O Vaticano reiterou nesta segunda-feira sua oposição à pena de morte, afirmando que não é a solução dos problemas, e ressaltou que a execução na forca dos colaboradores de Saddam Hussein, Barzan al-Tikriti e Awad al-Bandar, é um “cruel justiçamento”.

Assim como fez quando Saddam foi enforcado, o porta-voz vaticano, o jesuíta Federico Lombardi, disse hoje que não mudou de opinião sobre a pena de morte, “que não é o instrumento adequado para solucionar os problemas do Iraque”.

O jornal “L”Osservatore Romano” qualificou a execução dos colaboradores de Saddam como um “cruel justiçamento”.

“O patíbulo continua sendo instrumento de um cruel justiçamento”, escreveu o jornal da Santa Sé em uma nota na qual informa hoje que o ex-chefe dos serviços secretos e o ex-presidente do tribunal revolucionário do antigo regime iraquiano também foram enforcados.

O jornal acrescentou que, após a execução de Saddam, “com que se fez espetáculo de maneira claramente lesiva à dignidade da pessoa”, muitas partes pediram às autoridades iraquianas que dessem “sinais” de diálogo e reconciliação.

“Mas, por enquanto, não parece que houve uma mudança de rota”, lamentou o diário vaticano.

Quando, em 30 de dezembro, Saddam Hussein foi executado, Lombardi expressou a preocupação da Santa Sé com a possibilidade de que pudesse desencadear uma nova violência e vinganças no país.

Lombardi qualificou de “trágica” a execução do ex-presidente iraquiano e reiterou que a Igreja Católica se opôs sempre à pena de morte, e “também nesse caso, o de uma pessoa culpada de graves delitos”.

Fonte: Agência EFE

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