Conselho para Interpretação dos Textos Legislativos, Ignacio Arrieta, foi escrito especialmente para casos de morte.

A data de início do conclave, como apontou “La Stampa”, será decidida pelos cardeais que se reunirão na Congregação Geral, provavelmente a partir de 1º de março. As previsões do periódico italiano é que a eleição do novo papa tenha início entre o dia 9 e 11 de março.

[b]Fonte: Correio do Estado e UOL[/b]

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