Um grupo de 22 missionários cristãos foi preso na Índia, acusados pela polícia de proselitismo e conversões forçadas. O distrito no qual aconteceram os fatos é uma fortaleza do nacionalismo hindu, e o bispo local denuncia um forte clima anticristão, como refere a agência AsiaNews.

As autoridades do distrito de Andhra Pradesh prenderam, a 20 de Março passado, 22 missionários cristãos, acusados de converter a população do distrito de Dharwad. O facto terá ocorrido após denúncia dos habitantes da aldeia de Bada, que acusam os missionários de ter distribuído folhetos a favor do cristianismo e contra os deuses do hinduísmo, “feitos de papel e sem nenhum poder”.

Segundo a denúncia, os cristãos teriam oferecido dinheiro a quem se convertesse. Os agentes declaram que os missionários “são culpados de ter convidado a aldeia a converter-se para viver uma vida feliz”.

O bispo da diocese de Karwar, D. Derek Fernandes, confirmou uma série de incidentes anticristãos. Em Novembro de 2006, diz o prelado, “a porta da igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Dharwad foi queimada durante a noite. As autoridades não fizeram nada, e não sabemos se foi obra de fundamentalistas ou de vândalos”.

A 26 de Fevereiro passado, a Associação Cristã do distrito de Dharwad protestou contra a onda de violência que atinge a minoria cristã. Após uma marcha de protesto, os cristãos pediram uma intervenção do Governo contra as “forças fundamentalistas” que há meses atacam os cristãos.

As autoridades de vários Estados indianos vêm a aprovar leis anticonversão, as quais proíbem as mudanças de fé efectuadas recorrendo a “meios fraudulentos de qualquer tipo, à lisonja, a formas de aliciamento ou à força”. As sanções previstas não são leves: quem desrespeitar as normas pode ser condenado a três anos de prisão e a pagar uma multa de 50 mil rupias (cerca de 1000 Euros). A pena pecuniária duplica e os anos de prisão sobem para cinco se o convertido for um menor, uma mulher ou um dalit.

Fonte: Agencia Ecclesia

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