O vigário da congregação Legionários de Cristo, Luis Garza Medina, admitiu em entrevista divulgada hoje que o fundador dessa ordem, o sacerdote Marcial Maciel, sofria de “sexualidade desestruturada”.

Maciel, falecido em janeiro de 2008, manteve relações amorosas com duas mulheres, com as quais teve três filhos, sob falsas identidades. Fundador da ordem que foi reconhecida pelo Vaticano em 1983, ele ainda era acusado de ter molestado seus filhos e seminaristas.

Garza Medina denunciou ainda, em declarações dadas à emissora mexicana MVS Notícias, que a organização optou por “ocultar” os crimes cometidos pelo religioso.

Segundo ele, os relacionamentos também eram “um pouco estranhos”, referindo-se ao fato de os filhos das mulheres se conhecerem. “Com esta sexualidade desestruturada, nosso padre tinha atos homossexuais, atos sexuais também com menores”, analisou.

Álvaro Corcuera, diretor-geral da congregação, foi apontado por Garza Medina como um dos que decidiu ocultar os abusos cometidos por Maciel. O caso de Maciel já foi analisado pelo Vaticano, que concluiu recentemente sua investigação.

Após vários meses de estudos, o papa Bento XVI anunciou uma série de medidas para restaurar “a credibilidade” da organização. Em maio, a Santa Sé também reconheceu publicamente que o sacerdote viveu sem escrúpulos ou sentimento religioso.

Para a realização da atividade, foi designado ainda um delegado vaticano. Dom Velasio De Paolis foi nomeado delegado pontifício para a congregação dos Legionários de Cristo o presidente da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé no último sábado.

Fonte: Ansa

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