O Vaticano deve divulgar na próxima semana um documento tornando mais rígidas as regras para transformar alguém em santo da Igreja Católica, afirmou um membro da Santa Sé na quarta-feira.

O documento de 20 páginas a ser distribuído na segunda-feira deve instruir os bispos a serem mais cuidadosos e seletivos ao darem início às chamadas “causas” para a canonização.

O procedimento passa a existir quando um bispo começa a reunir provas para corroborar a suposta santidade de uma pessoa. Mais tarde, o Vaticano assume o comando do processo.

Pelas regras atuais, esse procedimento só pode começar depois de cinco anos da morte de um potencial candidato a santo a fim de permitir que se reflita bem a esse respeito.

O papa João Paulo II fez uma exceção quanto ao período de cinco anos quando permitiu que o processo referente à madre Teresa de Calcutá se iniciasse na Índia passados menos de dois anos da morte dela, em 1997. O atual pontífice, Bento XVI, também contornou aquelas regras no caso de João Paulo II, cujo processo foi aberto pela arquidiocese de Roma cerca de seis semanas depois da morte dele, em 2005.

Durante o pontificado de João Paulo II, o Vaticano viu-se criticado por alguns devido ao grande número de pessoas que canonizou, chegando a ser chamado de uma “fábrica de santos.”

Fonte: Reuters

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