O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse hoje que não estão previstas mudanças no direito canônico sobre os sacerdotes que cometem abusos sexuais, como, segundo a imprensa americana, tinha anunciado o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal William Levada.

Lombardi disse que o cardeal Levada comentou que “a imprensa não entendeu bem suas declarações”, pois as mudanças nas normas “já ocorreram, e não estão previstas novas mudanças”.

“Ele não queria anunciar mudanças, e sim explicou quais são as que já foram introduzidas nos últimos anos”, disse Lombardi. Em 2002, o papa João Paulo II introduziu uma norma pela qual qualquer membro da Igreja acusado de abusos sexuais tem que ser expulso do sacerdócio, mesmo que não haja ainda um julgamento definitivo sobre a culpa.

Segundo o jornal americano The New York Times, Levada – que no Vaticano ocupa o cargo que Joseph Ratzinger teve antes de ser eleito sucessor de João Paulo II – não especificou que leis canônicas estariam sob reconsideração da Igreja Católica.

Bento XVI começou em 15 de abril uma viagem a Washington e Nova York, no qual, em várias ocasiões, considerou uma “vergonha” os casos de sacerdotes acusados de pedofilia, além de ter expressado sua dor e sofrimento por essas pessoas.

Fonte: EFE

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